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Suspeito de Toulouse teria recebido ao menos 20 tiros, diz jornal

Segundo informações do jornal francês "Le Parisien" a autópsia do corpo de Mohammed Merah, o suposto autor dos ataques que mataram sete pessoas nas últimas semanas em Toulouse, mostra que ele levou dois tiros mortais.
"Um dos tiros atingiu o lado esquerdo da testa. O outro atravessou o abdomen, entrando pelo flanco direito e saindo pelo esquerdo" disse uma fonte judicial ao jornal.
O jornal ainda diz que o suposto assassino teria sido literalmento "cravejado de balas" com ao menos 20 tiros recebidos em sua maioria nos braços e pernas.
Ainda segundo o jornal, a perícia também confirma que, apesar dos tiros, Merah ainda estava vivo quando foi para a sacada.
O corpo de Merah foi levado até o instituto médico legal de Toulouse, onde foi realizada a autopsia nesta quinta-feira, e depois transferido para Bordeaux, onde serão feitos exames adicionais.
 
DETERMINAÇÃO

O jornal francês "Le Monde" disse que o procurador da República de Paris e responsável pelo inquérito, François Molins, indicou que "o exame do corpo (mostra) que ele usava um colete a prova de balas por cima de um 'djellabah', túnica típica do norte da africa, dentro de uma calça jeans".
Ele disse que o atirador levou um tiro na cabeça de um policial que agiu em "legítima defesa"
"As primeiras constatações permitem confirmar a determinação de Merah e sua vontade de enfrentar as forças de segurança, independentemente das consequências", disse ainda o responsável pelo inquérito.
 
ATAQUES
 
Merah, que morreu ontem após a polícia invadir o apartamento onde estava, em Toulouse, era acusado de matar três crianças e um professor em uma escola judaica na última segunda-feira (19). Em outros dois ataques na semana passada, ele teria atirado contra três soldados em Montauban, próximo a Toulouse, que também morreram.
Nascido em 10 de outubro de 1988 em Toulouse, ele é francês de origem argelina e possui antecedentes criminais. O suposto atirador esteve no Paquistão e no Afeganistão e se declarava jihadista da Al Qaeda.
No entanto, não existem informações concretas sobre sua participação em um campo de treinamento.
A investigação deve determinar se ele atuou sozinho ou com a ajuda de uma célula, e se ele pertencia à Al Qaeda, como reivindicava.

Por Folha