Beija-Flor une romantismo e samba em homenagem a Roberto Carlos
Última escola de samba a se apresentar nesta terça-feira (8), a Beija-Flor de Nilópolis conseguiu levantar a Marquês de Sapucaí ao unir romantismo e samba na homenagem ao Rei Roberto Carlos. O desfile que contou a trajetória do cantor começou às 5h16 e encerrou às 6h32, após uma hora e 17 minutos.
Com um pequenos atraso provocado pro um vazamento de óleo de um dos carros da Porto da Pedra, que se apresentou antes, a escola entrou na avenida com uma plateia de fãs do cantor já empolgados, com bandeirinhas e as rosas que ele sempre distribui durante os shows.
A passagem do cantor Roberto Carlos pela Marquês de Sapucaí durou bem mais do que os cerca de 80 minutos de desfile da Beija-Flor. O grande homenageado chegou ao local por volta da meia-noite e foi para seu camarim, próximo à dispersão da passarela do samba.
De lá, por volta das 3h, o Rei foi levado para um motorhome na concentração, onde foi montado um camarim. Lá, ele trocou de roupa, foi maquiado e tirou até um cochilo antes de entrar na Avenida. “É uma emoção infinita”, resumiu ele sobre ser homenageado pela azul e branca de Nilópolis. Ovacionado quando apareceu em público, ele vestia uma calça branca e blusa azul assinados pelo estilista Ricardo Almeida.
De lá, por volta das 3h, o Rei foi levado para um motorhome na concentração, onde foi montado um camarim. Lá, ele trocou de roupa, foi maquiado e tirou até um cochilo antes de entrar na Avenida. “É uma emoção infinita”, resumiu ele sobre ser homenageado pela azul e branca de Nilópolis. Ovacionado quando apareceu em público, ele vestia uma calça branca e blusa azul assinados pelo estilista Ricardo Almeida.
Infância
O enredo "Roberto Carlos: A simplicidade de um rei", levou ainda calhambeques, lambretas e imagens religiosas para a passarela do samba.
A infância do Rei, vivida no município de Cachoeiro de Itapemirim (ES), era tema da comissão de frente, representada por um Roberto menino que perseguia componentes que simbolizavam notas musicais. Eles entravam na escultura de um imenso rádio antigo, onde sumiam e reapareciam com a atriz Claudia Raia, que representava todas as musas inspiradoras do Rei.
O carro da Jovem Guarda trouxe como destaque os companheiros de Roberto no movimento musical, como o parceiro Erasmos Carlos e Wanderléa. Ídolo dos caminhoneiros e taxistas, estes personagens também não poderiam ficar de fora da homenagem da Beija-Flor.
Os ritmistas comandados pelos mestres Plínio e Rodney veio vestida como comandantes do cruzeiro “Emoções em Alto-Mar”, onde o Rei se apresenta há sete anos. Já a ala das baianas representou o amor das músicas de Roberto Carlos vestidas como rosas vermelhas.
O romantismo esteve presente em quase todo o desfile. Cantoras que participaram do projeto “Elas cantam Roberto”, como Hebe Camargo, Alcione, Fafá de Belém, Rosemary e Fernanda Abreu, desfilaram no quarto carro da Beija-Flor.
Para fechar o desfile, a escola exaltou a religiosidade do cantor, com imagens sacras e mensagens de fé e paz.
Dona de 11 títulos no carnaval carioca, a escola de Nilópolis levou à Sapucaí oito carros alegóricos e 4 mil componentes, divididos em 47 alas.
Comunidade e fãs cantaram na ponta da língua o samba interpretado por Neguinho da Beija-Flor, há 36 anos na escola.
Por G1