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Mapa mostra os profissionais que estão faltando no estado do Rio

RIO - Se o Brasil espera crescer algo em torno de 4% este ano, o Estado do Rio tem muito a ver com isso. Boa parte de eventos futuros, como a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016, já movimenta a economia fluminense. É uma ansiedade que gera investimentos não apenas em instalações esportivas, como na infraestrutura. Além disso, o crédito farto impulsiona o mercado imobiliário, enquanto a indústria de petróleo da região não para de anunciar descobertas. A qualificação da mão de obra, no entanto, não tem acompanhado o fenômeno, como mostra reportagem de Felipe Sil, publicada na edição deste domingo do GLOBO.


O caderno Boa Chance buscou dados junto à Secretaria de Estado de Trabalho e Renda (Setrab), à consultoria PricewaterhouseCoopers (PwC) e com especialistas de seis instituições de ensino para traçar um mapeamento das profissões que estão em falta de Norte a Sul do estado.
Com o resultado obtido, foi possível traçar um panorama não somente do mercado de trabalho no Rio, como das especificidades econômicas de cada uma das regiões. Na capital, por exemplo, continua faltando pessoal qualificado nos setores de turismo, petróleo e construção civil. Ou seja, há carência de profissionais em todas as áreas que são importantes para o crescimento da região atualmente.
Segundo estudo feito por Ana Marçal, assessora de Planejamento Estratégico da Unigranrio, menos de 50% dos municípios do Estado do Rio oferecem, atualmente, cursos de nível superior - não se considera aqui, é claro, a formação on-line. Para a acadêmica, este fato explica, claramente, o desequilíbrio que existe entre as regiões.
- A oferta está centralizada em alguns municípios e na região metropolitana. No que se refere ao ensino médio, por exemplo, o número de estudantes que se formam é menor do que o número de vagas existentes no mercado de trabalho - lamenta Ana, que fez a pesquisa baseada em informações do Ministério da Educação (MEC).
Para o presidente da Fundação de Apoio à escola Técnica do Estado do Rio (Faetec), Celso Pansera, é preciso ampliar a formação de mão de obra no interior.
- Em relação ao que podemos fazer, na área técnica, vamos inaugurar, em pouco tempo, centros vocacionais tecnológicos (CVTs) nos municípios de Saquarema, nos setores de turismo e petróleo; Duque de Caxias, nas áreas de logística e segurança do trabalho, e Volta Redonda, no segmento de mecânica.

Por O Globo