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ONU aprova uso da força militar contra Gaddafi na Líbia; Brasil se abstém

Os líderes dos Estados Unidos, Barack Obama, da França, Nicolas Sarkozy, e do Reino Unido, David Cameron, conversaram nesta quinta-feira por telefone e decidiram coordenar juntos as próximas ações contra a Líbia, em cumprimento à resolução aprovada mais cedo pelo Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) e que determina, entre outras medidas, uma zona de exclusão aérea sobre o país.
Os três concordaram que a Líbia deve cumprir com as determinações da resolução e que a violência contra a população civil da Líbia deve cessar. 
Eles concordaram em manter estreita coordenação sobre os próximos passos e continuar a trabalhar com árabes e outros parceiros internacionais para assegurar a aplicação das resoluções da ONU contra a Líbia.
A criação da zona de exclusão aérea autoriza o abate de aviões do ditador líbio que decolem para atacar tropas opositoras. Em outras palavras, a ONU liberou o uso da força militar para que a resolução seja respeitada.
A medida endurece ainda o embargo e as sanções contra Gaddafi, seus familiares e círculo mais próximo de colaboradores implementadas no mês passado. Bens e fundos de investimento do ditador e sua família na Suíça e na União Europeia há haviam sido congelados semanas atrás.
Os Estados-membros da ONU podem agora adotar "todas as medidas necessárias" --o que incluiria ataques aéreos-- para "proteger os civis e as áreas povoadas por civis sob ataque na Líbia, incluindo Benghazi".
O texto, contudo, exclui a presença de "qualquer força de ocupação estrangeira de qualquer tipo, em qualquer parte do território líbio".
A resolução foi aprovada por dez votos a favor (incluindo EUA, França e Reino Unido), nenhum contra e cinco abstenções --Rússia, China, Alemanha, Índia e Brasil.

Por Folha