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Com dois de Luis Fabiano, São Paulo acaba com seca de vitórias

No retorno do goleiro Rogério Ceni, duas partidas ausente por lesão, e na reestreia do técnico Emerson Leão dentro Morumbi, em sua segunda passagem pelo clube, quem brilhou e fez o São Paulo finalmente voltar a vencer foi Luis Fabiano. 
Com dois gols do atacante, o time tricolor bateu o Avaí por 2 a 0, no Morumbi, neste sábado à noite, pela 34ª de 38 rodadas do Brasileiro, e encerrou uma série de nove partidas sem vitória. A última fora em 17 de setembro, também no estádio, 4 a 0 sobre o Ceará.
Os gols foram os primeiros na competição do camisa 9, que passou em branco nas cinco partidas anteriores --contra Flamengo, Cruzeiro, Atlético-GO, Vasco e Bahia. O ídolo são-paulino tinha marcado uma única vez desde seu retorno ao clube --em sete partidas, no total. Foi em 19 de outubro, no magro 1 a 0 sobre o Libertad, mas que de nada adiantou, já que os paraguaios é que passaram de fase na Sul-Americana.
Neste fim de semana, porém, a performance de Luis Fabiano recolocou o São Paulo na briga por uma vaga na Libertadores-2012. Agora com 53 pontos, pula para sexto, a uma posição e a dois pontos do grupo que se classifica à competição continental. Seus principais adversários (Botafogo, Flamengo e Internacional) jogam neste domingo.
Com salários atrasados, o Avaí, por sua vez, não só fica cada vez mais perto do rebaixamento como agora cai para a lanterna, com os mesmos 29 pontos.
As duas equipes voltam a campo pelo Campeonao Brasileiro já nesta quarta. Às 20h30 (de Brasília), os paulistas visitam o Atlético-PR na Arena da Baixada, em Curitiba (PR). Às 21h50, os catarinenses recebem o Cruzeiro na Ressacada, em Florianópolis (SC).
 
O JOGO
 
Para um desavisado, os primeiros quinze minutos no Morumbi pareceriam uma partida na Ressacada. O Avaí dominava as ações, tocando a bola sem quase ser importunado, à espera da melhor jogada de ataque. O São Paulo simplesmente não conseguia acertar uma sequência de passes até a intermediária do visitante.
Retrato da falta de criatividade, Dagoberto e Luis Fabiano retornavam ao meio de campo para buscar a bola e, em tabelas longe da área ou lances individuais, logo eram desarmados. Mesmo com dois zagueiros altos (Rhodolfo e Xandão, ambos com 1,93m), e Cícero, de ótima impulsão, nem escanteios ameaçavam a meta de Felipe.
O jogo só esquentou de verdade na etapa final, com a entrada de Fernandinho. O atacante fazia o que nenhum outro se atrevia até então, driblar com confiança e em direção ao gol. Lucas pareceu se inspirar e, em lance pelo mesmo setor do colega, na esquerda, fez fila e invadiu a área. Estatelado no chão, pediu pênalti, mas nem era preciso. Luis Fabiano ficou com a sobra e, rapidamente, girou e bateu rasteiro no canto para abrir o placar.
O gol pareceu tirar um enorme peso de todos os são-paulinos --jogadores e torcida. Tudo soava possível. Até a vitória. E apesar da falta de brilhantismo, em mais um bobeada da pior zaga do Campeonato Brasileiro (agora com 71 gols sofridos), Luis Fabiano apareceu sozinho na direita, para cabecear, sem nem sair do chão, e decretar a vitória.

Por Folha