O rapaz quieto da rua revelou-se um assassino
O homem que matou mais de dez crianças em uma escola pública de Realengo na manhã desta quinta-feira não tinha antecedentes criminais. Nunca arrumou briga. “Falava só o básico”, lembra um colega que trabalhou com ele no almoxarifado de uma indústria de alimentos, naquele bairro. Não jogava futebol e não tinha namorada. Não bebia e não fumava.
“De um ano para cá, ele começou a andar só de roupa preta”, lembra o ex-companheiro de trabalho. Estranho, para um lugar em que no verão as temperaturas passam dos 40 graus. “Todo mundo sem camisa na rua, jogando bola, e ele de calça preta, camisa preta, sapato preto”, conta.
Foi com camisa verde escura, bota e calça pretas que Wellington Menezes de Oliveira, 24 anos, o “rapaz pacato”, entrou na escola municipal Tasso da Silveira na manhã desta quinta-feira, 7 de abril – dia que vai entrar para a história como o primeiro massacre de estudantes da história do país.
O pouco que se sabia de Wellington na rua era que era religioso. E com tendências ao fanatismo: com os pais que o adotaram, freqüentava um tempo de Testemunhas de Jeová. Na rua, como contam alguns vizinhos, ele evitava falar com quem não era de sua religião. “Passava de cabeça baixa, não dirigia a palavra”.
“Pelo corte de cabelo, todo mundo pensava que ele tinha prestado serviço militar. Ele estava sempre com aquele corte de cabelo meio quadrado, retinho”, lembra um morador da Rua Jequitinhonha, onde o assassino morava até um ano atrás.
No turno da noite - No tempo em que trabalhou no almoxarifado da fábrica, Wellington integrava o turno da noite: entrava às dez da noite e saía às seis da manhã do dia seguinte. “No ano em que trabalhei com ele, nunca vi faltar. E não era de chegar atrasado, implicar com ninguém”, conta o vizinho.
Na rua, ninguém imaginava que Wellington pudesse ter uma arma – muito menos duas pistolas, como usou para matar uma dezena de alunos, com carregadores que exigem treinamento para serem operados.
A única intimidade conhecida do rapaz com os tiros era nos jogos de computador pela internet. Quando criança, Wellington era sempre visto brincando sozinho. Na idade adulta, a companhia era o computador. “Ele sempre ficava muito na internet. Eu sabia que ele gostava de jogos de tiro, mas ele não falava muito disso. Como tudo na vida dele, era algo solitário”, lembra o ex-colega de fábrica.
Mãe biológica tinha problemas mentais – A mãe biológica de Wellington, segundo os moradores da Rua Jequitinhonha, transversal à rua da escola, tinha problemas mentais e dava sinais de esquizofrenia. Costumava ter surtos e desaparecia. Em algumas das vezes em que desapareceu, ela voltou grávida – e foram pelo menos cinco os filhos que teve nessa situação. Wellington seria o penúltimo deles, e, como os demais, foi criado por pessoas próximas da família.
“De um ano para cá, ele começou a andar só de roupa preta”, lembra o ex-companheiro de trabalho. Estranho, para um lugar em que no verão as temperaturas passam dos 40 graus. “Todo mundo sem camisa na rua, jogando bola, e ele de calça preta, camisa preta, sapato preto”, conta.
Foi com camisa verde escura, bota e calça pretas que Wellington Menezes de Oliveira, 24 anos, o “rapaz pacato”, entrou na escola municipal Tasso da Silveira na manhã desta quinta-feira, 7 de abril – dia que vai entrar para a história como o primeiro massacre de estudantes da história do país.
O pouco que se sabia de Wellington na rua era que era religioso. E com tendências ao fanatismo: com os pais que o adotaram, freqüentava um tempo de Testemunhas de Jeová. Na rua, como contam alguns vizinhos, ele evitava falar com quem não era de sua religião. “Passava de cabeça baixa, não dirigia a palavra”.
“Pelo corte de cabelo, todo mundo pensava que ele tinha prestado serviço militar. Ele estava sempre com aquele corte de cabelo meio quadrado, retinho”, lembra um morador da Rua Jequitinhonha, onde o assassino morava até um ano atrás.
No turno da noite - No tempo em que trabalhou no almoxarifado da fábrica, Wellington integrava o turno da noite: entrava às dez da noite e saía às seis da manhã do dia seguinte. “No ano em que trabalhei com ele, nunca vi faltar. E não era de chegar atrasado, implicar com ninguém”, conta o vizinho.
Na rua, ninguém imaginava que Wellington pudesse ter uma arma – muito menos duas pistolas, como usou para matar uma dezena de alunos, com carregadores que exigem treinamento para serem operados.
A única intimidade conhecida do rapaz com os tiros era nos jogos de computador pela internet. Quando criança, Wellington era sempre visto brincando sozinho. Na idade adulta, a companhia era o computador. “Ele sempre ficava muito na internet. Eu sabia que ele gostava de jogos de tiro, mas ele não falava muito disso. Como tudo na vida dele, era algo solitário”, lembra o ex-colega de fábrica.
Mãe biológica tinha problemas mentais – A mãe biológica de Wellington, segundo os moradores da Rua Jequitinhonha, transversal à rua da escola, tinha problemas mentais e dava sinais de esquizofrenia. Costumava ter surtos e desaparecia. Em algumas das vezes em que desapareceu, ela voltou grávida – e foram pelo menos cinco os filhos que teve nessa situação. Wellington seria o penúltimo deles, e, como os demais, foi criado por pessoas próximas da família.
Por Veja