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Principal votação das prévias presidenciais americanas dá vantagem a líder do Tea Party

A congressista americana Michele Bachmann, do partido Republicano de Minnesota, venceu na noite de sábado (13) uma das mais importantes votações simbólicas das prévias para presidente. No Estado de Iowa, o primeiro colégio eleitoral a realizar a eleição dos candidatos, a congressista, que é considerada líder do movimento político ultraconservador Tea Party, conseguiu sozinha quase um terço dos 16.892 votos na Pesquisa Ames Straw, realizada em todo período pré-eleitoral durante um evento beneficiente.
A Pesquisa Ames Straw é um importante evento político do período das pré-candidaturas nos Estados Unidos. Formalmente, ela não tem significado político, mas tradicionalmente seu resultado tem servido de prévia para o resultado final da escolha do partido Republicano para a corrida presidencial.
Bachmann conseguiu 4.823 votos, ou 28% do total na noite de sábado. Ela foi seguida por Ron Paul, com 4.671 votos, e pelo ex-governador de Minnesota, Tim Pawlenty, com 2.293 votos. O ex-governador do Massachusetts, e um dos preferidos dos Republicanos, Mitt Romney, não participou da pesquisa.
O resultado causou apreensão em alguns setores da cidade dada a proximidade de Bachmann com o Tea Party, movimento que representa a direita ultraconservadora dos EUA e que tem ideais anti-imigracionais e planos econômicos controversos. Apesar disso, ultimamente a Pesquisa Ames Straw não tem acertado muito o resultado final das prévias - as duas últimas vezes que acertou foram com o ex-presidente George W. Bush em 2000 e com Bob Dole em 1995.
 
Rick Perry
 
O governador do Texas, Rick Perry, anunciou também no sábado formalmente sua candidatura pelo Partido Republicano às eleições presidenciais de 2012, colocando fim a meses de especulações. "Anuncio neste sábado que sou candidato à Presidência dos Estados Unidos", disse Perry, do setor conservador republicano, diante de cerca de 700 pessoas durante um encontro político em Charleston (Carolina do Sul).
O político se apresentou como o único Governador do Texas, desde a Segunda Guerra Mundial, que conseguiu cortar o gasto público e criticou a "falta de liderança" do presidente Barack Obama diante das turbulências econômicas que o país vive após o rebaixamento da qualificação da dívida dos EUA por parte da agência Standard & Poors.
"Não podemos continuar mais quatro anos com esta falta de liderança. Essa falta de liderança nos levou a uma degradação da qualificação do crédito, dos trabalhos americanos, de nosso lugar no mundo, de nossa confiança e esperança para um futuro melhor para nossos filhos", afirmou.
Ele também criticou o alto nível de endividamento que este Governo enfrenta e declarou: "Não podemos vender os EUA aos credores estrangeiros".
Em relação ao trabalho, uma das principais preocupações dos americanos, ele afirmou que desde junho de 2009 mais de 40% dos novos trabalhos que foram criados nos EUA estão no Texas, estado que só tem "10% da população total do país". Perry disse que, apesar de o presidente Obama falar de recuperação, o desemprego está em 9,1%, o que significa "um desastre econômico".
O governador texano, de 61 anos, conta com 15% de apoio eleitoral entre os eleitores republicanos, segundo uma média de pesquisas recentes realizada pela RealClearPolitics, atrás do que seria seu principal adversário, Romney, com 20%. Assim como ele, porém, Perry não participou da Ames Straw. 
 
Por Época