Médico é condenado por morte de Michael Jackson
Depois de mais de um mês de julgamento, o médico Conrad Murray foi condenado por homicídio culposo (quando não há a intenção de matar) pela morte do cantor Michael Jackson, em 25 de junho de 2009. O júri, formado por sete homens e cinco mulheres, discutiu por dois dias, na sexta-feira (4) e nesta segunda, até chegar à decisão unânime.
Murray pode pegar até quatro anos de prisão, mas a pena será divulgada apenas ao fim do mês, no dia 29 de novembro. Até lá, o médico ficará preso. Após a condenação, Murray foi algemado. O médico pode também perder definitivamente seu direito de clinicar. Por enquanto, sua licença está somente suspensa.
O julgamento de Murray começou no dia 27 de setembro. Até a quinta-feira (3 de novembro), a promotoria e a defesa apresentaram provas e argumentas pela condenação ou pela absolvição do réu.
Durante o julgamento, foram apresentadas imagens fortes como a do corpo de Michael Jackson, que morreu em sua residência após ingerir grandes doses do anestésico propofol. O cardiologista Conrad Murray era o médico pessoal do cantor. Ele havia prescrito o anestésico para o cantor e deixado o quarto. Quando voltou, encontrou o paciente desacordado. Para a acusação, o médico foi negligente. De acordo com a defesa, Michael Jackson era viciado em medicamentos e tomou mais remédios quando Murray não estava no quarto.
O promotor David Walgren disse, no julgamento, que as provas apresentadas comprovaram que Murray deu ao artista uma dose letal do remédio propofol, que causou a morte do cantor em sua mansão, onde não tinha equipamento para reanimá-lo em caso de complicações. Jackson, segundo informações divulgadas após sua morte, faria o uso do medicamento para dormir.
"Conrad Murray realizou um experimento farmacológico com Michael Jackson", disse Walgren, que afirmou que o remédio não era indicado para problemas de sono e acusou o cardiologista de ter falhado no momento de atender o artista de acordo com os padrões médicos, no que qualificou de um comportamento "carente de ética".
A promotoria disse que Murray não cuidou de Michael como deveria quando ele estava sedado, demorou para chamar o atendimento de emergência e tentou ocultar provas do ocorrido na fatídica manhã do dia 25 de junho de 2009.
Walgren também desqualificou o especialista em propofol, Paul White, testemunha convocada pela defesa, que sugeriu a possibilidade de o cantor ter se injetado propofol num momento de distração de Murray, o que teria ocasionado a morte.
A tese da defesa reconheceu equívocos do médico, mas buscou classificá-los como falhas de procedimento, evitando assim a tipificação de crime. O advogado da defesa, Ed Chernoff, alertou ao júri que a promotoria não conseguiu provas para eliminar uma dúvida razoável sobre homicídio. "Não negamos que o médico Conrad Murray tenha cometido erros, mas este deveria ser um julgamento civil, não criminal", disse Chernoff, para quem a promotoria reuniu uma série de testemunhos com a intenção de destruir a imagem de seu cliente.
"Alguém precisa dizê-lo, alguém precisa dizer a verdade. Se não se tratasse de Michael Jackson, será que este médico estaria aqui hoje?", questionou o advogado, que classificou seu cliente como "um pequeno peixe em uma lagoa grande e suja".
"Há um grande desejo de tachar Murray como o perfeito vilão e Michael Jackson como a perfeita vítima, como num programa de televisão, mas isso não existe", afirmou Chernoff. "A promotoria quer culpar Murray pelas ações de Michael Jackson". Durante as audiências, a defesa enfatizou que o cantor era viciado em sedativos e usava com frequência propofol.
Walgren, em suas alegações finais, disse que os argumentos de Chernoff sugeriam que tudo se "tratava de uma conspiração" na qual todo mundo mentia, menos o réu. "Michael Jackson está morto, mas pobre Conrad Murray", disse Walgren, em tom sarcástico. O promotor disse que os três filhos de Michael ficaram órfãos por culpa do médico.
Antes de concluir, Walgren reconheceu que não podia "provar exatamente o que aconteceu dentro" do quarto de Michael, mas ficava claro o que "tinha acontecido a cada noite", referindo-se ao volume de propofol administrado por Murray. "Michael Jackson morreu de intoxicação de propofol". "Não há nada incomum e imprevisível no que aconteceu, o que é imprevisível é que Michael Jackson conseguiu viver tanto tempo sob os cuidados do médico Murray", disse Walgren.
O julgamento de Murray começou no dia 27 de setembro. Até a quinta-feira (3 de novembro), a promotoria e a defesa apresentaram provas e argumentas pela condenação ou pela absolvição do réu.
Durante o julgamento, foram apresentadas imagens fortes como a do corpo de Michael Jackson, que morreu em sua residência após ingerir grandes doses do anestésico propofol. O cardiologista Conrad Murray era o médico pessoal do cantor. Ele havia prescrito o anestésico para o cantor e deixado o quarto. Quando voltou, encontrou o paciente desacordado. Para a acusação, o médico foi negligente. De acordo com a defesa, Michael Jackson era viciado em medicamentos e tomou mais remédios quando Murray não estava no quarto.
O promotor David Walgren disse, no julgamento, que as provas apresentadas comprovaram que Murray deu ao artista uma dose letal do remédio propofol, que causou a morte do cantor em sua mansão, onde não tinha equipamento para reanimá-lo em caso de complicações. Jackson, segundo informações divulgadas após sua morte, faria o uso do medicamento para dormir.
"Conrad Murray realizou um experimento farmacológico com Michael Jackson", disse Walgren, que afirmou que o remédio não era indicado para problemas de sono e acusou o cardiologista de ter falhado no momento de atender o artista de acordo com os padrões médicos, no que qualificou de um comportamento "carente de ética".
A promotoria disse que Murray não cuidou de Michael como deveria quando ele estava sedado, demorou para chamar o atendimento de emergência e tentou ocultar provas do ocorrido na fatídica manhã do dia 25 de junho de 2009.
Walgren também desqualificou o especialista em propofol, Paul White, testemunha convocada pela defesa, que sugeriu a possibilidade de o cantor ter se injetado propofol num momento de distração de Murray, o que teria ocasionado a morte.
A tese da defesa reconheceu equívocos do médico, mas buscou classificá-los como falhas de procedimento, evitando assim a tipificação de crime. O advogado da defesa, Ed Chernoff, alertou ao júri que a promotoria não conseguiu provas para eliminar uma dúvida razoável sobre homicídio. "Não negamos que o médico Conrad Murray tenha cometido erros, mas este deveria ser um julgamento civil, não criminal", disse Chernoff, para quem a promotoria reuniu uma série de testemunhos com a intenção de destruir a imagem de seu cliente.
"Alguém precisa dizê-lo, alguém precisa dizer a verdade. Se não se tratasse de Michael Jackson, será que este médico estaria aqui hoje?", questionou o advogado, que classificou seu cliente como "um pequeno peixe em uma lagoa grande e suja".
"Há um grande desejo de tachar Murray como o perfeito vilão e Michael Jackson como a perfeita vítima, como num programa de televisão, mas isso não existe", afirmou Chernoff. "A promotoria quer culpar Murray pelas ações de Michael Jackson". Durante as audiências, a defesa enfatizou que o cantor era viciado em sedativos e usava com frequência propofol.
Walgren, em suas alegações finais, disse que os argumentos de Chernoff sugeriam que tudo se "tratava de uma conspiração" na qual todo mundo mentia, menos o réu. "Michael Jackson está morto, mas pobre Conrad Murray", disse Walgren, em tom sarcástico. O promotor disse que os três filhos de Michael ficaram órfãos por culpa do médico.
Antes de concluir, Walgren reconheceu que não podia "provar exatamente o que aconteceu dentro" do quarto de Michael, mas ficava claro o que "tinha acontecido a cada noite", referindo-se ao volume de propofol administrado por Murray. "Michael Jackson morreu de intoxicação de propofol". "Não há nada incomum e imprevisível no que aconteceu, o que é imprevisível é que Michael Jackson conseguiu viver tanto tempo sob os cuidados do médico Murray", disse Walgren.
Por Época