Palestinos querem resposta sobre reconhecimento em 2 semanas
Os palestinos querem que o Conselho de Segurança das Nações Unidas decida sobre seu pedido de reconhecimento como Estado pleno no organismo dentro de duas semanas, disse uma autoridade da Fatah, do presidente Mahmoud Abbas, neste sábado. Se aceito, a Palestina seria o 194º Estado-membro da organização.
Após meses de negociação, o presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, apresentou ontem o pedido para a ONU.
"Os palestinos esperarão duas semanas para que o Conselho de Segurança analise o pedido de reconhecimento," teria declarado Azzam al-Ahmad à agência de notícias independente Maan, em inglês.
O embaixador do Líbano na ONU disse que o Conselho de Segurança se reunirá na segunda-feira para discutir a solicitação depois que Abbas a apresentou a Ban Ki-moon, secretário-geral do organismo, na sexta-feira.
"Circulei a carta (pedido palestino) entre todos os membros do Conselho e pedi consultas à luz desta carta na segunda-feira às 16h (horário de Brasília)," afirmou o embaixador Nawaf Salam a jornalistas.
Ahman não detalhou que ação os palestinos tomarão se o Conselho de Segurança rejeitar o pedido, cenário provável levando em conta que os Estados Unidos já avisaram que vetarão a solicitação.
DISCURSO
Abbas discursou à Assembleia-Geral, onde foi recebido com um longo aplauso. "É o momento da verdade e o meu povo está esperando para ouvir do mundo: vão permitir que Israel continue a sua ocupação, a única ocupação do mundo?"
O premiê israelense, Binyamin Netanyahu reagiu, afirmando que é preciso concluir as negociações de paz antes de reconhecer o Estado.
Netanyahu discursou depois de Abbas e para um público menor porque vários diplomatas deixaram a sala em boicote. O aplauso foi tímido e puxados por israelenses.
Ele também contestou a versão do palestino de que a expansão dos assentamentos israelenses na Cisjordânia é o centro da falta de acordo.
Para o premiê, a paz precisa ser ancorada pela segurança. Ele disse que a saída de Israel do Líbano e da faixa de Gaza "não acalmou a tempestade militante islâmica" (referência a foguetes do Hizbollah e ao Hamas), só a trouxe "para mais perto de nós".
ASSENTAMENTOS
Segundo Abbas, relatórios da ONU e de organizações internacionais denunciam o confisco de terra palestina e construção de centenas de áreas da Cisjordânia, principalmente no Leste de Jerusalém.
Os relatórios da ONU, segundo Abbas, mostram a situação terrível criada pelos assentamentos promovidos por Israel, o que mostraria a falta de abertura à negociação, destruindo a vida familiar e comunidades. Israel impede também que a população palestina tenha acesso a lugares sagrados, disse.
Ao invés de segregar, como o governo israelense faz, disse o líder palestino, os dois lados devem cooperar e contruir relações de cooperação por um "futuro melhor". "Estou aqui para dizer que estendemos as mãos para o governo e o povo israelense para chegarmos à paz. Vamos urgentemente construir juntos um futuro para nossas crianças", pediu.
De acordo com o presidente da ANP, a potência ocupante continua proibindo que palestinos construam no Leste de Jerusalém e os afasta de sua terra ancestral, além de suas forças atacarem civis inocentes.
DIÁLOGO
Abbas afirmou que, apesar de ter pedido adesão como Estado pleno à ONU, a Palestina está aberta para retornar às negociações, desde que haja o respeito às resoluções internacionais e a suspensão da política de assentamentos. Segundo ele, o objetivo não é ilhar Israel, mas conquistar legitimidade para os palestinos e construir os pilares democráticos como base eles.
"O estado que queremos será caracterizado pelo direito, pela democracia e pela igualdade", afirmou. "Esse é o momento da verdade. Nosso povo espera ouvir a resposta do mundo. Ele deixará que a ocupação continue em nossa terra? Nós somos o último povo mundial sob política de ocupação".
É tempo de nossos homens, crianças e mulheres viverem vidas normais, as mães terem certeza de que seus filhos voltarão para casa em segurança. meu povo merece o direito de exercer uma vida comum, como o resto da humanidade.
REUNIÃO DO CONSELHO DE SEGURANÇA
O Conselho de Segurança se reunirá na segunda-feira à tarde para uma primeira sessão de consultas sobre o pedido de adesão de um Estado da Palestina à ONU, anunciou nesta sexta-feira à imprensa o embaixador do Líbano, Nawaf Salam, que preside o órgão em setembro.
Salam indicou que havia apresentado o pedido palestino aos outros 14 Estados membros do Conselho, depois de tê-lo recebido do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon.
Após meses de negociação, o presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, apresentou ontem o pedido para a ONU.
"Os palestinos esperarão duas semanas para que o Conselho de Segurança analise o pedido de reconhecimento," teria declarado Azzam al-Ahmad à agência de notícias independente Maan, em inglês.
O embaixador do Líbano na ONU disse que o Conselho de Segurança se reunirá na segunda-feira para discutir a solicitação depois que Abbas a apresentou a Ban Ki-moon, secretário-geral do organismo, na sexta-feira.
"Circulei a carta (pedido palestino) entre todos os membros do Conselho e pedi consultas à luz desta carta na segunda-feira às 16h (horário de Brasília)," afirmou o embaixador Nawaf Salam a jornalistas.
Ahman não detalhou que ação os palestinos tomarão se o Conselho de Segurança rejeitar o pedido, cenário provável levando em conta que os Estados Unidos já avisaram que vetarão a solicitação.
DISCURSO
Abbas discursou à Assembleia-Geral, onde foi recebido com um longo aplauso. "É o momento da verdade e o meu povo está esperando para ouvir do mundo: vão permitir que Israel continue a sua ocupação, a única ocupação do mundo?"
O premiê israelense, Binyamin Netanyahu reagiu, afirmando que é preciso concluir as negociações de paz antes de reconhecer o Estado.
Netanyahu discursou depois de Abbas e para um público menor porque vários diplomatas deixaram a sala em boicote. O aplauso foi tímido e puxados por israelenses.
Ele também contestou a versão do palestino de que a expansão dos assentamentos israelenses na Cisjordânia é o centro da falta de acordo.
Para o premiê, a paz precisa ser ancorada pela segurança. Ele disse que a saída de Israel do Líbano e da faixa de Gaza "não acalmou a tempestade militante islâmica" (referência a foguetes do Hizbollah e ao Hamas), só a trouxe "para mais perto de nós".
ASSENTAMENTOS
Segundo Abbas, relatórios da ONU e de organizações internacionais denunciam o confisco de terra palestina e construção de centenas de áreas da Cisjordânia, principalmente no Leste de Jerusalém.
Os relatórios da ONU, segundo Abbas, mostram a situação terrível criada pelos assentamentos promovidos por Israel, o que mostraria a falta de abertura à negociação, destruindo a vida familiar e comunidades. Israel impede também que a população palestina tenha acesso a lugares sagrados, disse.
Ao invés de segregar, como o governo israelense faz, disse o líder palestino, os dois lados devem cooperar e contruir relações de cooperação por um "futuro melhor". "Estou aqui para dizer que estendemos as mãos para o governo e o povo israelense para chegarmos à paz. Vamos urgentemente construir juntos um futuro para nossas crianças", pediu.
De acordo com o presidente da ANP, a potência ocupante continua proibindo que palestinos construam no Leste de Jerusalém e os afasta de sua terra ancestral, além de suas forças atacarem civis inocentes.
DIÁLOGO
Abbas afirmou que, apesar de ter pedido adesão como Estado pleno à ONU, a Palestina está aberta para retornar às negociações, desde que haja o respeito às resoluções internacionais e a suspensão da política de assentamentos. Segundo ele, o objetivo não é ilhar Israel, mas conquistar legitimidade para os palestinos e construir os pilares democráticos como base eles.
"O estado que queremos será caracterizado pelo direito, pela democracia e pela igualdade", afirmou. "Esse é o momento da verdade. Nosso povo espera ouvir a resposta do mundo. Ele deixará que a ocupação continue em nossa terra? Nós somos o último povo mundial sob política de ocupação".
É tempo de nossos homens, crianças e mulheres viverem vidas normais, as mães terem certeza de que seus filhos voltarão para casa em segurança. meu povo merece o direito de exercer uma vida comum, como o resto da humanidade.
REUNIÃO DO CONSELHO DE SEGURANÇA
O Conselho de Segurança se reunirá na segunda-feira à tarde para uma primeira sessão de consultas sobre o pedido de adesão de um Estado da Palestina à ONU, anunciou nesta sexta-feira à imprensa o embaixador do Líbano, Nawaf Salam, que preside o órgão em setembro.
Salam indicou que havia apresentado o pedido palestino aos outros 14 Estados membros do Conselho, depois de tê-lo recebido do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon.
Por Folha