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Partidos islamitas alcançam 60% dos votos nas eleições do Egito

A soma dos votos conseguidos pelo Partido Liberdade e Justiça (PLJ), braço político da Irmandade Muçulmana, e a formação salafista (fundamentalistas islâmicos) Al Nour chega a 60%, conforme apuração dos primeiros resultados das eleições legislativas egípcias.
O porta-voz da Comissão Suprema Eleitoral, Ali Hassan, afirmou à Agência Efe que o PLJ conseguiu aproximadamente 40% dos votos, enquanto o Al Nour alcançou cerca de 20% dos sufrágios emitidos nesta primeira fase da eleição, que será completada com outras duas rodadas até o mês de janeiro.
Em terceiro lugar aparece a coalizão Bloco Egípcio, formado por três partidos liberais e esquerdistas, que somaram 15% dos votos, segundo a mesma fonte.
O partido islamita moderado Wasat (uma cisão da Irmandade Muçulmana) ficou com a quarta posição, atingindo 6%. Na sequência, aparecem o partido mais antigo do Egito, o liberal Wafd, com 5%; a aliança de movimentos juvenis A Revolução Continua, com 3%, e o centrista partido da Justiça, com apenas 1%.
A participação da população nos dois primeiros dias das eleições legislativas egípcias, realizadas na última segunda (28) e terça-feira (29), alcançaram 62%, informou nesta última sexta-feira (3) o presidente da Junta Eleitoral egípcia, Abdelmoaiz Ibrahim.
Dos mais de 13,6 milhões de eleitores, aproximadamente 8,5 milhões participaram da primeira fase das eleições egípcias, que foi disputada em nove províncias do país, entre elas Cairo e Alexandria. O segundo turno, só para os candidatos individuais, será disputada nos próximos dias 5 e 6.
Entre os candidatos que concorrem em listas individuais, que formarão um terço do novo Parlamento, quatro superaram a marca de 50% dos votos, o que garante uma cadeira sem necessidade do segundo turno.
O reconhecido analista político Amr Hamzawy, do partido Egito Livre, é um deles. Hamzawy representará a circunscrição de Heliópolis na Câmara Baixa.
O pleito para escolher os representantes da Câmara Baixa terminará em janeiro e, logo em seguida, deve começar as eleições para definir a Shura (Câmara Alta), que deverá se estender até março.
Por Época