STF determina quebra de sigilo bancário de Demóstenes
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski acatou
o pedido da Procuradoria Geral da República e determinou a abertura de
inquérito para investigar o senador Demóstenes Torres (DEM-TO). O
ministro também determinou a quebra do sigilo bancário do senador por um
período de dois anos.
Demóstenes Torres é acusado de ligação com Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira, que foi preso em fevereiro pela Polícia Federal durante a operação Monte Carlo, contra o jogo ilegal.
A PF gravou, com autorização da Justiça, mais de 300 conversas entre Demóstenes Torres e Carlos Cachoeira. O senador se defende dizendo que é amigo de Cachoeira, e que não há, nas conversas, nada que o comprometa. “São conversas entre amigos, só há trivialidades.” Foi por meio dessas escutas que os investigadores descobriram que Cachoeira deu a Demóstenes uma geladeira e um fogão importados como presente de casamento.
A reportagem de ÉPOCA mostrou que o senador tinha um rádio Nextel exclusivo para se comunicar com Cachoeira. De acordo com a Polícia Federal, o propósito de Cachoeira era evitar que escutas telefônicas, legais ou ilegais, captassem suas conversas com os comandantes de uma rede de exploração ilegal de máquinas caça-níqueis em Goiás e na periferia de Brasília.
A suspeita da ligação do senador com o jogo ilegal levou Demóstenes a pedir afastamento da liderança do DEM no Senado na terça-feira (27). A sua situação ficou mais delicada após o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, encaminhar o pedido de abertura de inquérito ao Supremo.
Gurgel pediu ao STF que o inquérito seja desmembrado em três frentes de
investigação. A primeira vai apurar a conduta do senador Demóstenes
Torres, a segunda vai investigar a participação de “dois ou três”
deputados no esquema - Gurgel preferiu não dizer a quantidade exata de
políticos que serão investigados - e a terceira frente vai investigar os
acusados que não têm prerrogativa de foro, cujos casos devem ser
enviados à Justiça Federal em Goiás.
Nesta quinta-feira (29), Gurgel deu indícios que muitos outros políticos podem estar envolvidos no esquema de jogo ilegal. O procurador confidenciou aos deputados que foram ao seu gabinete pedir a abertura de inquérito para investigar Demóstenes que as investigações da Polícia Federal só revelaram, até o momento, a ponta do iceberg da relação do jogo ilegal com o Congresso.
Demóstenes Torres é acusado de ligação com Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira, que foi preso em fevereiro pela Polícia Federal durante a operação Monte Carlo, contra o jogo ilegal.
A PF gravou, com autorização da Justiça, mais de 300 conversas entre Demóstenes Torres e Carlos Cachoeira. O senador se defende dizendo que é amigo de Cachoeira, e que não há, nas conversas, nada que o comprometa. “São conversas entre amigos, só há trivialidades.” Foi por meio dessas escutas que os investigadores descobriram que Cachoeira deu a Demóstenes uma geladeira e um fogão importados como presente de casamento.
A reportagem de ÉPOCA mostrou que o senador tinha um rádio Nextel exclusivo para se comunicar com Cachoeira. De acordo com a Polícia Federal, o propósito de Cachoeira era evitar que escutas telefônicas, legais ou ilegais, captassem suas conversas com os comandantes de uma rede de exploração ilegal de máquinas caça-níqueis em Goiás e na periferia de Brasília.
A suspeita da ligação do senador com o jogo ilegal levou Demóstenes a pedir afastamento da liderança do DEM no Senado na terça-feira (27). A sua situação ficou mais delicada após o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, encaminhar o pedido de abertura de inquérito ao Supremo.
Ponta do Iceberg
Nesta quinta-feira (29), Gurgel deu indícios que muitos outros políticos podem estar envolvidos no esquema de jogo ilegal. O procurador confidenciou aos deputados que foram ao seu gabinete pedir a abertura de inquérito para investigar Demóstenes que as investigações da Polícia Federal só revelaram, até o momento, a ponta do iceberg da relação do jogo ilegal com o Congresso.
Por Época