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Corregedor não pode ler inquérito sobre Cachoeira

O corregedor da Câmara dos Deputados, Eduardo da Fonte (PP-PE), ainda aguarda do Supremo Tribunal Federal (STF) autorização para acessar o inquérito das operações Vegas e Monte Carlo, da Polícia Federal (PF), que flagraram a atuação do contraventor Carlinhos Cachoeira. Responsável por analisar representações contra três deputados acusados de envolvimento no esquema, o parlamentar depende do ministro Ricardo Lewandowski para consultar os autos das investigações.
Rubens Otoni (PT-GO), Carlos Alberto Leréia (PSDB-GO) e Sandes Júnior (PP-GO) foram flagrados em contatos com o grupo do contraventor goiano e se transformaram em alvo de representações por quebra de decoro parlamentar. Caberá à Corregedoria da Câmara e à Comissão de Sindicância criada pela Casa decidir se levam o caso ao Conselho de Ética. Já o PSDB pulou uma etapa e já apresentou um pedido de investigação contra o deputado Protógenes Queiroz (PCdoB-SP) diretamente ao conselho.

Demora - A CPI do Cachoeira já obteve total acesso ao material. Eduardo da Fonte, que esperava receber cópia dos autos até a quarta-feira passada, diz que a demora prejudica os trabalhos da Corregedoria. "A gente tem a informação de que o despacho está pronto para o ministro fazer mas até ontem ele não havia feito", diz ele.
Assim que receber o material, o deputado vai acomodar os documentos em uma sala-cofre, assim como foi feito pelo comando da CPI. Eduardo da Fonte acredita que terá acesso aos inquéritos até a semana que vem. Mas também cogita uma saída alternativa: pedir que o presidente da CPI, senador Vital do Rêgo Filho (PMDB-PB), compartilhe os autos que já estão à disposição da CPI: "Se eu não conseguir, eu não descarto pedir ao Vital. Mas isso seria só em último caso", afirma.

Por Veja