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Diretor rebate Adriano: 'O Corinthians não é prisão'

As duras declarações de Adriano contra o Corinthians, em entrevista ao Fantástico, no último domingo, não foram aceitas pela diretoria do clube paulista. Apesar de entender que é melhor evitar mais polêmica sobre a demissão por justa causa do Imperador, a cúpula do futebol alvinegro não ficou em silêncio diante do ataque de Adriano e alegou que o jogador concordou com o período de confinamento no CT Joaquim Grava.
Com dificuldades para perder peso, o centroavante ficou concentrado na sede do departamento de futebol, no Parque Ecológico do Tietê, zona leste de São Paulo, para fazer tratamento e se alimentar corretamente. Adriano, contudo, disse que se sentiu humilhado com a medida.
– Você acha que se não fosse com o consentimento dele o Corinthians o colocaria no CT? Não é escravidão. Ele ficou porque quis ficar. Propusemos para ele melhorar, se alimentar melhor, fazer a parte clínica, e ele concordou. O Corinthians não é prisão. Ele só esqueceu desse detalhe: ele aceitou – afirmou o diretor de futebol Roberto de Andrade.
Na entrevista, o Imperador atacou também o técnico Tite sobre o comportamento dele durante o processo de recuperação pela cirurgia no tendão do pé esquerdo. Segundo o atacante, o treinador conversou com ele apenas duas vezes no período em que foi jogador do Timão.
Roberto de Andrade defende não só o treinador, mas o trabalho feito pelo departamento médico e comissão técnica do Corinthians nos 11 meses em que Adriano permaneceu em São Paulo.
– Temos a certeza de que tudo foi bem feito, até além da conta. Se ele não gostou, paciência. Temos consciência de que fizemos o melhor possível. Todos fizeram o melhor de si – ressaltou.
Demitido por justa causa depois de ter faltado 67 vezes entre sessões de fisioterapia e treinamentos com o grupo, Adriano promete acionar o Corinthians na justiça para receber cerca de R$ 1,8 milhão que teria direito até o encerramento do contrato, no fim de junho. O Timão depositou na conta do atleta pouco mais de R$ 150 mil referentes à demissão.

Por GloboEsporte.com