Policiais já são 16 mil em Londres; violência afeta oito cidades
O Reino Unido permanece em alerta nesta terça-feira, o quarto dia da onda de violência que rompeu as fronteiras de Londres e se alastrou para ao menos outras oito cidades.
Os distúrbios continuam, apesar de o número de policiais pelas ruas londrinhas ter passado para 16 mil, após ordens do premiê britânico, David Cameron, e a primeira morte por decorrência dos conflitos foi confirmada.
Um homem de 26 anos morreu baleado em Croydon, zona sul da capital. Foi a primeira vítima fatal dos distúrbios.
Uma estação policial na cidade Nottingham foi atacada e incendiada hoje por um grupo de cerca de 40 homens, de acordo com a polícia, enquanto houve saques na cidade de Manchester e cenas de violência em Salford, onde manifestantes atiraram tijolos contra policiais e incendiaram edifícios.
Também houve problemas em Birmingham e na região de West Midlands. Londres, onde os protestos começaram como manifestação pacífica na noite de sábado, apresentou uma calma relativa em consequência do aumento do contingente policial para 16 mil homens, em comparação aos seis mil que circulavam na segunda-feira.
De acordo com a versão on-line do jornal "The Guardian", houve relatos ainda de distúrbios nas cidades de Wolverhampton, Bristol e West Bromwich. Em Liverpool, uma estrada foi fechada pelo policiamento depois de 200 manifestantes começarem a atacar oficiais.
A polícia de Manchester enviou um alerta pedindo para que a população evite viajar à cidade. Os distúrbios e saques que atingiram a região foram de uma "violência e criminalidade sem sentido" e os piores atos violentos na região em 30 anos, disse um alto oficial do órgão.
Mais de 680 pessoas foram presas em Londres e dezenas foram detidas em outras cidades --não há uma contagem oficial definida ainda. Três pessoas foram presas sob suspeita de tentativa de assassinato após um policial ser atingido por um carro em Brent, norte da capital. Segundo dados oficiais, cerca de cem policiais ficaram feridos durante os distúrbios de hoje.
Os distúrbios ocorrem num momento de insatisfação popular com medidas de austeridade do governo, como cortes de gastos e aumento de impostos para combater o déficit orçamentário público, e a menos de um ano do início das Olimpíadas de Londres em 2012. As autoridades garantem que os preparativos não serão afetados.
INVESTIGAÇÃO
A Polícia Metropolitana de Londres disse que os incidentes são imitações de atividades criminosas, que começaram após um protesto pela morte de Mark Duggan, 29. A vítima seria pai de quatro filhos e popular na comunidade em que vivia.
Os protestos sobre a morte de Duggan, que foi morto em circunstâncias ainda não esclarecidas na quinta-feira, foi pacífico inicialmente. Mas no sábado (6), cerca de 500 pessoas se reuniram em frente à polícia em Tottenham. Alguns manifestantes jogaram garrafas com gasolinas enquanto outros enfrentaram os policiais com tacos de beisebol.
Duggan foi morto após ser abordado em um táxi por uma unidade que investiga crimes com armas de fogo no bairro. Um policial foi ferido à bala.
A Comissão de Reclamações da Polícia Independente divulgou nesta terça-feira que não há evidência de que Duggan abriu fogo contra os policiais antes de ser morto a tiros, segundo testes de balísticas.
A Comissão disse ainda que a bala que foi retirada do rádio da viatura policial foi disparada de uma arma de um policial --o que dá força à hipótese de que Dugan não reagiu e não ofereceu resistência.
A investigação indica ainda que dois tiros foram disparados por um policial, um de uma Heckler e outro de uma Koch. Duggan foi morto com um tiro no peito, e atingido ainda por um tiro no braço. A polícia encontrou ainda uma arma Bruni na cena do crime.
COMÉRCIO FECHADO
Muitos estabelecimentos comerciais e pubs de Londres ficaram fechados nesta terça-feira por causa da onda de violência. As autoridades recomendaram aos moradores de alguns bairros que evitassem sair de casa.
As medidas de precaução abrangeram ainda alguns teatros de Londres, que decidiram cancelar suas apresentações desta noite para evitar possíveis atos de vandalismo.
Muitos pubs típicos de Londres também preferiram fechar mais cedo em regiões de maior atividade noturna da capital britânica, como em Angel, onde as autoridades recomendaram que as pessoas só saíssem às ruas em caso absolutamente necessário.
Além disso, a polícia pediu aos pais com filhos mais novos que colaborem e se assegurem de que os eles não estejam envolvidos nos distúrbios, protagonizados em muitos casos por jovens de cerca de 20 anos encapuzados.
Os distúrbios continuam, apesar de o número de policiais pelas ruas londrinhas ter passado para 16 mil, após ordens do premiê britânico, David Cameron, e a primeira morte por decorrência dos conflitos foi confirmada.
Um homem de 26 anos morreu baleado em Croydon, zona sul da capital. Foi a primeira vítima fatal dos distúrbios.
Uma estação policial na cidade Nottingham foi atacada e incendiada hoje por um grupo de cerca de 40 homens, de acordo com a polícia, enquanto houve saques na cidade de Manchester e cenas de violência em Salford, onde manifestantes atiraram tijolos contra policiais e incendiaram edifícios.
Também houve problemas em Birmingham e na região de West Midlands. Londres, onde os protestos começaram como manifestação pacífica na noite de sábado, apresentou uma calma relativa em consequência do aumento do contingente policial para 16 mil homens, em comparação aos seis mil que circulavam na segunda-feira.
De acordo com a versão on-line do jornal "The Guardian", houve relatos ainda de distúrbios nas cidades de Wolverhampton, Bristol e West Bromwich. Em Liverpool, uma estrada foi fechada pelo policiamento depois de 200 manifestantes começarem a atacar oficiais.
A polícia de Manchester enviou um alerta pedindo para que a população evite viajar à cidade. Os distúrbios e saques que atingiram a região foram de uma "violência e criminalidade sem sentido" e os piores atos violentos na região em 30 anos, disse um alto oficial do órgão.
Mais de 680 pessoas foram presas em Londres e dezenas foram detidas em outras cidades --não há uma contagem oficial definida ainda. Três pessoas foram presas sob suspeita de tentativa de assassinato após um policial ser atingido por um carro em Brent, norte da capital. Segundo dados oficiais, cerca de cem policiais ficaram feridos durante os distúrbios de hoje.
Os distúrbios ocorrem num momento de insatisfação popular com medidas de austeridade do governo, como cortes de gastos e aumento de impostos para combater o déficit orçamentário público, e a menos de um ano do início das Olimpíadas de Londres em 2012. As autoridades garantem que os preparativos não serão afetados.
INVESTIGAÇÃO
A Polícia Metropolitana de Londres disse que os incidentes são imitações de atividades criminosas, que começaram após um protesto pela morte de Mark Duggan, 29. A vítima seria pai de quatro filhos e popular na comunidade em que vivia.
Os protestos sobre a morte de Duggan, que foi morto em circunstâncias ainda não esclarecidas na quinta-feira, foi pacífico inicialmente. Mas no sábado (6), cerca de 500 pessoas se reuniram em frente à polícia em Tottenham. Alguns manifestantes jogaram garrafas com gasolinas enquanto outros enfrentaram os policiais com tacos de beisebol.
Duggan foi morto após ser abordado em um táxi por uma unidade que investiga crimes com armas de fogo no bairro. Um policial foi ferido à bala.
A Comissão de Reclamações da Polícia Independente divulgou nesta terça-feira que não há evidência de que Duggan abriu fogo contra os policiais antes de ser morto a tiros, segundo testes de balísticas.
A Comissão disse ainda que a bala que foi retirada do rádio da viatura policial foi disparada de uma arma de um policial --o que dá força à hipótese de que Dugan não reagiu e não ofereceu resistência.
A investigação indica ainda que dois tiros foram disparados por um policial, um de uma Heckler e outro de uma Koch. Duggan foi morto com um tiro no peito, e atingido ainda por um tiro no braço. A polícia encontrou ainda uma arma Bruni na cena do crime.
COMÉRCIO FECHADO
Muitos estabelecimentos comerciais e pubs de Londres ficaram fechados nesta terça-feira por causa da onda de violência. As autoridades recomendaram aos moradores de alguns bairros que evitassem sair de casa.
As medidas de precaução abrangeram ainda alguns teatros de Londres, que decidiram cancelar suas apresentações desta noite para evitar possíveis atos de vandalismo.
Muitos pubs típicos de Londres também preferiram fechar mais cedo em regiões de maior atividade noturna da capital britânica, como em Angel, onde as autoridades recomendaram que as pessoas só saíssem às ruas em caso absolutamente necessário.
Além disso, a polícia pediu aos pais com filhos mais novos que colaborem e se assegurem de que os eles não estejam envolvidos nos distúrbios, protagonizados em muitos casos por jovens de cerca de 20 anos encapuzados.
Por Folha