|

Justiça ordena prisão domiciliar de capitão do naufrágio

A Justiça italiana determinou nesta terça-feira a prisão domiciliar para Francesco Schettino, capitão do cruzeiro "Costa Concórdia", que naufragou na sexta-feira passada nas águas da ilha de Giglio (Itália). Ainda há informações imediatas se o advogado constituído deve recorrer da decisão.
Até o momento, foram encontrados os corpos de 11 pessoas mortas no naufrágio. Oficialmente continuam desaparecidos 29 pessoas cujas nacionalidades foram divulgadas mais cedo pelo governo.
A juíza de instrução de Grosseto (região central do país), Valeria Montesarchio, ditou essa medida após o interrogatório de Schettino na sede do tribunal nesta localidade, que permanece detido o sábado, de acordo com informações de seu advogado, Bruno Leporatti.
A Promotoria de Grossetto, que havia solicitado a prisão cautelar do capitão, acusa Schettino de homicídio culposo múltiplo e abandono do navio, entre outras acusações, com pena de 15 anos de prisão.
 
TELEFONEMA
 
O capitão Francesco Schettino rejeitou ordens de retornar e ajudar os passageiros do navio, que naufragou na sexta-feira passada. A informação foi confirmada por um telefonema gravado entre Schettino e a Capitania dos Portos, que foi publicado nesta terça-feira na imprensa italiana.
Às 21h54 (18h54 de Brasília), com o navio já encalhado em frente à ilha de Giglio, no centro da Itália, o capitão garantiu que tudo estava bem e enfrentava apenas um problema técnico.
Segundo o telefonema entre Schettino e o capitão Gregorio de Falco, da Guarda Costeira em Livorno, o comandante chegou a alegar que estava "escuro" e por isso não poderia ajudar os cerca de 4.000 passageiros e tripulantes a bordo.
Por Folha