Governo do Ceará é alvo de protestos de servidores públicos
O governador do Ceará, Cid Gomes (PSB), está sendo pressionado por greves e protestos de servidores estaduais de áreas como a segurança e saúde.
No sábado (2), funcionários das secretarias da Saúde, Educação, Segurança, entre outras, participaram da Caminhada da Insatisfação com o governo estadual.
No mesmo dia, policiais civis entraram em greve e policiais militares declararam "operação Tolerância Zero", que, segundo eles, visa prender um grande número de suspeitos para lotar as delegacias e evidenciar a falta de condições de trabalho.
De acordo com Rita Galvão, coordenadora do Fuaspec (Fórum Unificado das Associações e Sindicatos dos Servidores Públicos do Estado), o protesto no sábado, que reuniu cerca de 600 pessoas, teve como objetivo "abrir negociações com o governador".
Os manifestantes reivindicam, entre outras coisas, realização de concursos públicos para substituir servidores terceirizados.
Uma manifestação está marcada para esta quarta-feira e, na próxima semana, os servidores planejam acampar em frente ao Palácio da Abolição, sede do governo estadual, até serem recebidos por Cid Gomes.
Já os policias civis reivindicam, entre outras coisas, reajuste salarial, aumento do efetivo policial e retirada de presos de delegacias.
A categoria diz que o governo só investe na estrutura das delegacias, mas não em pessoal.
"As delegacias aqui são de vidro e as viaturas são Hilux, mas os salários estão entre os piores do Brasil. São poucos policiais e eles estão só vigiando os presos nas delegacias", disse o Wagner Sousa, presidente da Associação dos Profissionais de Segurança Pública do Estado do Ceará.
Segundo o Sinpoci (sindicato da categoria), durante os protestos, os policiais mantêm 30% das delegacias funcionando. Na capital, cinco delegacias estão abertas.
Já os policiais militares, que não podem fazer greve, protestam de forma contrária: em vez de parar de trabalhar, estão levando para as delegacias o maior número possível de suspeitos, principalmente os supostamente envolvidos em crimes "de menor potencial ofensivo".
"Toda e qualquer irregularidade a gente quer conduzir à delegacia. A gente quer provar que não tem estrutura, que o sistema é falho", afirmou Sousa.
OUTRO LADO
O governador Cid Gomes está na China, em viagem oficial. Segundo a assessoria da Secretaria de Planejamento, os servidores serão recebidos pelo governador quando ele voltar.
A assessoria da Secretaria de Segurança informou que vai contratar mais de 700 policiais civis e que está negociando com os grevistas.
Sobre o movimento da Polícia Militar, a assessoria afirma que a pasta ainda não foi procurada para negociação.
Cid Gomes foi reeleito em primeiro turno em 2010, com 61,27% dos votos. Pesquisa Datafolha realizada em dezembro em oito Estados e no Distrito Federal mostrou que ele era o segundo governador mais bem avaliado, com nota média de 7,6 e aprovação de 65%.
No sábado (2), funcionários das secretarias da Saúde, Educação, Segurança, entre outras, participaram da Caminhada da Insatisfação com o governo estadual.
No mesmo dia, policiais civis entraram em greve e policiais militares declararam "operação Tolerância Zero", que, segundo eles, visa prender um grande número de suspeitos para lotar as delegacias e evidenciar a falta de condições de trabalho.
De acordo com Rita Galvão, coordenadora do Fuaspec (Fórum Unificado das Associações e Sindicatos dos Servidores Públicos do Estado), o protesto no sábado, que reuniu cerca de 600 pessoas, teve como objetivo "abrir negociações com o governador".
Os manifestantes reivindicam, entre outras coisas, realização de concursos públicos para substituir servidores terceirizados.
Uma manifestação está marcada para esta quarta-feira e, na próxima semana, os servidores planejam acampar em frente ao Palácio da Abolição, sede do governo estadual, até serem recebidos por Cid Gomes.
Já os policias civis reivindicam, entre outras coisas, reajuste salarial, aumento do efetivo policial e retirada de presos de delegacias.
A categoria diz que o governo só investe na estrutura das delegacias, mas não em pessoal.
"As delegacias aqui são de vidro e as viaturas são Hilux, mas os salários estão entre os piores do Brasil. São poucos policiais e eles estão só vigiando os presos nas delegacias", disse o Wagner Sousa, presidente da Associação dos Profissionais de Segurança Pública do Estado do Ceará.
Segundo o Sinpoci (sindicato da categoria), durante os protestos, os policiais mantêm 30% das delegacias funcionando. Na capital, cinco delegacias estão abertas.
Já os policiais militares, que não podem fazer greve, protestam de forma contrária: em vez de parar de trabalhar, estão levando para as delegacias o maior número possível de suspeitos, principalmente os supostamente envolvidos em crimes "de menor potencial ofensivo".
"Toda e qualquer irregularidade a gente quer conduzir à delegacia. A gente quer provar que não tem estrutura, que o sistema é falho", afirmou Sousa.
OUTRO LADO
O governador Cid Gomes está na China, em viagem oficial. Segundo a assessoria da Secretaria de Planejamento, os servidores serão recebidos pelo governador quando ele voltar.
A assessoria da Secretaria de Segurança informou que vai contratar mais de 700 policiais civis e que está negociando com os grevistas.
Sobre o movimento da Polícia Militar, a assessoria afirma que a pasta ainda não foi procurada para negociação.
Cid Gomes foi reeleito em primeiro turno em 2010, com 61,27% dos votos. Pesquisa Datafolha realizada em dezembro em oito Estados e no Distrito Federal mostrou que ele era o segundo governador mais bem avaliado, com nota média de 7,6 e aprovação de 65%.
Por Folha