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Gbagbo diz que ataque a Ouattara é 'golpe inventado' e pede resistência

O presidente marfinense não reconhecido pela comunidade internacional, Laurent Gbagbo, desmentiu neste sábado (9) ter atacado o Golf Hotel de Abidjan, quartel-general do presidente eleito, Alassane Ouattara, denunciando o que seria um "golpe inventado". A denúncia foi feita por meio do declarou o porta-voz de seu governo, Ahoua Don Mello.
"É totalmente falso. Não houve nenhuma ação contra o Golf", é "tudo imaginação", declarou Ahoua Don Mello.
Ainda neste sábado foram divulgadas notícias de que o quartel-general do presidente eleito do país, Alassane Ouattara, instalado no Golf Hotel de Abidjan, foi atacado durante a tarde por forças de Laurent Gbagbo.
O ditador que perdeu o pleito do ano passado mas insiste em permanecer no poder fez um apelo pela "resistência" contra a França, que "ataca" a Costa do Marfim. "Faço um chamado à resistência para barrar este novo golpe de força", disse o porta-voz de Gbagbo.
"Nossas tropas estão se recompondo, após terem sofrido um ataque bárbaro de rebeldes apoiados pela ONU e a França."
No entender de Gbagbo, as acusações da missão da ONU na Costa do Marfim (ONUCI) sobre um ataque ao Golf Hotel demonstram "a parcialidade da ONUCI, que, junto com a força francesa Licorne, preparam, seguramente, outra investida" contra posições do presidente deposto.

Disputa pelo poder

O país segue em um impasse, com Gbagbo entrincheirado em sua residência, em um distrito de Abidjan, principal cidade do país.
Ele não quer entregar o poder a Ouattara, eleito em novembro em uma votação reconhecida pela comunidade internacional.
Na véspera, Alain le Roy, da missão de paz da ONU no país, disse que Gbagbo aproveitou a "calmaria" e uma tentativa de negociar a paz para reorganizar suas tropas e ganhar terreno no país em crise.

Por G1