Crise dividiu PR em grupos pró e contra Valdemar Costa Neto
A crise no Ministério dos Transportes dividiu o PR entre os que querem que o deputado Valdemar Costa Neto (SP) continue mandando no partido e os que trabalham para tirar o poder e a influência dele na legenda.
O segundo grupo, ainda minoritário, é estimulado pelo Palácio do Planalto, que tenta aproveitar a crise para isolar Valdemar e, assim, trocar seu interlocutor no PR.
Ele é composto pelo PR do Senado, capitaneado por Blairo Maggi (MT) e Clésio Andrade (MG). Também o integram deputados insatisfeitos com "superpoderes" que Valdemar adquiriu na sigla.
A nomeação de Paulo Sérgio Passos para os Transportes foi uma sinalização do Planalto de que vai tentar enfraquecer o cacique do PR.
Foi o governo Dilma, no entanto, quem reabilitou o deputado, até então submerso devido ao seu envolvimento com o mensalão.
Líderes do PR contam que o então ministro da Casa Civil Antonio Palocci elegeu o deputado como interlocutor para tratar das questões ligadas à sigla. No segundo mandato do governo Lula, essa tarefa cabia aos líderes do partido.
Foi Palocci, por exemplo, quem articulou com Valdemar a formação de um bloco com outros partidos menores que deu ao PR uma bancada de 64 deputados, a quarta maior da Câmara, e tratou com ele sobre a distribuição de cargos federais.
"O Palocci incentivou a formação desse bloco para aumentar o apoio à Dilma no Congresso. Eu era contra dividir espaço com eles", afirmou o líder do PR na Câmara, Lincoln Portela (MG).
Com 64 deputados e total controle do ministro Alfredo Nascimento, Valdemar Costa Neto passou a pressionar o Planalto para fazer valer seus interesses e a sufocar quem discordasse dele.
O deputado Sandro Mabel (PR-GO), por exemplo, perdeu o controle da sigla no seu Estado e corre o risco de perder também o mandato por ter enfrentado Valdemar e mantido candidatura à presidência da Câmara neste ano.
Deputados que apoiam Valdemar dizem que ele assume responsabilidades quando há um problema, evitando arrolar colegas de partido. Também cumpre promessas de nomeação para cargos, desde que se esteja alinhado a ele.
Essa atitude também faz com que o grupo que tenta esvaziar Valdemar evite se expor. O estatuto do PR prevê como infração grave a divergência entre seus membros.
O presidente do PR, Alfredo Nascimento, que volta ao Senado após ser afastado do ministério, será o único senador a defender Valdemar no comando da sigla. Eles devem se unir contra o ministro Paulo Passos, que é filiado ao PR, mas fiel ao Planalto.
O segundo grupo, ainda minoritário, é estimulado pelo Palácio do Planalto, que tenta aproveitar a crise para isolar Valdemar e, assim, trocar seu interlocutor no PR.
Ele é composto pelo PR do Senado, capitaneado por Blairo Maggi (MT) e Clésio Andrade (MG). Também o integram deputados insatisfeitos com "superpoderes" que Valdemar adquiriu na sigla.
A nomeação de Paulo Sérgio Passos para os Transportes foi uma sinalização do Planalto de que vai tentar enfraquecer o cacique do PR.
Foi o governo Dilma, no entanto, quem reabilitou o deputado, até então submerso devido ao seu envolvimento com o mensalão.
Líderes do PR contam que o então ministro da Casa Civil Antonio Palocci elegeu o deputado como interlocutor para tratar das questões ligadas à sigla. No segundo mandato do governo Lula, essa tarefa cabia aos líderes do partido.
Foi Palocci, por exemplo, quem articulou com Valdemar a formação de um bloco com outros partidos menores que deu ao PR uma bancada de 64 deputados, a quarta maior da Câmara, e tratou com ele sobre a distribuição de cargos federais.
"O Palocci incentivou a formação desse bloco para aumentar o apoio à Dilma no Congresso. Eu era contra dividir espaço com eles", afirmou o líder do PR na Câmara, Lincoln Portela (MG).
Com 64 deputados e total controle do ministro Alfredo Nascimento, Valdemar Costa Neto passou a pressionar o Planalto para fazer valer seus interesses e a sufocar quem discordasse dele.
O deputado Sandro Mabel (PR-GO), por exemplo, perdeu o controle da sigla no seu Estado e corre o risco de perder também o mandato por ter enfrentado Valdemar e mantido candidatura à presidência da Câmara neste ano.
Deputados que apoiam Valdemar dizem que ele assume responsabilidades quando há um problema, evitando arrolar colegas de partido. Também cumpre promessas de nomeação para cargos, desde que se esteja alinhado a ele.
Essa atitude também faz com que o grupo que tenta esvaziar Valdemar evite se expor. O estatuto do PR prevê como infração grave a divergência entre seus membros.
O presidente do PR, Alfredo Nascimento, que volta ao Senado após ser afastado do ministério, será o único senador a defender Valdemar no comando da sigla. Eles devem se unir contra o ministro Paulo Passos, que é filiado ao PR, mas fiel ao Planalto.
Por Folha