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Lupi defende investigação e diz que não compactua com corrupção

O ministro do Trabalho, Carlos Lupi, convocou para amanhã (8) uma reunião com parlamentares do PDT para explicar denúncias de irregularidades em convênios firmados pela pasta com ONGs (organizações não governamentais).
Reportagem da revista "Veja" desta semana afirma que assessores do ministro teriam pedido propina a ONGs, entre elas o Instituto Êpa, do Rio Grande do Norte. "Está todo mundo interessado na apuração. Falei com ele no final de semana e ele quer sentar com a bancada e discutir", afirmou o líder do PDT na Câmara, Giovanni Queiroz (PA).
Lupi anunciou uma auditoria interna para apurar irregularidades e deputados e senadores do próprio partido vão levar à PGR (Procuradoria-Geral da República) pedido para que o STF (Supremo Tribunal Federal) investigue os fatos. Ele disse estar "tranquilo" quanto às denúncias, pois não compactua com corrupção. "Se houver alguém que tenha feito [algum ato de corrupção] em nome pessoal, tem que ser punido. Corrupto e corruptor."
O deputado federal Paulinho da Força (PDT-SP) considera um "erro" a iniciativa dos colegas de partido, que tem à frente Miro Teixeira (RJ). "Eu acho errada a posição do Miro, não precisaria pedir para a PGR já que Lupi já pediu à Policia Federal que investigue. Acho que não é um bom negócio", afirmou.
Miro Teixeira disse que "faz o seu dever" ao procurar a Procuradoria.
Reunido com sua equipe, o ministro estuda dar uma coletiva à imprensa ainda hoje para falar sobre as denúncias.

Por Folha