Nova coleção de bonecos Lego simula assalto a caixa eletrônico
Um policial da delegacia de roubo a bancos da capital mostra ao repórter da Folha imagens dos principais assaltantes de São Paulo. Revolve documentos de uma pasta e, de repente, saca um papel. "Olha que absurdo", mostra ele, irritado. As imagens que tiram a calma do experiente policial não são de uma ação criminosa de ladrões procurados, mas de brinquedos da Lego.
A imagem é da linha Polícia de uma coleção da Lego chamada City. Nela, os famosos bonequinhos são policiais e ladrões em diversas situações; uma delas simula o furto de um caixa eletrônico. São Lego originais. Um bonequinho, inclusive, aparece com seu tradicional sorriso sarcástico violando um caixa com um pé-de-cabra. Um maço de notas surge pela fenda.
PIADA DE MAU GOSTO
A coleção, que pode ser encontrada em lojas de brinquedo do país e do mundo, chega a ser vista como uma piada de mau gosto pelos policiais porque esse é um dos crimes que tem tirado o sono das autoridades brasileiras.
Só entre janeiro e setembro deste ano, segundo dados do governo de São Paulo, foram registrados 727 ataques a caixas eletrônicos --217 deles com utilização de explosivos.
O porta-voz da Lego no Brasil, Robério Esteves, disse entender o sentimento dos policiais brasileiros dada a conjuntura da violência.
Mas afirma que o tema dos brinquedos "não tem nada a ver com o que está acontecendo com o nosso país".
Segundo ele, os bonecos são produzidos na Dinamarca e abordam temas globais, do universo urbano. "A Lego jamais faria um produto que tivesse uma compreensão regional, somente. Como o brinquedo é global, ele precisa ser compreendido por qualquer criança", disse.
Ainda segundo Esteves, o conjunto em questão faz parte de uma coleção que aborda o cotidiano das cidades e inclui bonecos em áreas diversas, como bombeiros e situações de construção.
"Estou há 23 anos com a Lego. É a primeira vez que isso acontece [de os brinquedos causarem polêmica sobre violência]", afirma.
O diretor disse ainda que uma das principais preocupações da Lego é com a construção de valores humanos. A referência do bem e do mal, ainda segundo ele, é importante nesse objetivo.
"A Lego jamais faria um brinquedo que fosse incitar a violência. [...] Jamais faria algo para simular uma coisa tão negativa que está acontecendo no nosso país, os assaltos as caixas eletrônicos. Se essa cena está ali, é uma simples coincidência."
A cúpula da Delegacia de Roubo a Banco não quis se manifestar sobre o tema.
A imagem é da linha Polícia de uma coleção da Lego chamada City. Nela, os famosos bonequinhos são policiais e ladrões em diversas situações; uma delas simula o furto de um caixa eletrônico. São Lego originais. Um bonequinho, inclusive, aparece com seu tradicional sorriso sarcástico violando um caixa com um pé-de-cabra. Um maço de notas surge pela fenda.
PIADA DE MAU GOSTO
A coleção, que pode ser encontrada em lojas de brinquedo do país e do mundo, chega a ser vista como uma piada de mau gosto pelos policiais porque esse é um dos crimes que tem tirado o sono das autoridades brasileiras.
Só entre janeiro e setembro deste ano, segundo dados do governo de São Paulo, foram registrados 727 ataques a caixas eletrônicos --217 deles com utilização de explosivos.
O porta-voz da Lego no Brasil, Robério Esteves, disse entender o sentimento dos policiais brasileiros dada a conjuntura da violência.
Mas afirma que o tema dos brinquedos "não tem nada a ver com o que está acontecendo com o nosso país".
Segundo ele, os bonecos são produzidos na Dinamarca e abordam temas globais, do universo urbano. "A Lego jamais faria um produto que tivesse uma compreensão regional, somente. Como o brinquedo é global, ele precisa ser compreendido por qualquer criança", disse.
Ainda segundo Esteves, o conjunto em questão faz parte de uma coleção que aborda o cotidiano das cidades e inclui bonecos em áreas diversas, como bombeiros e situações de construção.
"Estou há 23 anos com a Lego. É a primeira vez que isso acontece [de os brinquedos causarem polêmica sobre violência]", afirma.
O diretor disse ainda que uma das principais preocupações da Lego é com a construção de valores humanos. A referência do bem e do mal, ainda segundo ele, é importante nesse objetivo.
"A Lego jamais faria um brinquedo que fosse incitar a violência. [...] Jamais faria algo para simular uma coisa tão negativa que está acontecendo no nosso país, os assaltos as caixas eletrônicos. Se essa cena está ali, é uma simples coincidência."
A cúpula da Delegacia de Roubo a Banco não quis se manifestar sobre o tema.
Por Folha