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Manifestação termina em vandalismo e deixa dezenas de feridos em Roma

Os confrontos entre a Polícia italiana e centenas de pessoas transformaram Roma no cenário de uma batalha campal durante mais de quatro horas neste sábado (15), deixando dezenas de feridos entre manifestantes e policiais, além de inúmeros prejuízos materiais.
A Polícia teve de recorrer à força para dispersar os agressores, que incendiaram veículos, atacaram bancos e estabelecimentos comerciais e jogaram pedras e pedaços de madeira durante uma manifestação contra o sistema financeiro em Roma.
Quando chegou, a Polícia foi aplaudida pela maioria dos manifestantes, que várias vezes tinham tentado afastar os vândalos. Um grupo de manifestantes chegou a reter três dos radicais e os entregou à Polícia.
O protesto, que começou de forma pacífica, foi liderado por um grande cartaz no qual se podia ler: "Povos da Europa, rebelai-vos", e contou com a participação de representantes de sindicatos italianos, movimentos de civis e grupos estudantis.
Os distúrbios obrigaram os organizadores da manifestação a suspender os comícios que tinham convocado na chegada à Praça de São João de Latrão.
A mobilização em Roma faz parte da iniciativa internacional convocada para 951 cidades de 82 países, em protesto contra o sistema financeiro mundial e em linha com as manifestações do movimento Occupy Wall Street, que mobiliza Nova York há quase um mês
 
Centenas de pessoas protestam em Washington e Atlanta

Centenas de pessoas se concentraram neste sábado (14) em Washington e em Atlanta, nos Estados Unidos, para protestar contra as altas taxas de desemprego no país, como parte da série de manifestações convocadas em nível mundial.
A manifestação de Washington, denominada Marcha por Empregos e Justiça, é liderada pelo reverendo Al Sharpton e diversos líderes de direitos civis, preocupados com o alto desemprego nos EUA, em torno de 9,1%.
O plano para criar empregos proposto pelo presidente Barack Obama e avaliado em US$ 447 bilhões foi bloqueado na terça-feira no Senado pela oposição republicana.
Enquanto isso, o movimento Occupy DC, que surgiu em Washington como réplica ao de Nova York, continua instalado na Freedom Praza, bem próximo da Casa Branca.
O movimento possui centenas de manifestantes e têm uma agenda de protestos variada, que inclui a rejeição dos cortes nos serviços públicos, a exigência do fim das guerras no Iraque e Afeganistão, a proteção do meio ambiente e o aumento dos impostos para rendas mais altas.
Em Atlanta, os manifestantes acampados em um parque do centro da cidade caminharam neste sábado em direção ao Parlamento para reivindicar por empregos.
Em Boston, mais de cem manifestantes foram presos esta semana após sua permissão de acampar em um parque da cidade ter expirado. O lugar permaneceu vazio por medo de um novo despejo.
Para este sábado estão convocadas outras manifestações de solidariedade em cidades como Dallas, Los Angeles, São Francisco, Seattle, Chicago, Filadélfia, Houston, San Diego e Denver.
 
Em São Paulo, chuva desanimou manifestantes

A chuva deste sábado (15) desanimou a concentração do movimento "Democracia Real Já", reunindo apenas 70 pessoas no final da manhã, no Largo São Bento, na capital paulista. O movimento, formado por indignados que protestam por uma democracia real e pelo fim da ganância corporativa, está sendo realizado em mais de 950 cidades de 82 países de todo o mundo e foi inspirado no movimento "Ocupe Wall Street", iniciado em Nova York (EUA), e na tomada da praça Puerta del Sol, em maio, em Madri.
Apesar do baixo número de manifestantes em São Paulo, Pedro Fuentes, um dos integrantes do movimento, acredita que hoje "é apenas o ponta pé inicial". A ideia é que o grupo acampe no Vale do Anhangabaú e realize oficinas temáticas e atividades artísticas e culturais.
De acordo com Pedro Fuentes, a causa não é partidária, embora ele também seja secretário de Relações Internacionais do PSol. "O capitalismo está se esgotando e o mundo está mudando. Só não sabemos ainda para onde vamos", afirmou. "Hoje, no Brasil, o movimento ainda é pequeno, mas no mundo é muito forte e aqui ele também vai crescer." Em São Paulo, os protestos tem um amplo leque de reivindicações, desde a legalização da maconha e do aborto, passando pelo aumento dos investimentos em Educação, até o 'fora Ricardo Teixeira', presidente da CBF.