iPod faz 10 anos, vira peça de museu e flerta com aposentadoria
"Ele tem um disco rígido de 5 Gbytes e leva até mil canções! São mil canções neste disco", repetia com empolgação Steve Jobs, em um modesto evento na sede da Apple. Era 23 de outubro de 2001, e o mundo conhecia o iPod.
Ao completar uma década de serviços prestados, o tocador de MP3 flerta com a aposentadoria, mas deixa um rastro de transformações para a Apple, a indústria da música e o mundo da tecnologia.
A Apple não fez primeiro --a sul-coreana SaeHan lançou em 1998 o MPMan 10, o primeiro tocador de MP3--, mas foi o iPod que popularizou a categoria, que ainda detém 70% do mercado. Já foram vendidos 314 milhões de unidades, incluindo o Mini, o nano, o Shuffle e o touch.
A marca atingiu o apogeu em 2006. No primeiro trimestre fiscal daquele ano, o iPod gerou mais de 50% da receita da Apple. Atualmente, responde por menos de 8%.
Em termos tecnológicos, o pequeno também desbravou caminhos para a Apple. Foi o primeiro dispositivo da empresa a usar memória flash e o primeiro portátil de Jobs a executar vídeos e fotos. Isso sem contar a maior agilidade para carregar músicas.
Antes do iPod, carregar um disco de 15 músicas em um tocador de MP3 era uma operação que tomava cerca de cinco minutos com um disco de 15 canções. O tempo foi reduzido para dez segundos.
O icônico design, obra de Jony Ive, também ditou a aparência da concorrência e de outros produtos da Apple.
ENGOLIDO PELO IPHONE
O declínio do iPod se acelerou com o lançamento do iPhone, em 2007. Àquela altura, muitos celulares já tocavam arquivos de MP3, e o telefone da Apple chegou oferecendo os serviços do iPod. Tal recurso fez muitos consumidores aposentarem seus tocadores da Apple. E o iPhone virou a vedete da empresa.
Antes do último dia 4, quando o iPhone 4S foi lançado, especulou-se que a Apple anunciaria o fim do iPod Clássico, descendente direto do modelo original e que não é atualizado desde 2009.
Isso não aconteceu, mas a Apple parece estar arquivando a marca. No iOS 5, nova versão do sistema operacional móvel da empresa, o ícone "iPod", que trazia o tocador de músicas nos gadgets da Apple, foi substituído por um que diz apenas "Música".
Sinal dos tempos, o aparelho original virou peça de museu: faz parte do acervo do MoMA, o Museu de Arte Moderna de Nova York.
Ao completar uma década de serviços prestados, o tocador de MP3 flerta com a aposentadoria, mas deixa um rastro de transformações para a Apple, a indústria da música e o mundo da tecnologia.
A Apple não fez primeiro --a sul-coreana SaeHan lançou em 1998 o MPMan 10, o primeiro tocador de MP3--, mas foi o iPod que popularizou a categoria, que ainda detém 70% do mercado. Já foram vendidos 314 milhões de unidades, incluindo o Mini, o nano, o Shuffle e o touch.
A marca atingiu o apogeu em 2006. No primeiro trimestre fiscal daquele ano, o iPod gerou mais de 50% da receita da Apple. Atualmente, responde por menos de 8%.
Em termos tecnológicos, o pequeno também desbravou caminhos para a Apple. Foi o primeiro dispositivo da empresa a usar memória flash e o primeiro portátil de Jobs a executar vídeos e fotos. Isso sem contar a maior agilidade para carregar músicas.
Antes do iPod, carregar um disco de 15 músicas em um tocador de MP3 era uma operação que tomava cerca de cinco minutos com um disco de 15 canções. O tempo foi reduzido para dez segundos.
O icônico design, obra de Jony Ive, também ditou a aparência da concorrência e de outros produtos da Apple.
ENGOLIDO PELO IPHONE
O declínio do iPod se acelerou com o lançamento do iPhone, em 2007. Àquela altura, muitos celulares já tocavam arquivos de MP3, e o telefone da Apple chegou oferecendo os serviços do iPod. Tal recurso fez muitos consumidores aposentarem seus tocadores da Apple. E o iPhone virou a vedete da empresa.
Antes do último dia 4, quando o iPhone 4S foi lançado, especulou-se que a Apple anunciaria o fim do iPod Clássico, descendente direto do modelo original e que não é atualizado desde 2009.
Isso não aconteceu, mas a Apple parece estar arquivando a marca. No iOS 5, nova versão do sistema operacional móvel da empresa, o ícone "iPod", que trazia o tocador de músicas nos gadgets da Apple, foi substituído por um que diz apenas "Música".
Sinal dos tempos, o aparelho original virou peça de museu: faz parte do acervo do MoMA, o Museu de Arte Moderna de Nova York.
Por Folha