Executivo do setor de álcool será presidente da Delta
A J&F, holding que controla a empresa de alimentos JBS, a de
higiene e limpeza Flora, a de papel e celulose Eldorado Brasil e o banco
Original, confirmou nesta sexta-feira (11) que o engenheiro civil e
administrador Humberto Junqueira Farias será o novo presidente da Delta
Construções. A empresa tem sido alvo de investigações sobre fraude,
corrupção e superfaturamento.
Farias, de 44 anos, presidia as operações brasileiras da Renuka, companhia indiana do setor sucroalcooleiro. Antes, trabalhou por 15 anos no Grupo Camargo Corrêa, onde alcançou o posto de presidente da divisão de cimentos. Farias também foi presidente da Cavo, empresa do ramo de gestão ambiental.
Na última quarta-feira, a J&F anunciou que, a partir da próxima segunda-feira (14), assume a gestão da Delta. A empreiteira, do empresário Fernando Cavendish, está no centro do escândalo envolvendo o bicheiro Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. Investigações da Polícia Federal indicam parceria entre ex-diretor empresa e o grupo de Cachoeira para favorecimento em contratos. No Congresso, a CPI que apura a relação do contraventor com empresários, políticos e agentes públicos já está em andamento.
Segundo fontes ouvidas pela Agência Estado, a rapidez no anúncio do nome de Farias está dentro de sua estratégia de dar um choque de credibilidade e governança corporativa na empreiteira. Ainda de acordo com as fontes, a Delta é vista pela holding como um ativo muito importante, que tem tudo para crescer e ser responsável por até 10% do faturamento bruto da J&F Participações, que deve subir de R$ 65 bilhões em 2011 para R$ 80 bilhões em 2014. A holding espera que em dois anos poderá melhorar a imagem da Delta, o que daria condições para que a empresa abrisse seu capital.
Negociações
Em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo publicada hoje, o empresário e conselheiro da J&F José Batista Júnior afirmou que o governo foi consultado e deu aval para a compra da construtora Delta. "O governo quer que salve a companhia e dê continuidade às obras. Não quer que quebre a empresa", disse Batista Júnior.
Por meio de nota, o Palácio do Planalto negou interferência no processo de compra e venda da empreiteira. "Em relação às negociações sobre a mudança do controle da Delta Construção, o governo federal reitera que não interfere em operações privadas. São falsas, portanto, as ilações de que a referida operação teve aval deste governo."
A J&F afirmou hoje, também por meio de comunicado, que as negociações para a aquisição da Delta Construções são "privadas e de caráter empresarial". A companhia disse julgar "descabida qualquer insinuação de interferência do governo federal".
A holding declarou ainda que toda a negociação "foi e está sendo conduzida diretamente entre Joesley Batista, presidente da holding J&F, e os acionistas da Delta", negando as informações de que seu irmão, José Batista Junior, um dos acionistas, que não ocupa cargo executivo no grupo há sete anos, tenha participado das decisões estratégicas. "Suas declarações refletem única e exclusivamente uma opinião pessoal, que está em completo desacordo com os fatos", relatou o documento do grupo.
Batista Júnior, que foi presidente da empresa de alimentos antes da abertura de capital em 2007 e deu início à internacionalização da companhia, pretende ser nomeado candidato ao governo de Goiás pelo PSB em 2014. Hoje ele é vice-presidente do partido no Estado.
Farias, de 44 anos, presidia as operações brasileiras da Renuka, companhia indiana do setor sucroalcooleiro. Antes, trabalhou por 15 anos no Grupo Camargo Corrêa, onde alcançou o posto de presidente da divisão de cimentos. Farias também foi presidente da Cavo, empresa do ramo de gestão ambiental.
Na última quarta-feira, a J&F anunciou que, a partir da próxima segunda-feira (14), assume a gestão da Delta. A empreiteira, do empresário Fernando Cavendish, está no centro do escândalo envolvendo o bicheiro Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. Investigações da Polícia Federal indicam parceria entre ex-diretor empresa e o grupo de Cachoeira para favorecimento em contratos. No Congresso, a CPI que apura a relação do contraventor com empresários, políticos e agentes públicos já está em andamento.
Segundo fontes ouvidas pela Agência Estado, a rapidez no anúncio do nome de Farias está dentro de sua estratégia de dar um choque de credibilidade e governança corporativa na empreiteira. Ainda de acordo com as fontes, a Delta é vista pela holding como um ativo muito importante, que tem tudo para crescer e ser responsável por até 10% do faturamento bruto da J&F Participações, que deve subir de R$ 65 bilhões em 2011 para R$ 80 bilhões em 2014. A holding espera que em dois anos poderá melhorar a imagem da Delta, o que daria condições para que a empresa abrisse seu capital.
Negociações
Em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo publicada hoje, o empresário e conselheiro da J&F José Batista Júnior afirmou que o governo foi consultado e deu aval para a compra da construtora Delta. "O governo quer que salve a companhia e dê continuidade às obras. Não quer que quebre a empresa", disse Batista Júnior.
Por meio de nota, o Palácio do Planalto negou interferência no processo de compra e venda da empreiteira. "Em relação às negociações sobre a mudança do controle da Delta Construção, o governo federal reitera que não interfere em operações privadas. São falsas, portanto, as ilações de que a referida operação teve aval deste governo."
A J&F afirmou hoje, também por meio de comunicado, que as negociações para a aquisição da Delta Construções são "privadas e de caráter empresarial". A companhia disse julgar "descabida qualquer insinuação de interferência do governo federal".
A holding declarou ainda que toda a negociação "foi e está sendo conduzida diretamente entre Joesley Batista, presidente da holding J&F, e os acionistas da Delta", negando as informações de que seu irmão, José Batista Junior, um dos acionistas, que não ocupa cargo executivo no grupo há sete anos, tenha participado das decisões estratégicas. "Suas declarações refletem única e exclusivamente uma opinião pessoal, que está em completo desacordo com os fatos", relatou o documento do grupo.
Batista Júnior, que foi presidente da empresa de alimentos antes da abertura de capital em 2007 e deu início à internacionalização da companhia, pretende ser nomeado candidato ao governo de Goiás pelo PSB em 2014. Hoje ele é vice-presidente do partido no Estado.
Por Época