Dólar sobe mais de 1% e chega a R$ 1,96
Sem melhora na percepção de risco global, os compradores não aliviam a
mão no mercado de câmbio. O dólar sobe com força e segue em cotações não
vistas desde julho de 2009.
No fim do pregão, o dólar comercial mostrava alta de 1,24%, a R$ 1,963 na venda. Esse é o maior preço desde 14 de julho de 2009, quando a moeda fechou a R$ 1,969. No ano, o dólar passa a acumular alta de 5%.
Na avaliação do economista-chefe da CM Capital Markets, Darwin Dib, enquanto o humor externo não melhorar, o dólar não vai mudar de patamar. Segundo o especialista, o comportamento do dólar ante outras moedas, dado pelo Dollar Index (DXY), que mede o desempenho da divisa americana ante uma cesta de moedas, e o preço das commodities são os vetores de maior relevância na formação da taxa de câmbio. E os dois não estão favoráveis à moeda brasileira.
O terceiro vetor em importância é a taxa de juros doméstica. E, segundo o economista, a queda de fato e a expectativa de novos cortes da Selic não são responsáveis por essa valorização recente do dólar.
Conforme o dólar caminha para os R$ 2,00, cresce a expectativa sobre atuações do Banco Central na ponta de venda da moeda, o que representaria uma reviravolta do modelo de atuação. Segundo Dib, o câmbio precisa ficar em um mesmo patamar por ao menos dois a três meses para que chegue aos índices de inflação.
Para o economista, o teto desejável para o dólar estaria ao redor de R$ 1,80, tomando como base as atuações da autoridade monetária. Então, se o dólar ficar acima disso por muito tempo é grande a chance de atuação do BC.
"Mas é mais uma questão de tempo do que de patamar", ressalta. No câmbio externo, o euro fechou abaixo de US$ 1,30 pela primeira vez desde janeiro. A perda do piso técnico e psicológico decorre da crescente incerteza com o futuro político da Grécia, dúvidas que já viram custos de financiamento maior para Espanha e Portugal.
A moeda comum caiu 0,48%, a US$ 1,294. Na mão oposta, o DXY subiu 0,26%, a 80,07 pontos. No mercado local, o BC mostrou que o fluxo cambial nos primeiros dias de maio foi negativo em US$ 1,787 bilhão. No mês até o dia 4, a conta financeira registou saída de US$ 2,439 bilhões, enquanto a conta comercial mostrou entrada líquida de US$ 652 milhões.
Em abril, o fluxo foi positivo em US$ 6,588 bilhões. Também em abril, o BC tirou US$ 7,223 bilhões de circulação com seus leilões à vista, maior volume de compras desde março do ano passado, quando US$ 8,443 bilhões foram retirados de circulação. No acumulado do ano, o fluxo está positivo em US$ 23,529 bilhões e as compras do BC totalizam US$ 18,157 bilhões.
No fim do pregão, o dólar comercial mostrava alta de 1,24%, a R$ 1,963 na venda. Esse é o maior preço desde 14 de julho de 2009, quando a moeda fechou a R$ 1,969. No ano, o dólar passa a acumular alta de 5%.
Na avaliação do economista-chefe da CM Capital Markets, Darwin Dib, enquanto o humor externo não melhorar, o dólar não vai mudar de patamar. Segundo o especialista, o comportamento do dólar ante outras moedas, dado pelo Dollar Index (DXY), que mede o desempenho da divisa americana ante uma cesta de moedas, e o preço das commodities são os vetores de maior relevância na formação da taxa de câmbio. E os dois não estão favoráveis à moeda brasileira.
O terceiro vetor em importância é a taxa de juros doméstica. E, segundo o economista, a queda de fato e a expectativa de novos cortes da Selic não são responsáveis por essa valorização recente do dólar.
Conforme o dólar caminha para os R$ 2,00, cresce a expectativa sobre atuações do Banco Central na ponta de venda da moeda, o que representaria uma reviravolta do modelo de atuação. Segundo Dib, o câmbio precisa ficar em um mesmo patamar por ao menos dois a três meses para que chegue aos índices de inflação.
Para o economista, o teto desejável para o dólar estaria ao redor de R$ 1,80, tomando como base as atuações da autoridade monetária. Então, se o dólar ficar acima disso por muito tempo é grande a chance de atuação do BC.
"Mas é mais uma questão de tempo do que de patamar", ressalta. No câmbio externo, o euro fechou abaixo de US$ 1,30 pela primeira vez desde janeiro. A perda do piso técnico e psicológico decorre da crescente incerteza com o futuro político da Grécia, dúvidas que já viram custos de financiamento maior para Espanha e Portugal.
A moeda comum caiu 0,48%, a US$ 1,294. Na mão oposta, o DXY subiu 0,26%, a 80,07 pontos. No mercado local, o BC mostrou que o fluxo cambial nos primeiros dias de maio foi negativo em US$ 1,787 bilhão. No mês até o dia 4, a conta financeira registou saída de US$ 2,439 bilhões, enquanto a conta comercial mostrou entrada líquida de US$ 652 milhões.
Em abril, o fluxo foi positivo em US$ 6,588 bilhões. Também em abril, o BC tirou US$ 7,223 bilhões de circulação com seus leilões à vista, maior volume de compras desde março do ano passado, quando US$ 8,443 bilhões foram retirados de circulação. No acumulado do ano, o fluxo está positivo em US$ 23,529 bilhões e as compras do BC totalizam US$ 18,157 bilhões.
Por Folha