‘Puros’ e ‘impuros’ esqueceram o corpo de Wellington
O assassino que friamente planejou e executou um massacre sem precedentes na história do Brasil, com 12 crianças assassinadas dentro da sala de aula, programou também como queria seu funeral. Em carta, Wellington Menezes de Oliveira exigia, entre outras loucuras, um lençol branco, e que “os impuros” não o tocassem.
Até o momento, ninguém, nem “puro” nem “impuro”, seja lá o que o perturbado assassino quis dizer com isso, reclamou seu corpo. E, se dentro de 15 dias ninguém se pronunciar, ele será enterrado como indigente – e aqui caberá um pedido de perdão a todos os indigentes, pela inclusão incidental do criminoso nessa classificação.
Wellington Menezes de Oliveira entrou para a história como o assassino de Realengo. Apesar da dura recordação que deixou aos brasileiros, ou exatamente pelo trauma que representa, sua família parece tentar esquecer desde já a tragédia e o envolvimento com o rapaz. Ninguém se lembrou de ir ao Instituto Médico Legal (IML) reclamar o corpo.
Encerrado o prazo de 15 dias para que a família procure o IML, Wellington será enterrado como ‘sepultado não reclamado identificado’. Esse é o novo termo usado para substituir a palavra indigente. Enquanto ninguém da família se manifesta, o corpo do assassino permanece na geladeira do instituto.
A primeira frase da carta deixada por Wellington era o pedido para que o seu corpo não fosse tocado por ‘impuros’ sem luvas. “Somente os castos ou os que perderam suas castidades após o casamento e não se envolveram em adultério poderão me tocar sem luvas”, escreveu, antes de matar 11 crianças na escola municipal Tasso da Silveira. Ele também pediu que fosse enterrado nu e com um pano branco. “Os que cuidarem de meu sepultamento deverão retirar toda a minha vestimenta, me banhar, me secar e me envolver totalmente despido em um lençol branco”, diz um trecho da carta.
As luvas estão sendo usadas. Não por qualquer consideração à solicitação do morto, mas por precaução do próprio IML. Também está nu, como regra do instituto. Os demais pedidos, como ser envolvido em um pano branco, só serão atendidos se alguém da família quiser enterrar o assassino.
No final da carta, usa a memória dos pais mortos para convencer os leitores a seguirem os seus desejos. “Eu acredito que todos vocês tenham alguma consideração pelos nossos pais, provem isso fazendo o que pedi.” Sem qualquer consideração pelos pais dos 11 jovens que morreram alvejados por ele, sua própria família ainda não se solidarizou com os pedidos finais do assassino.
Até o momento, ninguém, nem “puro” nem “impuro”, seja lá o que o perturbado assassino quis dizer com isso, reclamou seu corpo. E, se dentro de 15 dias ninguém se pronunciar, ele será enterrado como indigente – e aqui caberá um pedido de perdão a todos os indigentes, pela inclusão incidental do criminoso nessa classificação.
Wellington Menezes de Oliveira entrou para a história como o assassino de Realengo. Apesar da dura recordação que deixou aos brasileiros, ou exatamente pelo trauma que representa, sua família parece tentar esquecer desde já a tragédia e o envolvimento com o rapaz. Ninguém se lembrou de ir ao Instituto Médico Legal (IML) reclamar o corpo.
Encerrado o prazo de 15 dias para que a família procure o IML, Wellington será enterrado como ‘sepultado não reclamado identificado’. Esse é o novo termo usado para substituir a palavra indigente. Enquanto ninguém da família se manifesta, o corpo do assassino permanece na geladeira do instituto.
A primeira frase da carta deixada por Wellington era o pedido para que o seu corpo não fosse tocado por ‘impuros’ sem luvas. “Somente os castos ou os que perderam suas castidades após o casamento e não se envolveram em adultério poderão me tocar sem luvas”, escreveu, antes de matar 11 crianças na escola municipal Tasso da Silveira. Ele também pediu que fosse enterrado nu e com um pano branco. “Os que cuidarem de meu sepultamento deverão retirar toda a minha vestimenta, me banhar, me secar e me envolver totalmente despido em um lençol branco”, diz um trecho da carta.
As luvas estão sendo usadas. Não por qualquer consideração à solicitação do morto, mas por precaução do próprio IML. Também está nu, como regra do instituto. Os demais pedidos, como ser envolvido em um pano branco, só serão atendidos se alguém da família quiser enterrar o assassino.
No final da carta, usa a memória dos pais mortos para convencer os leitores a seguirem os seus desejos. “Eu acredito que todos vocês tenham alguma consideração pelos nossos pais, provem isso fazendo o que pedi.” Sem qualquer consideração pelos pais dos 11 jovens que morreram alvejados por ele, sua própria família ainda não se solidarizou com os pedidos finais do assassino.
Por Veja