Prefeito de Campinas nega participação em esquema de corrupção

O prefeito de Campinas (93 km de São Paulo), Hélio de Oliveira Santos, o dr. Hélio (PDT), divulgou nota na noite de sexta-feira (10), na qual afirma que as investigações do Ministério Público não o atingem.
A Justiça do município decretou na quinta-feira (9) a prisão de sua mulher, a primeira-dama Rosely Nassim Santos, e do vice-prefeito, Demétrio Vilagra (PT), ambos acusados de integrarem um esquema de desvios e fraudes aos cofres da prefeitura. Tanto Nassim quanto Vilagra estão foragidos da Justiça.
"O relatório com o conteúdo das investigações, realizadas pelo Ministério Público, isenta de responsabilidade a figura do prefeito", diz dr. Hélio na nota, que, entretanto, não cita sua mulher.
De acordo com o prefeito, as suspeitas de envolvimento de agentes da prefeitura em operações fraudulentas envolvendo a Sanasa (empresa mista de tratamento de água e esgoto da cidade), na gestão de Luiz Aquino, estão "na esfera das responsabilidades individuais, cabendo a cada um deles responder por seus atos".
Ex-presidente da Sanasa, Aquino denunciou o esquema à promotoria em troca do benefício da delação premiada. Segundo ele, Nassim ficava com parte dos recursos supostamente desviados de contratos públicos. Ela é acusada de chefiar uma quadrilha que envolve empresários, lobistas, ex-dirigentes da Sanasa e agentes públicos.
"Todos os citados como suspeitos de cometerem ilicitudes contra a administração municipal foram exonerados. Em minha defesa na Comissão Processante [da Câmara Municipal], a assessoria jurídica que me representa entende que não há nenhum fato novo nas denúncias", encerra a nota.