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Em jogo nervoso, EUA vencem em casa e adiam classificação do Brasil

A rivalidade com os americanos mais uma vez entrou em quadra. Em um jogo muito nervoso, com direito a erros da arbitragem para o time da casa, os Estados Unidos deram o troco da derrota de sexta-feira e venceram o Brasil por 3 sets a 1, com parciais de 25/20, 25/23, 22/25 e 25/23, em 1h57m, na partida disputada em Tulsa, no estado de Oklahoma. A classificação para a fase final, entretanto, continua bem encaminhada: com 24 pontos no Grupo A, o time precisa vencer dois sets em um dos dois jogos contra a Polônia, na próxima semana.
Ao contrário de sexta-feira, os americanos entraram muito bem em quadra. O destaque do jogo foi o central David Lee, que venceu o duelo contra o brasileiro Rodrigão. Além de bons ataques, o rival se sobressaiu no bloqueio. O maior pontuador do jogo foi o capitão William Priddy, com 17 pontos. Pelo Brasil, que chegou a apresentar uma reclamação formal contra o árbitro ao delegado do jogo no fim do segundo set, Murilo terminou com 15.
- O time não entrou com o mesmo foco, não teve a mesma postura de ontem. Defendemos muito menos do que ontem. Mas, mesmo jogando abaixo, tivemos as oportunidades de chegar no jogo. Mas não conseguimos e vale a pena a reflexão sobre isso - disse Bernardinho ao SporTV.
O Brasil começou o segundo jogo contra os Estados Unidos muito bem. Com Giba bem no saque, o time chegou a abrir uma boa vantagem bem no início, mas os rivais empataram o jogo em 5/5. A partida continuou equilibrada até a metade do set, quando Stanley encaixou uma boa sequência no saque e abriu 15/12 para os americanos, que ampliaram a vantagem até o fim do set e fecharam a primeira parcial em 25/20, após alguns erros da seleção de Bernardinho, em 25 minutos.
No segundo set, os brasileiros voltaram mais atentos, mas o bloqueio americano deixava o jogo bem equilibrado. Destaque do jogo de sexta-feira, o oposto Theo era um dos mais marcados. Ele só fez seu primeiro ponto no jogo quando o Brasil abriu 4/3. As duas seleções trocaram vantagem até o meio do período, quando Giba cometeu dois erros seguidos de ataque e deixou que os EUA abrissem 14/12. O time de Bernardinho se recuperou após o tempo técnico e empatou em 18/18.
Com o Brasil nervoso, algumas marcações da arbitragem em favor dos EUA começaram a irritar os jogadores. Os americanos abriram 21/19 com uma polêmica invasão por baixo de Murilo, não mostrada pelos replays. A seleção até tentou se recuperar com boas jogadas do levantador Bruninho, mas acabou perdendo a segunda parcial por 25/23, em 35 minutos.
Apesar disso, o nervosismo ficou longe da quadra no início do terceiro set. Os brasileiros começaram sacando muito bem e abriram uma vantagem de quatro pontos: 9/5. Apesar da boa atuação do meio de rede David Lee, o time de Bernardinho deslanchou e abriu 18/13. Entretanto, o desequilíbrio voltou a atacar na seleção e após alguns erros de Giba encostou no placar: 18/17. O técnico colocou Dante em quadra no lugar do camisa 7 e o Brasil recuperou a vantagem de dois pontos. Com um bom saque de Bruninho, o time fechou o terceiro set em 25/23, em 30 minutos.
Após o susto, os americanos voltaram mais ligados para o quarto set. Com bons ataques, eles abriram 8/4 antes do primeiro tempo técnico da parcial. O Brasil chegou a se aproximar, mas esbarrou mais uma vez nos erros de bloqueio e de defesa. Além disso, os saques forçados funcionaram pouco contra os EUA. Eles ainda cometeram erros no fim do set, mas Priddy atacou bem, fechou o set em 25/23, em 31 minutos e o jogo em 3 sets a 1.


Por GloboEsporte.com