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FMI reduz previsão de crescimento do Brasil e mantém a do mundo

O FMI (Fundo Monetário Internacional) revisou para baixo a projeção de crescimento da economia brasileira para este ano.
A previsão do fundo em abril era de 4,5% de crescimento do PIB e foi revisada para 4,1%.
No ano passado, o PIB do Brasil cresceu 7,5%.
Para o ano que vem, a projeção do Fundo caiu em 0,5 ponto, para 3,6% de crescimento econômico.
Apesar de estimar uma desaceleração econômica brasileira, o Fundo alerta para sinais de superaquecimento econômico nos países emergentes.
A previsão de crescimento da economia mundial foi reduzida em apenas 0,1 ponto para 4,3%, apesar de o Fundo reconhecer que ainda existem "desequilíbrios" no cenário internacional. "As projeções apontam para uma desaceleração da atividade global no segundo trimestre de 2011 e retomada no segundo trimestre do ano. Mas a atividade continua desequilibrada em razão da intensificação dos riscos", diz o relatório de projeções da economia global, cuja revisão foi divulgada em São Paulo nesta sexta-feira.
O diretor de assuntos fiscais do FMI, Carlo Cottarelli, elogiou a ação do Brasil de aumentar os gastos durante a crise e de retomar os cortes das despesas quando a economia voltou a crescer.
Segundo o diretor, a política fiscal mais apertada ajuda no controle da inflação.
O Fundo defende, ainda, a redução dos empréstimos ao BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), que ele admite já está sendo feito.
"O Brasil expandiu os gastos de forma correta durante a crise internacional. Esse ano, como a economia está forte, não precisa mais dessa ajuda fiscal. O aperto também é apropriado porque ajuda a conter a inflação", disse Cottarelli à Folha.
O Fundo estima o deficit do setor público brasileiro em 2,8% do PIB este ano. Pelo método de cálculo do FMI, as contas públicas brasileiras ficaram negativas em 2,9% do PIB em 2010.

Por Folha