Paralisação na usina de Belo Monte é suspensa
Trabalhadores retomaram nesta quinta-feira (5) as atividades na usina de
Belo Monte, no rio Xingu (PA), após cerca de uma semana de
paralisações.
A ameaça de demissões e a repressão policial aos grevistas motivaram a decisão, segundo informações de representantes da central sindical Conlutas e do Movimento Xingu Vivo, entidades que se opõem à obra.
O CCBM (Consórcio Construtor de Belo Monte), responsável pela construção, nega que tenham ocorrido demissões ou mesmo ameaças de desligamentos.
Até ontem, operários faziam um bloqueio próximo à rodovia Transamazônica, o que impedia o acesso à obra. Hoje, a pista estava liberada.
Uma reunião de negociação entre o consórcio, o sindicato da categoria e operários está marcada para a próxima terça-feira, no dia 10.
Os funcionários pedem, entre outros pontos, equiparação salarial entre trabalhadores que exercem mesma função, redução de seis meses para três meses no intervalo das folgas para visitar familiares e aumento no valor do vale alimentação.
Caso as reivindicações não sejam atendidas, eles prometem retomar a greve a partir do dia 16 deste mês.
PARALISAÇÃO
A greve parcial na usina de Belo Monte começou na quinta-feira (29). Ganhou força após a morte de um funcionário de uma empresa terceirizada em um acidente. O funcionário, que usava equipamentos se segurança, foi atingido por uma árvore. O Ministério Público do Trabalho investiga o caso.
Inicialmente, a paralisação teve a adesão de metade dos cerca de 7.000 trabalhadores, que acabou afetando os dois principais canteiros de obras da usina.
Uma das principais obras do governo federal, a hidrelétrica de Belo Monte será a terceira maior do mundo quando estiver concluída, em 2019, e gerará 11,2 mil MW de energia.
JIRAU
Ontem, um dia após ataques a alojamentos de operários da usina de Jirau, em Rondônia, a Polícia Civil do Estado afirmou que irá instalar uma delegacia dentro da obra.
Segundo o delegado Jeremias de Souza, a unidade ficará em um contêiner e irá atender ocorrências comuns no local, como furtos e lesões corporais.
"É uma cidade que necessita do poder público", diz o policial, sobre a obra de 20 mil trabalhadores.
O anúncio ocorreu um dia depois de incêndio que destruiu 36 dos 91 blocos de alojamentos da obra, uma das principais hidrelétricas planejadas pelo governo federal no país.
Para a polícia, a ação foi organizada por operários contrários ao fim da greve na usina, aprovado na segunda-feira, depois de 24 dias de paralisação.
Seis funcionários da Camargo Corrêa, principal construtora da usina, permaneciam presos ontem sob acusação de incêndio e cárcere privado. Três operários foram liberados por falta de provas.
De acordo com a Camargo Corrêa, em razão do incêndio a obra continuava parada ontem, sem previsão de retorno.
Ao menos 400 policiais, entre PMs e integrantes da Força Nacional, fazem a segurança das instalações.
A ameaça de demissões e a repressão policial aos grevistas motivaram a decisão, segundo informações de representantes da central sindical Conlutas e do Movimento Xingu Vivo, entidades que se opõem à obra.
O CCBM (Consórcio Construtor de Belo Monte), responsável pela construção, nega que tenham ocorrido demissões ou mesmo ameaças de desligamentos.
Até ontem, operários faziam um bloqueio próximo à rodovia Transamazônica, o que impedia o acesso à obra. Hoje, a pista estava liberada.
Uma reunião de negociação entre o consórcio, o sindicato da categoria e operários está marcada para a próxima terça-feira, no dia 10.
Os funcionários pedem, entre outros pontos, equiparação salarial entre trabalhadores que exercem mesma função, redução de seis meses para três meses no intervalo das folgas para visitar familiares e aumento no valor do vale alimentação.
Caso as reivindicações não sejam atendidas, eles prometem retomar a greve a partir do dia 16 deste mês.
PARALISAÇÃO
A greve parcial na usina de Belo Monte começou na quinta-feira (29). Ganhou força após a morte de um funcionário de uma empresa terceirizada em um acidente. O funcionário, que usava equipamentos se segurança, foi atingido por uma árvore. O Ministério Público do Trabalho investiga o caso.
Inicialmente, a paralisação teve a adesão de metade dos cerca de 7.000 trabalhadores, que acabou afetando os dois principais canteiros de obras da usina.
Uma das principais obras do governo federal, a hidrelétrica de Belo Monte será a terceira maior do mundo quando estiver concluída, em 2019, e gerará 11,2 mil MW de energia.
JIRAU
Ontem, um dia após ataques a alojamentos de operários da usina de Jirau, em Rondônia, a Polícia Civil do Estado afirmou que irá instalar uma delegacia dentro da obra.
Segundo o delegado Jeremias de Souza, a unidade ficará em um contêiner e irá atender ocorrências comuns no local, como furtos e lesões corporais.
"É uma cidade que necessita do poder público", diz o policial, sobre a obra de 20 mil trabalhadores.
O anúncio ocorreu um dia depois de incêndio que destruiu 36 dos 91 blocos de alojamentos da obra, uma das principais hidrelétricas planejadas pelo governo federal no país.
Para a polícia, a ação foi organizada por operários contrários ao fim da greve na usina, aprovado na segunda-feira, depois de 24 dias de paralisação.
Seis funcionários da Camargo Corrêa, principal construtora da usina, permaneciam presos ontem sob acusação de incêndio e cárcere privado. Três operários foram liberados por falta de provas.
De acordo com a Camargo Corrêa, em razão do incêndio a obra continuava parada ontem, sem previsão de retorno.
Ao menos 400 policiais, entre PMs e integrantes da Força Nacional, fazem a segurança das instalações.
Por Folha