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Cervejaria japonesa compra 50,45% da Schincariol

A Kirin, tradicional fabricante japonesa de cerveja e refrigerantes, comprou 50,45% da Schincariol, segunda maior cervejaria do Brasil, por R$ 3,95 bilhões. A operação foi fechada nesta segunda-feira.
Os sócios Adriano Schincariol, presidente da companhia brasileira, e seu irmão Alexandre Schincariol são os vendedores.
O restante do capital (49,5%) continua nas mãos dos primos Gilberto e José Augusto Schincariol. De acordo com a Kirin, o negócio deve ser consolidado no terceiro trimestre.
"Estou feliz com esta operação porque a Kirin tornará a Schincariol mais forte e será o sócio ideal para a família, que permanece na operação, garantindo valor ainda maior para as marcas do Grupo", afirma, em comunicado, o presidente do grupo, Adriano Schincariol.
Com sede em Itú (SP), a Schincariol tem cerca de 10 mil funcionários e 13 unidades de produção distribuídas por 11 estados. A capacidade instalada é de 5 bilhões de litros por ano.
 
AQUISIÇÕES
 
As aquisições feitas entre 2007 e 2008, de cervejarias como Baden Baden e Eisenbahn, elevaram o número de marcas de cerveja para as nove comercializadas hoje pelo grupo. A empresa tem cerca de 15 % do mercado de cervejas nacional.
Já as cinco marcas de refrigerantes garantem uma fatia de mercado de cerca de 6% no segmento.
O grupo, que tem capital 100% brasileiro e não tem ações negociadas na Bolsa, teve um faturamento de R$ 5,66 bilhões em 2010, de acordo com o comunicado.
A Kirin tem atuação principal na Ásia (Japão, China, Taiwan, Vietnã, Tailândia, Cingapura e Filipinas) e na Oceania, com vendas totais de cerca de US$ 28 bilhões.
"Essa aquisição vai realçar a estratégia internacional do grupo integrado de bebidas da Kirin, promovendo uma base sólida no ascendente mercado brasileiro", afirma a empresa japonesa em comunicado.
A meta da Kirin é alcançar 30% das receitas da divisão de bebidas com negócios internacionais até 2015. No Brasil, o grupo é dono da Tozan Alimentos, fabricante de produtos orientais, como saquê e molho de soja.
A disputa pela compra da empresa durou meses. Entre os interessados estavam o grupo SABMiller, a Heineken e a Carlsberg.

Por Folha