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Integrantes do Salgueiro choram na dispersão pelos 10 minutos de atraso

Uma das escolas apontadas como favorita pelo público, o Salgueiro viu o sonho do campeonato escapar nos dez minutos que estourou ao passar pela Sapucaí nesta segunda-feira (7). Com um início de desfile belíssimo, que encantou o público ao levar para a Avenida o Rio no cinema, a escola da Tijuca teve problema em um dos últimos carros alegóricos. Com isso, houve correria, desespero e muito choro.
"É o esforço de uma comunidade inteira para colocar esse carnaval na Avenida e acontece uma coisas dessas. A gente estava tão empolgado, tão feliz, sonhando com o campeonato", lamentou a passista Vanessa Passos, de 23 anos, que desfila na vermelho e branco da Tijuca desde criança. "Mas a gente sabe que brilhou", tenta confortar-se a jovem.
O clima era de decepção ao fim do desfile, com integrantes chorando e outros com um olhar perdido, perguntando o que aconteceu.
"Quebrou o carro do king kong e começaram os problemas. É uma pena, um carnaval lindo desse perdido desse jeito", disse, aos prantos, Marco Leão, um dos integrantes da diretoria da bateria.
"Viemos direto, nem entramos no segundo recuo. A sensação é de dor, o trabalho de um ano inteiro de ensaio perdido. É uma sensação muito ruim", lamentou Marco Antonio da Silva Júnior, de 16 anos, que desfila na escola pelo quarto ano.
Já a funkeira Valeska Popozuda, que estava nas mãos do King Kong, disse que não percebeu o problema que aconteceu com o seu carro. "Quando você está ali em cima, você não percebe o que está acontecendo. Só vi que demorou a entrar na Avenida, mas não percebi nenhum buraco à frente do carro", afirmou.
Além do problema técnico em um dos carros alegóricos, não faltaram críticas aos diretores de harmonia da escola. Muitos integrantes questionaram a evolução da vermelho e branco da Tijuca. Em prantos, a estudante Thaissa Assunção lamentou a falha. “ Não dá para acreditar. Foi um ano inteiro de dedicação, tanto trabalho pra nada. Já não temos mais como ganhar o título tão esperado pela comunidade”, disse a jovem.
O auxiliar de administração Fábio Gil também não conteve o choro ao ver o cronômetro da Sapucaí estourando. “Uma decepção, agora me pergunto os tantos ensaios que tivemos serviram pra quê?, indaga Fábio.
Estreando na bateria do Salgueiro, Sérgio Lucas, não escondeu a tristeza. "O nosso trabalho na bateria foi bem feito, empolgou a galera, não temos culpa por problemas técnicos causados pelos outros."

Por G1