|

EUA restringem entrada de produtos japoneses

Os Estados Unidos anunciaram nesta terça-feira (22) a proibição da importação direta de certos alimentos produzidos no Japão em razão da crescente contaminação radioativa após o acidente nuclear no complexo de Fukushima.
A Administração de Alimentos e Medicamentos (FDA), que regula todas as importações de alimentos, proibiu a entrada nos EUA de leite e derivados, verduras e frutas frescas das prefeituras japonesas de Fukushima, Ibaraki, Tochigi e Gunma, que serão submetidos a testes de contaminação radioativa.
A FDA "fará testes com os carregamentos de alimentos da área afetada". "Os técnicos da FDA que operam nos portos de entrada têm sistemas de detecção de radiação disponíveis para sua segurança pessoal".
A medida ocorre no momento em que o primeiro-ministro japonês, Naoto Kan, proíbe o consumo de leite e verduras procedentes das prefeituras de Fukushima e Ibaraki, devido aos altos índices de radioatividade encontrados após o acidente nuclear no nordeste do Japão.
Kan ordenou aos governadores das duas regiões que proíbam a comercialização do "komatsuna" (vegetal utilizado em saladas) e do brócolis procedente de Fukushima, assim como do leite e da salsa produzidos em Ibaraki, informou a agência Jiji Press.

Onze vegetais


Substâncias radioativas acima do limite legal foram encontradas por autoridades sanitárias em 11 tipos de vegetais da província de Fukushima, incluindo brócolis e repolho, informou o Ministério da Saúde japonês nesta quarta-feira (horário local, noite de terça no Brasil), segundo a agência de notícias Kyodo.
O ministro da Saúde fez um alerta à população para que não consuma dos 11 vegetais produzidos na província, onde usinas nucleares foram afetadas pelo terremoto e tsunami de 11 de março, por tempo indeterminado.
Os produtos produzidos em campos estão sendo distribuídos pela Federação de Cooperativas Associadas de Agricultura.
Segundo o ministro, se uma pessoa comer 100 gramas de um desses vegetais com alta presença de substâncias radioativas por dez dias, vai ingerir o equivaleria ao total de radiação que uma pessoa é normalmente exposta em um ano.

Por G1