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Dengue hemorrágica faz nova vítima

Depois de dois dias de febre alta, dores no corpo e vários sangramentos, seu José Oliveira, de 46 anos, procurou atendimento médico na Unidade de Urgência e Emergência do Distrito Industrial de Ananindeua, para onde foi levado pela família na manhã da última segunda-feira (14). Sem médico e sem equipe de enfermagem no hospital, como constatou o irmão de seu José, João Oliveira, o jeito foi voltar para casa. Mas, não adiantou. Depois de voltar ao mesmo hospital, na manhã de quarta-feira (16), já com todos os sintomas de dengue hemorrágica e de só então ser encaminhado ao Pronto Socorro Municipal do Guamá (PSM), seu José não resistiu e faleceu às 12h45. Ele foi enterrado ontem à tarde, no cemitério Flor de Girassol, no Distrito Industrial de Ananindeua.
O irmão do paciente conta que os sintomas de dengue eram visíveis e claros. Seu José deu entrada na unidade do Distrito Industrial de Ananindeua com muita febre, vômito e fortes dores na cabeça e nas articulações. Como não havia médico ou enfermeiros para atendimento, o jeito foi dar meia-volta e ir para casa. 'O que eu ia ficar fazendo no hospital com o meu irmão ruim? Comprei uma dipirona e dei pro meu irmão, em casa mesmo, por conta própria', lembra João.
Segundo ele, o irmão piorou na terça-feira (15) e passou a madrugada de quarta (16) muito mal. Por volta de seis horas da manhã, com crises de vômito e ainda com febre, seu José foi levado pelo irmão, novamente, à mesma unidade que procurara quando passou mal a primeira vez. 'Não tinha nem como a gente ir. Tive que chamar uma viatura da polícia e pedi para que eles levassem o meu irmão pro hospital', revela João.

Por O Liberal