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Camareira muda versão, e ex-chefe do FMI é libertado

O ex-diretor-gerente do FMI (Fundo Monetário Internacional) Dominique Strauss-Kahn, acusado de atacar sexualmente uma camareira de hotel em Nova York, foi liberado da prisão domiciliar, devido a dúvidas sobre a credibilidade da suposta vítima. O francês removeu a tornozeleira eletrônica e terá de volta US$ 6 milhões pagos de fiança (R$ 9,3 milhões), incluindo US$ 5 milhões (R$ 7,5 milhões) depositados em garantia). As acusações ainda não foram retiradas e ele não pode deixar os EUA, uma vez que seu passaporte está retido. Ele volta a se apresentar à Justiça no dia 18.
Caso seja inocentado, pode provocar uma reviravolta na disputa presidencial francesa, em 2012. Strauss-Kahn é uma das principais figuras do Partido Socialista, de oposição.
Os procuradores continuam a afirmar que acreditam que o francês atacou a camareira, uma mulher de 32 anos vinda da Guiné. Mas admitem que as contradições apresentadas nos depoimentos podem tornar difícil para os jurados considerar o francês culpado.
A mudança ocorreu depois que a Procuradoria afirmou que a camareira mentiu não só sobre detalhes que ocorreram após o suposto ataque, em 14 de maio, como também sobre seu passado.
Em depoimentos anteriores, ela disse que, após sair do quarto de Strauss-Kahn, ficou no corredor do andar até a saída do francês, para então reclamar com seu chefe. Depois, porém, ela teria mudado a versão, dizendo que, antes de falar com seu chefe, limpou um quarto próximo ao do francês e também o dele.
Segundo a Procuradoria, a camareira admitiu ter mentido em seu pedido de asilo nos EUA e ao colocar como dependente no Imposto de Renda o filho de um amigo.

Por Folha