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Polícia Federal nega investigação sobre Palocci e empresa

A Polícia Federal negou a existência de um inquérito ou de uma investigação sobre o ministro Antonio Palocci (Casa Civil) e a Projeto, empresa que pertence a ele.
Segundo a PF, não houve pedido de informação para o Coaf (Conselho de Atividades Financeiras), órgão do Ministério da Fazenda
De acordo com reportagem de "O Estado de S. Paulo", há cerca de seis meses o Coaf enviou para PF comunicado sobre uma operação suspeita da Projeto na compra de um imóvel de uma empresa que estava sob investigação.
Mais cedo, o ministro José Eduardo Cardozo (Justiça) já tinha desmentido a existência de um inquérito. "Não há nenhuma investigação da Polícia Federal sobre o ministro Palocci nem sobre sua empresa", afirmou Cardozo.
Também em nota, o Ministério da Fazenda negou ter enviado para a PF relatório sobre o caso.
A Projeto também disse ainda que desconhece qualquer procedimento do Coaf.
"Em nenhum momento a Projeto recebeu qualquer comunicação do Coaf e desconhece qualquer procedimento do órgão em relação à empresa", afirma texto produzido pela empresa de comunicação FSB, contratada para administrar a crise desencadeada pela evolução patrimonial do ministro.
A Folha revelou no último domingo (15) que o ministro multiplicou por 20 seu patrimônio entre 2006 e 2010.
No período, ele adquiriu dois imóveis pela Projeto --um apartamento de luxo em São Paulo no valor de R$ 6,6 milhões e um escritório na mesma cidade por R$ 882 mil.
Em mensagem enviada na terça-feira a deputados e senadores, a Casa Civil justificou o aumento do patrimônio lembrando ex-ministros da Fazenda e ex-presidentes do Banco Central que se tornaram "banqueiros" e "consultores de prestígio" depois de passar pelo governo.
A mensagem dizia que nada impedia Palocci de manter a consultoria durante seu mandato de deputado.

Por Folha