Reforma no Oriente Médio é prioridade, diz Obama
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, fez, nesta quinta-feira (19), um novo discurso cujo objetivo era atingir as populações do Oriente Médio, e afirmou que a reforma democrática da região é "prioridade" para seu governo. Falando no Departamento de Estado americano, Obama criticou alguns aliados que reprimem suas populações, como o Iêmen e o Bahrein, e detalhou um plano de ajuda para Tunísia e Egito, os países que derrubaram seus ditadores, e outros que realizarem reformas. Ao abordar o impasse entre Israel e Palestina, Obama defendeu, pela primeira vez, que o Estado palestino seja criado nas fronteiras de 1967.
Obama iniciou sua fala dizendo que se tratava de um “novo capítulo” das relações com o Oriente Médio, e afirmando que os EUA estão ligados a esses países pela “economia, segurança, história e fé”. Ele lembrou a morte do líder da Al Qaeda, Osama Bin Laden – “um assassino em massa e não um mártir” –, e afirmou que mesmo antes de sua morte a Al Qaeda já vinha “perdendo a luta por relevância”, pois sua “ideologia é um beco sem saída”.
Em seguida, Obama lembrou jovem tunisiano Mohamed Bouazizi, cuja autoimolação é considerada o episódio inicial do chamado levante árabe, e disse que o movimento é resultado da falta de liberdade de expressão, de imprensa, de eleições livres e instituições fortes no Oriente Médio. Obama afirmou que os EUA por anos buscaram garantir seus interesses na região – contraterrorismo, o não surgimento de uma corrida nuclear, comércio livres, segurança de Israel e paz – e que vai continuar a fazer isso, mas que apenas esses interesses não vão “encher a barriga de ninguém” e nem “garantir a liberdade de expressão”. Assim, Obama fez um pedido por reformas política na região e mandou um alerta para os governos autoritários árabes. “O status quo não é sustentável”.
O presidente dos EUA disse que seu país vai apoiar reformas democráticas e que aceita o fato de que nem todas as nações vão adotar a democracia representativa do Ocidente. Ele afirmou que seu governo vai apoiar as reformas baseados em três princípios: oposição ao uso de violência contra a população; estabelecimento de direitos universais como liberdade de religião, reunião e expressão, estado de direito e direito de escolher os próprios líderes; e apoio a reformas política e econômicas.
Obama afirmou que esses princípios são a prioridade dos EUA na região e que esta prioridade será buscada com todas as ferramentas possíveis. Ele elogiou as mudanças na Tunísia e no Egito, defendeu a intervenção militar na Líbia e criticou a repressão existente na Síria. Obama voltou o foco para o Irã, lembrando a violência do governo contra oposicionistas em 2009 e afirmando que Teerã era hipócrita. No único momento surpreendente de sua fala, Obama criticou dois aliados dos EUA, o Iêmen e o Bahrein, este sede da 5º Frota Naval americana. Obama afirmou que o diálogo deve ser retomado no Bahrein e que isso não vai ocorrer enquanto “partes da oposição estiverem na cadeia”.
Na sequência do discurso, Obama encorajou os países árabes a realizarem reformas. “Se vocês assumirem os riscos das reformas, terão apoio total dos EUA”, afirmou. Obama afirmou que as reformas precisam incluir todos os grupos religiosos – citando os casos dos cristãos no Egito e dos xiitas no Bahrein – e dar mais poder às mulheres. “Uma região não vai alcançar todo seu potencial se mais da metade de sua população não puder usufruir de seu potencial.
Obama, então, detalhou a ajuda que será dada à região. São quatro pontos principais. O primeiro é um plano, elaborado pelo Banco Mundial e pelo Fundo Monetário Internacional, para modernizar as economias da Tunísia e do Egito. O segundo é o perdão de um US$ 1 bilhão de dívidas do governo do egípcio, que será acompanhado por uma nova linha de crédito de US$ 1 bilhão. O terceiro plano é a criação de fundos nos moldes dos usados na democratização do Leste Europeu após a queda do Muro de Berlim. O primeiro deles, da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), no valor de US$ 2 bilhões. O último é uma iniciativa para melhorar a integração das economias do Oriente Médio e Norte da África e torná-las menos dependente das exportações de petróleo.
O presidente americano reafirmou a amizade com Israel, mas lamentou a continuidade dos assentamentos na Cisjordânia e disse que, como amigo, precisava dar um aviso. “É importante dizer a verdade a Israel. O status quo não sustentável. É preciso agir de forma corajosa para alcançar uma paz duradoura”, disse. “Não vai existir um Estado judeu e democrático com ocupação”. Obama, então, afirmou que a solução para o conflito passa pela criação de dois Estados para dois povos, o palestino nas fronteiras de 1967, autodeterminação, reconhecimento mútuo e paz. Foi a primeira vez que o presidente dos EUA fez a defesa do Estado palestino nessas bases. Obama disse que os EUA iam apoiar o processo de paz, mas não prometeu nenhum plano para isso. Ele afirmou que a "comunidade internacional estava cansada de um processo sem fim" e encerrou sua fala mostrando quão importante considera a paz para o momento atual da região. "Em um período no qual as pessoas do Oriente Médio e Norte da África estão se livrando dos fardos do passado, a luta por uma paz duradoura que encerre o conflito e resolva todas as reivindicações é mais urgente do que nunca".
Obama iniciou sua fala dizendo que se tratava de um “novo capítulo” das relações com o Oriente Médio, e afirmando que os EUA estão ligados a esses países pela “economia, segurança, história e fé”. Ele lembrou a morte do líder da Al Qaeda, Osama Bin Laden – “um assassino em massa e não um mártir” –, e afirmou que mesmo antes de sua morte a Al Qaeda já vinha “perdendo a luta por relevância”, pois sua “ideologia é um beco sem saída”.
Em seguida, Obama lembrou jovem tunisiano Mohamed Bouazizi, cuja autoimolação é considerada o episódio inicial do chamado levante árabe, e disse que o movimento é resultado da falta de liberdade de expressão, de imprensa, de eleições livres e instituições fortes no Oriente Médio. Obama afirmou que os EUA por anos buscaram garantir seus interesses na região – contraterrorismo, o não surgimento de uma corrida nuclear, comércio livres, segurança de Israel e paz – e que vai continuar a fazer isso, mas que apenas esses interesses não vão “encher a barriga de ninguém” e nem “garantir a liberdade de expressão”. Assim, Obama fez um pedido por reformas política na região e mandou um alerta para os governos autoritários árabes. “O status quo não é sustentável”.
O presidente dos EUA disse que seu país vai apoiar reformas democráticas e que aceita o fato de que nem todas as nações vão adotar a democracia representativa do Ocidente. Ele afirmou que seu governo vai apoiar as reformas baseados em três princípios: oposição ao uso de violência contra a população; estabelecimento de direitos universais como liberdade de religião, reunião e expressão, estado de direito e direito de escolher os próprios líderes; e apoio a reformas política e econômicas.
Obama afirmou que esses princípios são a prioridade dos EUA na região e que esta prioridade será buscada com todas as ferramentas possíveis. Ele elogiou as mudanças na Tunísia e no Egito, defendeu a intervenção militar na Líbia e criticou a repressão existente na Síria. Obama voltou o foco para o Irã, lembrando a violência do governo contra oposicionistas em 2009 e afirmando que Teerã era hipócrita. No único momento surpreendente de sua fala, Obama criticou dois aliados dos EUA, o Iêmen e o Bahrein, este sede da 5º Frota Naval americana. Obama afirmou que o diálogo deve ser retomado no Bahrein e que isso não vai ocorrer enquanto “partes da oposição estiverem na cadeia”.
Na sequência do discurso, Obama encorajou os países árabes a realizarem reformas. “Se vocês assumirem os riscos das reformas, terão apoio total dos EUA”, afirmou. Obama afirmou que as reformas precisam incluir todos os grupos religiosos – citando os casos dos cristãos no Egito e dos xiitas no Bahrein – e dar mais poder às mulheres. “Uma região não vai alcançar todo seu potencial se mais da metade de sua população não puder usufruir de seu potencial.
Obama, então, detalhou a ajuda que será dada à região. São quatro pontos principais. O primeiro é um plano, elaborado pelo Banco Mundial e pelo Fundo Monetário Internacional, para modernizar as economias da Tunísia e do Egito. O segundo é o perdão de um US$ 1 bilhão de dívidas do governo do egípcio, que será acompanhado por uma nova linha de crédito de US$ 1 bilhão. O terceiro plano é a criação de fundos nos moldes dos usados na democratização do Leste Europeu após a queda do Muro de Berlim. O primeiro deles, da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), no valor de US$ 2 bilhões. O último é uma iniciativa para melhorar a integração das economias do Oriente Médio e Norte da África e torná-las menos dependente das exportações de petróleo.
Críticas e alertas a Israel e palestinos
No fim de seu discurso, Obama falou sobre Israel e palestinos e fez críticas e alertas aos dois lados. Ele lamentou o fato de os palestinos terem abandonado as negociações de paz e afirmou que é preciso responder aos “anseios legítimos” de Israel sobre a aliança do Hamas, considerado um grupo terrorista, com o Fatah, que vinha negociando com Israel. Obama afirmou que não haverá independência sem reconhecer o direito de Israel existir. O presidente americano reafirmou a amizade com Israel, mas lamentou a continuidade dos assentamentos na Cisjordânia e disse que, como amigo, precisava dar um aviso. “É importante dizer a verdade a Israel. O status quo não sustentável. É preciso agir de forma corajosa para alcançar uma paz duradoura”, disse. “Não vai existir um Estado judeu e democrático com ocupação”. Obama, então, afirmou que a solução para o conflito passa pela criação de dois Estados para dois povos, o palestino nas fronteiras de 1967, autodeterminação, reconhecimento mútuo e paz. Foi a primeira vez que o presidente dos EUA fez a defesa do Estado palestino nessas bases. Obama disse que os EUA iam apoiar o processo de paz, mas não prometeu nenhum plano para isso. Ele afirmou que a "comunidade internacional estava cansada de um processo sem fim" e encerrou sua fala mostrando quão importante considera a paz para o momento atual da região. "Em um período no qual as pessoas do Oriente Médio e Norte da África estão se livrando dos fardos do passado, a luta por uma paz duradoura que encerre o conflito e resolva todas as reivindicações é mais urgente do que nunca".
Por Época