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Médico de Michael Jackson é condenado a 4 anos de prisão

O médico Conrad Murray, de 58 anos, foi condenado nesta terça-feira (29) a quatro anos de prisão pela morte de Michael Jackson, a maior pena possível para um caso de homicídio involuntário. A sentença foi decretada pelo juiz Michael Pastor da Corte Superior do condado de Los Angeles.
O cardiologista cumprirá sua pena na prisão do condado e não em uma penitenciária estadual devido à lotação existente nas prisões californianas. A expectativa é que Murray passe menos de dois anos atrás das grades e, depois, cumpra prisão domiliciar.
Murray foi considerado culpado de uma série de graves negligências que causaram a morte do "rei do pop" por uma intoxicação aguda de um anestésico hospitalar chamado propofol no dia 25 de junho de 2009.
Na sessão desta terça, o juiz Michael Pastor desprezou o pedido da defesa para que seu cliente ficasse em liberdade pagando uma fiança por ausência de histórico criminal antes da morte de Jackson.
O juiz falou com dureza e acusou Murray de mentir repetidas vezes e de não demonstrar nenhum sentimento de culpa. "Em um momento chegou a dizer que se sentia traído por Michael Jackson. Não só não se arrepende, mas culpa a vítima", disse indignado o juiz.
"Qualquer um que olhe para isto de forma objetiva tem que chegar à conclusão que Conrad Murray abandonou seu paciente e isso é uma vergonha para a profissão médica", afirmou.
Pastor qualificou as ações de Murray como "medicina horrível" e "loucura médica" e especulou sobre as razões que o levaram a ignorar os padrões do cuidado sanitário, entre as quais citou "dinheiro", "fama" e "prestígio".
A Promotoria pediu ao juiz que condenasse Murray a pagar uma indenização de US$ 100 milhões ao fundo fiduciário de Jackson pelo cancelamento dos shows que o artista faria em Londres, mas essa decisão foi adiada para o dia 23 de janeiro do ano que vem.
 
Por Época