Uruguai se opôs à entrada da Venezuela no Mercosul, diz chanceler do país
O chanceler uruguaio, Luis Almagro, afirmou que durante as reuniões prévias da Cúpula do Mercosul, semana passada em Mendoza, o Uruguai não apoiou o ingresso da Venezuela no bloco, concretizada após a suspensão do Paraguai.
“No marco negociador que tivemos na quinta-feira, nós fomos especialmente contrários ao ingresso da Venezuela no Mercosul nessas circustâncias”, disse Almagro, segundo o jornal uruguaio El País.
“Creio que o governo deu mostras claras de ter defendido a outra posição de forma implacável, mas tudo foi resolvido em uma reunião fechada dos presidentes”, disse.
Apesar de não querer falar em “imposição” por parte da Argentina e do Brasil, o chanceler disse que a decisão de apresentar a entrada da Venezuela começou com um pedido da presidente Dilma Rousseff. “A iniciativa foi bem mais brasileira, o posicionamento do Brasil foi decisivo nessa história”, acrescentou.
Segundo Almagro, a posição do Brasil foi apoiada pela presidente argentina, Cristina Kirchner, na reunião de chefes de governo na sexta-feira. O chanceler uruguaio considerou ainda que o presidente do Uruguai, José Mujica, "fez o correto ao dar mostras mais do que suficientes de ter defendido a outra posição de forma bastante implacável".
A entrada da Venezuela no bloco foi decidida na sexta-feira, durante a cúpula semestral em Mendoza, juntamente com a expulsão do Paraguai em retaliação ao impeachment de Fernado Lugo.
Lugo foi destituído pelo Congresso após um julgamento político por mau desempenho de suas funções, depois de um conflito por posse de terra no qual 17 morreram. O impeachment de Lugo foi questionado por vários países e organismos internacionais, que alegaram falta de respeito ao devido processo.
Oposição
O Paraguai já anunciou que não aceitará a decisão do Mercosul de suspendê-lo provisoriamente do bloco sul-americano e que buscará caminhos para reverter a medida. De acordo com a chancelaria paraguaia, a suspensão aprovada pelos presidentes do Brasil, Uruguai e da Argentina estaria descumprindo o artigo do Protocolo de Ushuaia sobre Compromisso Democrático no Mercosul, que prevê consultas a um país denunciado.
O novo presidente do Paraguai, Federico Franco, ironizou a suspensão do país do Mercosul e também da União de Nações Sul-Americanas (Unasul) ao dizer que seu país vai economizar dinheiro ao deixar de ir às cúpulas dos dois blocos regionais.
O Paraguai está impedido de participar das atividades dos dois blocos até as novas eleições gerais no país, marcadas para abril de 2013.
Na reunião de chefes de governo do Mercosul da sexta-feira ficou decidido ainda que a entrada da Venezuela será concretizada no dia 31 de julho, no Rio de Janeiro. O chanceler uruguaio, no entanto, disse que não “foi dada a última palavra” sobre o processo de inclusão, que deverá ser recisado “judicialmente”. "Nada é definitivo. Se todo mundo tivesse tido certeza, a Venezuela teria entrado na sexta-feira em Mendoza. Por alguma razão os países definiram o prazo até 31 de julho", afirmou Almagro.
“No marco negociador que tivemos na quinta-feira, nós fomos especialmente contrários ao ingresso da Venezuela no Mercosul nessas circustâncias”, disse Almagro, segundo o jornal uruguaio El País.
“Creio que o governo deu mostras claras de ter defendido a outra posição de forma implacável, mas tudo foi resolvido em uma reunião fechada dos presidentes”, disse.
Apesar de não querer falar em “imposição” por parte da Argentina e do Brasil, o chanceler disse que a decisão de apresentar a entrada da Venezuela começou com um pedido da presidente Dilma Rousseff. “A iniciativa foi bem mais brasileira, o posicionamento do Brasil foi decisivo nessa história”, acrescentou.
Segundo Almagro, a posição do Brasil foi apoiada pela presidente argentina, Cristina Kirchner, na reunião de chefes de governo na sexta-feira. O chanceler uruguaio considerou ainda que o presidente do Uruguai, José Mujica, "fez o correto ao dar mostras mais do que suficientes de ter defendido a outra posição de forma bastante implacável".
A entrada da Venezuela no bloco foi decidida na sexta-feira, durante a cúpula semestral em Mendoza, juntamente com a expulsão do Paraguai em retaliação ao impeachment de Fernado Lugo.
Lugo foi destituído pelo Congresso após um julgamento político por mau desempenho de suas funções, depois de um conflito por posse de terra no qual 17 morreram. O impeachment de Lugo foi questionado por vários países e organismos internacionais, que alegaram falta de respeito ao devido processo.
Oposição
O Paraguai já anunciou que não aceitará a decisão do Mercosul de suspendê-lo provisoriamente do bloco sul-americano e que buscará caminhos para reverter a medida. De acordo com a chancelaria paraguaia, a suspensão aprovada pelos presidentes do Brasil, Uruguai e da Argentina estaria descumprindo o artigo do Protocolo de Ushuaia sobre Compromisso Democrático no Mercosul, que prevê consultas a um país denunciado.
O novo presidente do Paraguai, Federico Franco, ironizou a suspensão do país do Mercosul e também da União de Nações Sul-Americanas (Unasul) ao dizer que seu país vai economizar dinheiro ao deixar de ir às cúpulas dos dois blocos regionais.
O Paraguai está impedido de participar das atividades dos dois blocos até as novas eleições gerais no país, marcadas para abril de 2013.
Na reunião de chefes de governo do Mercosul da sexta-feira ficou decidido ainda que a entrada da Venezuela será concretizada no dia 31 de julho, no Rio de Janeiro. O chanceler uruguaio, no entanto, disse que não “foi dada a última palavra” sobre o processo de inclusão, que deverá ser recisado “judicialmente”. "Nada é definitivo. Se todo mundo tivesse tido certeza, a Venezuela teria entrado na sexta-feira em Mendoza. Por alguma razão os países definiram o prazo até 31 de julho", afirmou Almagro.
Por iG