Aviões da Otan atacam complexo residêncial de Muamar Kadafi
TRÍPOLI, LÍBIA - Um bombardeio aéreo da Otan em Trípoli, capital da Líbia, provocou grandes danos a edifícios do complexo onde vive o líder do país, o coronel Muamar Kadafi.
Segundo relatos locais, ao menos dois poderosos mísseis atingiram a região de Bab al-Aziza, onde fica o complexo de Kadafi, na madrugada desta segunda-feira, 25.
Três estações de TV locais saíram do ar brevemente após as explosões.
Os ataques foram um dos mais fortes a Trípoli desde o início das operações da coalizão internacional para proteger os civis do país de ataques das forças de Khadafi.
As operações, iniciadas no mês passado, foram autorizadas por uma resolução do Conselho de Segurança da ONU, após a forte repressão do governo líbio contra grupos de oposição que pediam a renúncia de Kadafi.
Segundo o correspondente da BBC em Trípoli Ian Pannell, os edifícios danificados pelo bombardeio desta segunda-feira parecem ser os mesmos que Kadafi havia usado recentemente para se reunir com uma missão de paz da União Africana.
Após os ataques, a TV estatal líbia e as TVs Jamahiriya e Shababiya ficaram for a do ar por cerca de meia hora.
Misrata
No domingo, forças leais a Kadafi bombardearam áreas da cidade de Misrata, no oeste do país, apesar de o governo afirmar ter interrompido os ataques para permitir que líderes tribais locais negociassem com os rebeldes.
Pelo menos seis pessoas teriam morrido nos ataques a Misrata, a terceira maior cidade do país.
Segundo a agência de notícias AFP, um soldado pró-Kadafi capturado pelos rebeldes afirmou que as forças leais ao governo estão perdendo a batalha pelo controle de Misrata.
"Muitos soldados querem se render, mas temem ser executados (pelos rebeldes)", disse Lili Mohammed, cidadão da Mauritânia contratado para combater os insurgentes.
O vice-ministro das Relações Exteriores, Khaled Kaim, havia dito que o Exército estava interrompendo suas ações para permitir uma solução aos conflitos "pacífica, e não militar".
Mas o coronel Omar Bani, porta-voz militar do Conselho Nacional de Transição (CNT), estabelecido pelos rebeldes, afirmou que Khadafi está "jogando um jogo sujo" em uma tentativa de dividir seus opositores e acusou o governo de tentar enganar os rebeldes com a promessa de diálogo.
Forças cercadas
O jornalista britânico James Hider, enviado a Misrata pelo jornal The Times, disse à BBC que apesar de as forças pró-Kadafi terem cercado a cidade, na região central são as tropas do governo que estão cercadas pelos rebeldes.
Segundo ele, os bombardeios promovidos pela Otan estariam impedindo a chegada de suprimentos para as forças do governo.
Hider disse que os rebeldes esperavam conseguir retomar rapidamente o controle da área central da cidade, mas não se veem capazes de derrotar todas as forças do governo até que os ataques da Otan destruam seus armamentos pesados.
Grupos de defesa dos direitos humanos dizem que mais de mil pessoas foram mortas em Misrata e outras milhares foram feridas. Embarcações vêm transportando feridos na cidade a hospitais em Benghazi, segunda maior cidade do país.
A revolta popular contra Kadafi começou em fevereiro, inspirada pela onda de protestos pró-democracia em vários países árabes e que levaram à queda dos presidentes da Tunísia e do Egito.
Segundo relatos locais, ao menos dois poderosos mísseis atingiram a região de Bab al-Aziza, onde fica o complexo de Kadafi, na madrugada desta segunda-feira, 25.
Três estações de TV locais saíram do ar brevemente após as explosões.
Os ataques foram um dos mais fortes a Trípoli desde o início das operações da coalizão internacional para proteger os civis do país de ataques das forças de Khadafi.
As operações, iniciadas no mês passado, foram autorizadas por uma resolução do Conselho de Segurança da ONU, após a forte repressão do governo líbio contra grupos de oposição que pediam a renúncia de Kadafi.
Segundo o correspondente da BBC em Trípoli Ian Pannell, os edifícios danificados pelo bombardeio desta segunda-feira parecem ser os mesmos que Kadafi havia usado recentemente para se reunir com uma missão de paz da União Africana.
Após os ataques, a TV estatal líbia e as TVs Jamahiriya e Shababiya ficaram for a do ar por cerca de meia hora.
Misrata
No domingo, forças leais a Kadafi bombardearam áreas da cidade de Misrata, no oeste do país, apesar de o governo afirmar ter interrompido os ataques para permitir que líderes tribais locais negociassem com os rebeldes.
Pelo menos seis pessoas teriam morrido nos ataques a Misrata, a terceira maior cidade do país.
Segundo a agência de notícias AFP, um soldado pró-Kadafi capturado pelos rebeldes afirmou que as forças leais ao governo estão perdendo a batalha pelo controle de Misrata.
"Muitos soldados querem se render, mas temem ser executados (pelos rebeldes)", disse Lili Mohammed, cidadão da Mauritânia contratado para combater os insurgentes.
O vice-ministro das Relações Exteriores, Khaled Kaim, havia dito que o Exército estava interrompendo suas ações para permitir uma solução aos conflitos "pacífica, e não militar".
Mas o coronel Omar Bani, porta-voz militar do Conselho Nacional de Transição (CNT), estabelecido pelos rebeldes, afirmou que Khadafi está "jogando um jogo sujo" em uma tentativa de dividir seus opositores e acusou o governo de tentar enganar os rebeldes com a promessa de diálogo.
Forças cercadas
O jornalista britânico James Hider, enviado a Misrata pelo jornal The Times, disse à BBC que apesar de as forças pró-Kadafi terem cercado a cidade, na região central são as tropas do governo que estão cercadas pelos rebeldes.
Segundo ele, os bombardeios promovidos pela Otan estariam impedindo a chegada de suprimentos para as forças do governo.
Hider disse que os rebeldes esperavam conseguir retomar rapidamente o controle da área central da cidade, mas não se veem capazes de derrotar todas as forças do governo até que os ataques da Otan destruam seus armamentos pesados.
Grupos de defesa dos direitos humanos dizem que mais de mil pessoas foram mortas em Misrata e outras milhares foram feridas. Embarcações vêm transportando feridos na cidade a hospitais em Benghazi, segunda maior cidade do país.
A revolta popular contra Kadafi começou em fevereiro, inspirada pela onda de protestos pró-democracia em vários países árabes e que levaram à queda dos presidentes da Tunísia e do Egito.
Por BBC Brasil