Processo que pode cassar Demóstenes é aberto por 16 a 0
Por unanimidade, o Conselho de Ética do Senado abriu ontem processo
disciplinar para investigar o senador Demóstenes Torres (sem
partido-GO). A decisão abre caminho para que o congressista, suspeito de
usar seu cargo para beneficiar o bicheiro Carlinhos Cachoeira perca o
mandato.
É a primeira vez que o conselho submete a seu plenário a decisão de abrir o processo. Regra anterior do colegiado, modificada em 2008, dava ao presidente do conselho a capacidade decidir sozinho sobre a abertura de processo.
Os 16 integrantes do órgão aprovaram relatório do senador Humberto Costa (PT-PE) pela abertura de processo.
O petista afirma que Demóstenes faltou com a verdade no plenário da Casa quando negou conhecer as atividades ilícitas de Cachoeira e recebeu "vantagem indevida" ao ganhar presentes e um rádio, supostamente antigrampos, do empresário.
Costa também diz que o senador usou o mandato para atuar em favor dos interesses do bicheiro.
Apesar de todos os integrantes do conselho aprovarem a abertura do processo, o número muda quando se trata da possibilidade da cassação de Demóstenes.
Consulta realizada pela reportagem junto aos senadores, sob condição de anonimato, mostra que, até a semana passada, apenas três entre os 16 membros do colegiado eram favoráveis à punição máxima ao senador.
Não há prazo para a conclusão das investigações pelo conselho, mas o presidente, senador Antônio Carlos Valadares (PSB-SE), disse que quer encerrar o caso no primeiro semestre.
Serão agora ouvidas testemunhas de defesa e acusação, assim como o próprio senador.
Ao final das investigações, Costa apresenta o relatório final com as penalidades que devem ser aplicadas -- entre elas, a cassação.
Se o conselho aprová-la, ela ainda precisa passar pelo plenário do Senado em votação secreta.
Resposta
O advogado de Demóstenes Torres, Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, disse que já esperava a abertura do processo por ser uma decisão política do conselho.
"É um massacre político", disse.
O conselho também negou pedido para a defesa ganhar mais dez dias de prazo para rebater o relatório de Costa.
O advogado pode recorrer ao STF (Supremo Tribunal Federal) para conseguir o prazo, mas na prática o pedido seria inútil uma vez que a defesa passa a ter novo direito de defesa com a abertura do processo, ontem.
É a primeira vez que o conselho submete a seu plenário a decisão de abrir o processo. Regra anterior do colegiado, modificada em 2008, dava ao presidente do conselho a capacidade decidir sozinho sobre a abertura de processo.
Os 16 integrantes do órgão aprovaram relatório do senador Humberto Costa (PT-PE) pela abertura de processo.
O petista afirma que Demóstenes faltou com a verdade no plenário da Casa quando negou conhecer as atividades ilícitas de Cachoeira e recebeu "vantagem indevida" ao ganhar presentes e um rádio, supostamente antigrampos, do empresário.
Costa também diz que o senador usou o mandato para atuar em favor dos interesses do bicheiro.
Apesar de todos os integrantes do conselho aprovarem a abertura do processo, o número muda quando se trata da possibilidade da cassação de Demóstenes.
Consulta realizada pela reportagem junto aos senadores, sob condição de anonimato, mostra que, até a semana passada, apenas três entre os 16 membros do colegiado eram favoráveis à punição máxima ao senador.
Não há prazo para a conclusão das investigações pelo conselho, mas o presidente, senador Antônio Carlos Valadares (PSB-SE), disse que quer encerrar o caso no primeiro semestre.
Serão agora ouvidas testemunhas de defesa e acusação, assim como o próprio senador.
Ao final das investigações, Costa apresenta o relatório final com as penalidades que devem ser aplicadas -- entre elas, a cassação.
Se o conselho aprová-la, ela ainda precisa passar pelo plenário do Senado em votação secreta.
Resposta
O advogado de Demóstenes Torres, Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, disse que já esperava a abertura do processo por ser uma decisão política do conselho.
"É um massacre político", disse.
O conselho também negou pedido para a defesa ganhar mais dez dias de prazo para rebater o relatório de Costa.
O advogado pode recorrer ao STF (Supremo Tribunal Federal) para conseguir o prazo, mas na prática o pedido seria inútil uma vez que a defesa passa a ter novo direito de defesa com a abertura do processo, ontem.
Por Folha