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Cadeira de jovem morta no Hopi Hari pode ter saído destravada do chão

A perícia técnica feita no brinquedo do Hopi Hari do qual uma adolescente foi arremessada a 25 metros do chão na semana passada apontou indícios de que o assento onde ela estava já saiu do chão destravado.
Gabriela Yukay Nychymura morreu na manhã de sexta-feira (24) após cair do La Tour Eiffel, no parque de Vinhedo (SP). Nessa espécie de elevador, cada visitante sobe cerca de 70 metros em uma cadeira com trava individual e despenca em simulação de queda livre, podendo chegar a 94 quilômetros por hora.
Segundo testemunhas, apenas a cadeira de Nychymura estava com a trava levantada quando chegou ao chão. Os outros dez visitantes que estavam no brinquedo fizeram a descida normalmente.
De acordo com o perito criminal Nelson Patrocínio da Silva, se o equipamento de segurança estivesse travado antes de o brinquedo subir ele não teria se soltado durante a descida. "Pelos testes que realizamos, não teria chance de isso acontecer. Mas só o laudo final vai dizer se, no caso dela, o brinquedo saiu destravado [do chão]", afirmou. "O problema pode estar na liberação do brinquedo antes de subir."
 
FALHA HUMANA
 
Durante quase três horas desta segunda-feira (27), peritos realizaram avaliações no brinquedo acompanhados pelo delegado Álvaro Santucci Noventa Júnior e do promotor Rogério Sanches Cunha.
"A meu ver, há mais chances de ter havido falha humana do que no mecanismo do brinquedo", afirmou o delegado, ressalvando que ainda é cedo para apontar responsáveis.
Para Cunha, houve negligência no caso. "Agora, quem foi negligente e qual foi o grau da negligência só saberemos com o andar da investigação." Segundo ele, tanto a manutenção do aparelho quanto a fiscalização e o momento de liberar o brinquedo para a subida serão analisados.
O Ministério Público acompanha o inquérito policial que apura o acidente e também instaurou um inquérito civil para investigar a segurança do parque para os visitantes.
O Hopi Hari afirmou que está prestando apoio à família da vítima e aos responsáveis pela investigação.

Por Folha