Procurador-geral poupa Palocci de investigação
BRASÍLIA -- O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, decidiu ontem arquivar todas as representações que pediam a abertura de inquérito contra o ministro Antônio Palocci (Casa Civil) e as atividades de sua empresa de consultoria, a Projeto.
Após examinar esclarecimentos que recebeu de Palocci nas últimas semanas, Gurgel entendeu que não existem indícios concretos da prática de crime para investigar o caso como pediam os partidos de oposição.
Em nota enviada pela Casa Civil, Palocci disse esperar que a decisão de Gurgel "recoloque o embate político nos termos da razão, do equilíbrio e da Justiça".
Em um documento de 37 páginas, Gurgel afirmou que a lei "não tipifica como crime a incompatibilidade entre o patrimônio e a renda declarada", referindo-se ao fato de seu patrimônio ter aumentado pelo menos 20 vezes de 2006 para 2010.
De acordo com o procurador, os partidos de oposição que propuseram as representações não apresentaram documentos que demonstrem a prática de crime.
Justa causa
Para Roberto Gurgel, não é possível concluir que o faturamento da Projeto tem origem em "delitos" nem que Palocci "tenha usado do mandato de deputado federal para beneficiar eventuais clientes de sua empresa perante a administração pública".
Por essa razão, segundo o procurador-geral, não existe razão para que ocorra a quebra de sigilo fiscal ou bancário do ministro da Casa Civil.
Gurgel diz ainda que não há "justa causa" para abrir investigação contra Palocci.
O ministro continua alvo de investigação preliminar no Ministério Público Federal de Brasília, pela suspeita de improbidade administrativa. Esse procedimento trata da parte cível, e não penal.
À Procuradoria-Geral da República, Palocci enviou a lista de seus clientes, com os respectivos pagamentos, e cópias das declarações de Imposto de Renda da Projeto.
Após examinar esclarecimentos que recebeu de Palocci nas últimas semanas, Gurgel entendeu que não existem indícios concretos da prática de crime para investigar o caso como pediam os partidos de oposição.
Em nota enviada pela Casa Civil, Palocci disse esperar que a decisão de Gurgel "recoloque o embate político nos termos da razão, do equilíbrio e da Justiça".
Em um documento de 37 páginas, Gurgel afirmou que a lei "não tipifica como crime a incompatibilidade entre o patrimônio e a renda declarada", referindo-se ao fato de seu patrimônio ter aumentado pelo menos 20 vezes de 2006 para 2010.
De acordo com o procurador, os partidos de oposição que propuseram as representações não apresentaram documentos que demonstrem a prática de crime.
Justa causa
Para Roberto Gurgel, não é possível concluir que o faturamento da Projeto tem origem em "delitos" nem que Palocci "tenha usado do mandato de deputado federal para beneficiar eventuais clientes de sua empresa perante a administração pública".
Por essa razão, segundo o procurador-geral, não existe razão para que ocorra a quebra de sigilo fiscal ou bancário do ministro da Casa Civil.
Gurgel diz ainda que não há "justa causa" para abrir investigação contra Palocci.
O ministro continua alvo de investigação preliminar no Ministério Público Federal de Brasília, pela suspeita de improbidade administrativa. Esse procedimento trata da parte cível, e não penal.
À Procuradoria-Geral da República, Palocci enviou a lista de seus clientes, com os respectivos pagamentos, e cópias das declarações de Imposto de Renda da Projeto.
Por Folha