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Delator diz que tem provas contra ministro do Esporte

O policial militar do Distrito Federal João Dias Ferreira fez mais ameaças nesta terça-feira (18) contra o ministro Orlando Silva (Esporte). Repetiu que tem provas da participação do ministro em irregularidades na pasta e diz que em pouco tempo "todos saberão quem é quem".
Ferreira, que participou de reunião hoje com lideranças da oposição no Congresso Nacional, afirmou que em breve novos documentos serão mostrados para comprovar os desvios. Segundo ele, há "mais de 300 caixas pretas" que comprovariam as irregularidades.
O encontro com lideranças do PSDB, DEM e PPS aconteceu no mesmo momento em que Orlando Silva presta depoimento à Câmara e ao ministro, ele respondeu: "Eu sou pai de família, cidadão brasileiro, com endereço e CPF. Não sou bandido, não sou criminoso como o sr. [Orlando Silva] alega. Em pouco tempo saberão quem é quem".
Ferreira alegou que apesar das tentativas de Silva de dar explicações rápidas às acusações, o assunto não deve se esgotar logo. "As coisas não se encerram hoje. Ainda tem muita água para rolar, muitos acontecimentos virão", disse.
Acusou o ministro de montar uma força-tarefa para o defender e que por isso tem que divulgar as provas contra Silva aos poucos. "É natural que eu tenha dificuldade se comparado com o ministro. Ele colocou os líderes e funcionários à disposição, mas os documentos com as provas vão surgir."
O policial militar disse que esteve com deputados e senadores para pedir proteção, já que está sofrendo ameaças de morte. O líder do PSDB no Senado, Alvaro Dias (PR), disse que o partido encaminhou ao Ministério da Justiça um pedido de "garantia de vida" para o policial militar.
Ferreira adiou na manhã de hoje depoimento em que falaria sobre as denúncias na Superintendência Regional da Polícia Federal, em Brasília. Conforme a assessoria da PF, o policial alegou problemas de saúde e o depoimento será remarcado, provavelmente para quinta-feira.

Por Folha