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PM do Rio divulga balanço da greve; 9 líderes foram presos

A Polícia Militar divulgou na tarde desta sexta-feira (10) uma retificação do número de policiais presos na greve do Rio.
Inicialmente, a PM dizia que eram 59 policiais detidos. O porta-voz da Corporação, Frederico Caldas, corrigiu a informação, dizendo que foram 16 policiais presos. Além disso, 129 policiais vão responder a sindicância por crime militar, e outros 14 serão submetidos a processo administrativo disciplinar.
Dos 16 policias detidos, nove fazem parte da lista dos líderes do movimento. Na quinta-feira (9), a Justiça Militar do Rio ordenou a prisão de 11 líderes.
Segundo o jornal O Globo, oito dos nove policiais foram transferidos para o presídio de segurança máxima Bangu 1. A PM ainda não definiu onde ficará detida a única mulher do grupo.
Segundo o porta-voz da PM, coronel Frederico Caldas, a Polícia Militar considera a greve inaceitável. "É inaceitável que policiais cruzem os braços, um serviço essencial para a população. Há um pacto entre a polícia e o povo e ele não pode ser quebrado. Nesse momento os comandantes orientaram os policiais e aqueles que se recusaram a cumprir as normas foram presos por descumprimento, por crime de desobediência ", disse Caldas.
Caldas disse que a greve causou apenas problemas isolados no Rio. Segundo o coronel, a greve não teve adesão em nenhuma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP), e a capital está sob controle. No entanto, o coronel alertou que a situação está tensa em algumas cidades do interior, como Campos, Resende e Volta Redonda. Policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope) foram enviados para essas cidades para garantir a segurança da população.
Policiais civis, militares e bombeiros, entraram em greve nesta sexta-feira (10). O anúncio ocorreu ao final de uma manifestação que durou quase seis horas na noite de quinta-feira, na Cinelândia, centro do Rio, com participação de cerca de 3 mil pessoas, segundo a PM. Os grevistas querem a liberdade do cabo Benevenuto Daciolo, preso no dia 8 de fevereiro acusado de crime militar, e piso salarial de R$ 3.500, além de benefícios como vales de transporte e refeição.
Ontem (9), a Assembleia Legislativa do Rio aprovou aumento de 39% nos salários das polícias Militar e Civil, do Corpo de Bombeiros e de agentes penitenciários até fevereiro de 2013, mas o texto final ainda pode sofrer alterações.

Por Época