Tiros em ônibus eram da PM, que reconhece erro
O secretário de Segurança Pública, José Mariano Beltrame, admitiu em comunicado divulgado na noite desta quarta-feira que houve erro na abordagem do ônibus da Viação Jurema sequestrado por bandidos na Avenida Presidente Vargas . Apesar disso, ele argumenta que travatava-se de uma operação complexa que acabou com uma negociação bem sucedida na qual os bandidos se rederam. Na ação seis pessoas ficaram feridas, entre elas um bandido.
"Foi uma operação complexa, houve erro na forma com que a polícia tentou parar o ônibus, porém, em um segundo momento os policiais militares conseguiram evitar o que poderia de pior acontecer. O cerco com as viaturas e a bem sucedida negociação com os assaltantes foram fundamentais para o desfecho que culminou na rendição deles e a libertação dos reféns", diz a nota.
Mais cedo, o comandante geral da Polícia Militar, coronel Mário Sérgio Duarte, afirmou, durante entrevista coletiva nesta quarta-feira, que houve uma quebra de protocolo no momento em que os PMs atiraram no ônibus da Viação Jurema com a intenção de evitar que o veículo furasse o bloqueio policial. Ele afirmou que os tiros podem ter ferido passageiros, mas a comprovação só vai ser feita após o trabalho dos peritos da Polícia Civil. A PM instaurou uma sindicância para avaliar os erros na ação. O comandante da PM, no entanto, ressaltou que a polícia acertou na operação, já que possibilitou que 11 pessoas fossem resgatadas sem ferimento de dentro do coletivo. As cinco pistolas de PMs que participaram da ação e atiraram no ônibus para acertar os pneus foram recolhidas para exames de balística.
- Lamento pelas pessoas feridas e pelas famílias. Esses erros e acertos serão todos avaliados. Mas, essa era uma situação muito complexa. Os criminosos agiam com muita violência - disse o coronel, ressaltando que um dos bandidos desceu atirando do coletivo, e acertou uma pessoa que estava de carona num carro que passava pela Avenida Presidente Vargas.
Mario Sérgio acrescentou que outro assaltante deu coronhadas na cabeça de um passageiro, e que os bandidos ainda ameaçaram explodir uma granada. Em depoimento, dois policiais militares confirmaram que atiraram no ônibus. As duas pistolas usadas pelos policiais já foram enviadas à perícia.
A ação, na noite da terça-feira, terminou com pelo menos seis pessoas feridas, entre elas um dos acusados de ter participado do crime, que seria o sobrinho do traficante Fernandinho Beira-Mar. A delegada assistente da 6ª DP (Cidade Nova), Sânia Burlandi, disse nesta quarta-feira que Jean Júnior Costa Oliveira, que estava internado no Hospital São Lucas, em Copacabana, na Zona Sul, após ser baleado na perna, confirmou que é filho de uma das irmãs do traficante. Em depoimento ele negou ter participado do assalto, e disse que foi baleado em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Oliveira, que disse ser morador da Favela Beira-Mar, foi reconhecido por um dos passageiros do ônibus. Ainda nesta quarta-feira um representante da Viação Jurema deverá prestar depoimento à delegada Sânia Burlandi. O motorista do veículo, segundo a empresa, está de licença por três dias.
A polícia investiga a participação de um quinto assaltante no crime. Mais cedo, a polícia confirmou a participação de um quarto criminoso - inicialmente se supunha que eram três - no sequestro que aconteceu na Avenida Presidente Vargas. De acordo com a delegada responsável pelo caso, Gisele Rosemberg, o último integrante da quadrilha foi identificado por passageiros e testemunhas através do banco de dados da Polícia Civil como Clerivan da Silva Mesquita. O bandido teria passagens por roubo a residências e a coletivos. Um mandado de prisão preventiva foi expedido na manhã desta quarta-feira.
Também nesta manhã, profissionais do Instituto de Criminalística Carlo Éboli (ICCE) realizaram uma perícia complementar no ônibus. De acordo com o laudo preliminar realizado, o coletivo foi atingido por pelo menos 14 disparos de arma de fogo com sentido do exterior para o interior do veículo. Segundo os peritos, a maior parte das perfurações está concentrada na lataria do coletivo, na altura dos pneus. Os peritos fizeram ainda uma varredura minuciosa para checar, além de todas as perfurações, vestígios de sangue no coletivo.
Os peritos devem verificar ainda as imagens das câmeras no interior do veículo para identificar como foi o assalto, mas uma nota da Auto Viação Jurema, divulgada na tarde desta quarta-feira, confirma que o material foi danificado :
"O veículo, por sua vez, está sendo periciado pela Polícia. O ônibus, número de ordem 120 096, ano de fabricação 2009, é um dos 15 carros que compõem a frota, todos equipados com câmeras de segurança. As imagens foram entregues à polícia, mas o material se encontra danificado. A perícia está investigando se os danos foram causados pelos bandidos", diz trecho da nota.
Os reféns contaram que os disparos foram feitos apenas pelos policiais com o intuito de acertar os pneus. Segundo o depoimento de algumas vítimas, nenhum dos bandidos que estavam no ônibus atirou. Imagens das câmeras da CET-Rio que ficam na Avenida Presidente Vargas, onde ocorreu o assalto, também serão analisadas pela polícia.
O ônibus frescão seguia da Praça Mauá para Duque de Caxias com pelo menos 20 passageiros, e foi sequestrado em frente à Universidade Estácio de Sá, na Avenida Presidente Vargas, no Centro, por volta das 20h20m. Cinco vítimas e um bandido foram baleadas no tiroteio: três passageiros, um policial e um homem que estava num carro que passava por perto. Com o ônibus sob o controle do bando, equipes do Bope foram para o local negociar a libertação dos passageiros. Às 21h35m, a Secretaria estadual de Segurança deu por encerrada a ação, que durou pouco mais de uma hora.
O Hospital Municipal Souza Aguiar, por meio da Secretaria municipal de Saúde, divulgou um boletim médico na manhã desta quarta-feira com o estado de saúde de três baleados na ação. A situação mais grave é de Lisa Mônica Pereira, de 46 anos, atingida por um tiro no tórax. Ela sofreu fraturas de costela e clavícula, além de uma contusão pulmonar. A vítima passou por cirurgia, e seu estado de saúde é grave. Lisa está internada no Centro de Terapia Intensiva (CTI). Os outros dois pacientes estão fora de perigo. Alcir Pereira, de 56 anos, atingido no pescoço, está em observação e sem previsão de alta. Fabiana Gomes da Silva, 30 anos, baleada na coxa esquerda, passa bem e também está em observação. Um policial que fazia parte do grupo que conseguiu parar o ônibus também foi ferido e encaminhado ao Hospital Geral da PM.
Os dois bandidos presos no local do crime, após se renderem, foram identificados como Renato da Costa Júnior, de 21 anos, e Bruno Silva Lima, de 19 anos. Um deles já tem passagem pela polícia, e contra o outro havia um mandado de busca e apreensão. Eles podem ser transferidos para a Polinter ainda nesta quarta-feira. A mãe de Renato confirmou que o filho já era envolvido com tráfico e assalto desde os 15 anos na Favela do Jacarezinho. Ela disse que o aconselhou, mas ele resolveu continuar no crime. Chorando muito, a mãe do assaltante, que não quis se identificar, disse que, neste momento, só quer abraçar Renato, dar apoio e aconselhá-lo. Ela confirmou que é a terceira vez que ele é preso.
O terceiro preso foi capturado no início da madrugada desta quarta-feira, quando deu entrada no Hospital São Lucas, em Copacabana. Funcionários da unidade desconfiaram de Jean Júnior da Costa Oliveira, de 21 anos. O paciente deu entrada no hospital com um tiro na perna. Policiais militares do 19º BPM (Copacabana) estiveram no local e prenderam Jean após ele ter sido reconhecido por um dos passageiros do ônibus. O criminoso conseguiu fugir assim que o assalto foi anunciado. Ele fez um passageiro refém até entrar em um carro Zafira, onde estava um casal. Um trio de policiais militares entrou em um Fiesta que havia sido abandonado pelo proprietário e houve perseguição. Jean desembarcou na favela de Manguinhos e seguiu a pé para o interior da comunidade. Os donos do Zafira saíram em disparada em seguida.
Depoimentos desencontrados
A delegada Gisele Rosemberg disse que os depoimentos dos reféns são desencontrados devido ao tamanho do ônibus e à baixa luminosidade. Alguns passageiros disseram que eram apenas três assaltantes, mas outros reféns e o motorista do coletivo foram categóricos ao afirmar que quatro embarcaram. O quarto sequestrador teria fugido junto com Jean.
A delegada afirmou, ainda, que haveria outros comparsas num carro que estava em frente ao ônibus. De acordo com ela, as vítimas contaram que os criminosos se comunicavam com outras pessoas pelo celular. O grupo vai responder inicialmente por três crimes: roubo triplamente qualificado (concurso de pessoas, uso de arma de fogo e restrição de liberdade), formação de quadrilha e receptação, já que estavam com uma arma roubada. Com eles, foram apreendidas três pistolas, sendo uma do policial militar que foi desarmado, uma com numeração raspada e a última que havia sido roubada na área da 35ª DP (Campo Grande) e uma granada.
O caso da terça-feira lembra o do ônibus 174, em 12 de junho de 2000 - que acabou virando filme . Na ocasião, o sequestrador, Sandro do Nascimento, manteve reféns no coletivo durante várias horas, na Rua Jardim Botânico. No fim do dia, a última refém, Geisa Gonçalves, de 21 anos, acabou morta. Depois de rendido, o sequestrador acabou assassinado no carro da polícia pelos homens que o prenderam, como apurou o inquérito.
Em julho deste ano, dois homens armados causaram pânico durante uma tentativa de assalto dentro de um ônibus da linha 352, no sentido Centro da Avenida Presidente Vargas, em frente à sede da prefeitura. Um tiroteio com policiais militares do Batalhão de Policiamento em Áreas Turísticas (BPTur) deixou cinco pessoas feridas, entre elas os dois bandidos.
Assaltos a ônibus também são comuns nas linhas que passam pela Ponte-Rio Niterói. Na última quinta-feira, um coletivo da Viação 1001 que seguia do Rio de Janeiro para Piratininga, Região Oceânica de Niterói, sofreu um assalto por volta das 19h30m . Três bandidos entraram no veículo em pontos diferentes e anunciaram o assalto um pouco antes da subida da ponte. De acordo com o motorista, que não quis se identificar, todos os cerca de 30 passageiros do ônibus foram assaltados, e pelo menos três pessoas ficaram feridas.
"Foi uma operação complexa, houve erro na forma com que a polícia tentou parar o ônibus, porém, em um segundo momento os policiais militares conseguiram evitar o que poderia de pior acontecer. O cerco com as viaturas e a bem sucedida negociação com os assaltantes foram fundamentais para o desfecho que culminou na rendição deles e a libertação dos reféns", diz a nota.
Mais cedo, o comandante geral da Polícia Militar, coronel Mário Sérgio Duarte, afirmou, durante entrevista coletiva nesta quarta-feira, que houve uma quebra de protocolo no momento em que os PMs atiraram no ônibus da Viação Jurema com a intenção de evitar que o veículo furasse o bloqueio policial. Ele afirmou que os tiros podem ter ferido passageiros, mas a comprovação só vai ser feita após o trabalho dos peritos da Polícia Civil. A PM instaurou uma sindicância para avaliar os erros na ação. O comandante da PM, no entanto, ressaltou que a polícia acertou na operação, já que possibilitou que 11 pessoas fossem resgatadas sem ferimento de dentro do coletivo. As cinco pistolas de PMs que participaram da ação e atiraram no ônibus para acertar os pneus foram recolhidas para exames de balística.
- Lamento pelas pessoas feridas e pelas famílias. Esses erros e acertos serão todos avaliados. Mas, essa era uma situação muito complexa. Os criminosos agiam com muita violência - disse o coronel, ressaltando que um dos bandidos desceu atirando do coletivo, e acertou uma pessoa que estava de carona num carro que passava pela Avenida Presidente Vargas.
Mario Sérgio acrescentou que outro assaltante deu coronhadas na cabeça de um passageiro, e que os bandidos ainda ameaçaram explodir uma granada. Em depoimento, dois policiais militares confirmaram que atiraram no ônibus. As duas pistolas usadas pelos policiais já foram enviadas à perícia.
A ação, na noite da terça-feira, terminou com pelo menos seis pessoas feridas, entre elas um dos acusados de ter participado do crime, que seria o sobrinho do traficante Fernandinho Beira-Mar. A delegada assistente da 6ª DP (Cidade Nova), Sânia Burlandi, disse nesta quarta-feira que Jean Júnior Costa Oliveira, que estava internado no Hospital São Lucas, em Copacabana, na Zona Sul, após ser baleado na perna, confirmou que é filho de uma das irmãs do traficante. Em depoimento ele negou ter participado do assalto, e disse que foi baleado em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Oliveira, que disse ser morador da Favela Beira-Mar, foi reconhecido por um dos passageiros do ônibus. Ainda nesta quarta-feira um representante da Viação Jurema deverá prestar depoimento à delegada Sânia Burlandi. O motorista do veículo, segundo a empresa, está de licença por três dias.
A polícia investiga a participação de um quinto assaltante no crime. Mais cedo, a polícia confirmou a participação de um quarto criminoso - inicialmente se supunha que eram três - no sequestro que aconteceu na Avenida Presidente Vargas. De acordo com a delegada responsável pelo caso, Gisele Rosemberg, o último integrante da quadrilha foi identificado por passageiros e testemunhas através do banco de dados da Polícia Civil como Clerivan da Silva Mesquita. O bandido teria passagens por roubo a residências e a coletivos. Um mandado de prisão preventiva foi expedido na manhã desta quarta-feira.
Também nesta manhã, profissionais do Instituto de Criminalística Carlo Éboli (ICCE) realizaram uma perícia complementar no ônibus. De acordo com o laudo preliminar realizado, o coletivo foi atingido por pelo menos 14 disparos de arma de fogo com sentido do exterior para o interior do veículo. Segundo os peritos, a maior parte das perfurações está concentrada na lataria do coletivo, na altura dos pneus. Os peritos fizeram ainda uma varredura minuciosa para checar, além de todas as perfurações, vestígios de sangue no coletivo.
Os peritos devem verificar ainda as imagens das câmeras no interior do veículo para identificar como foi o assalto, mas uma nota da Auto Viação Jurema, divulgada na tarde desta quarta-feira, confirma que o material foi danificado :
"O veículo, por sua vez, está sendo periciado pela Polícia. O ônibus, número de ordem 120 096, ano de fabricação 2009, é um dos 15 carros que compõem a frota, todos equipados com câmeras de segurança. As imagens foram entregues à polícia, mas o material se encontra danificado. A perícia está investigando se os danos foram causados pelos bandidos", diz trecho da nota.
Os reféns contaram que os disparos foram feitos apenas pelos policiais com o intuito de acertar os pneus. Segundo o depoimento de algumas vítimas, nenhum dos bandidos que estavam no ônibus atirou. Imagens das câmeras da CET-Rio que ficam na Avenida Presidente Vargas, onde ocorreu o assalto, também serão analisadas pela polícia.
O ônibus frescão seguia da Praça Mauá para Duque de Caxias com pelo menos 20 passageiros, e foi sequestrado em frente à Universidade Estácio de Sá, na Avenida Presidente Vargas, no Centro, por volta das 20h20m. Cinco vítimas e um bandido foram baleadas no tiroteio: três passageiros, um policial e um homem que estava num carro que passava por perto. Com o ônibus sob o controle do bando, equipes do Bope foram para o local negociar a libertação dos passageiros. Às 21h35m, a Secretaria estadual de Segurança deu por encerrada a ação, que durou pouco mais de uma hora.
O Hospital Municipal Souza Aguiar, por meio da Secretaria municipal de Saúde, divulgou um boletim médico na manhã desta quarta-feira com o estado de saúde de três baleados na ação. A situação mais grave é de Lisa Mônica Pereira, de 46 anos, atingida por um tiro no tórax. Ela sofreu fraturas de costela e clavícula, além de uma contusão pulmonar. A vítima passou por cirurgia, e seu estado de saúde é grave. Lisa está internada no Centro de Terapia Intensiva (CTI). Os outros dois pacientes estão fora de perigo. Alcir Pereira, de 56 anos, atingido no pescoço, está em observação e sem previsão de alta. Fabiana Gomes da Silva, 30 anos, baleada na coxa esquerda, passa bem e também está em observação. Um policial que fazia parte do grupo que conseguiu parar o ônibus também foi ferido e encaminhado ao Hospital Geral da PM.
Os dois bandidos presos no local do crime, após se renderem, foram identificados como Renato da Costa Júnior, de 21 anos, e Bruno Silva Lima, de 19 anos. Um deles já tem passagem pela polícia, e contra o outro havia um mandado de busca e apreensão. Eles podem ser transferidos para a Polinter ainda nesta quarta-feira. A mãe de Renato confirmou que o filho já era envolvido com tráfico e assalto desde os 15 anos na Favela do Jacarezinho. Ela disse que o aconselhou, mas ele resolveu continuar no crime. Chorando muito, a mãe do assaltante, que não quis se identificar, disse que, neste momento, só quer abraçar Renato, dar apoio e aconselhá-lo. Ela confirmou que é a terceira vez que ele é preso.
O terceiro preso foi capturado no início da madrugada desta quarta-feira, quando deu entrada no Hospital São Lucas, em Copacabana. Funcionários da unidade desconfiaram de Jean Júnior da Costa Oliveira, de 21 anos. O paciente deu entrada no hospital com um tiro na perna. Policiais militares do 19º BPM (Copacabana) estiveram no local e prenderam Jean após ele ter sido reconhecido por um dos passageiros do ônibus. O criminoso conseguiu fugir assim que o assalto foi anunciado. Ele fez um passageiro refém até entrar em um carro Zafira, onde estava um casal. Um trio de policiais militares entrou em um Fiesta que havia sido abandonado pelo proprietário e houve perseguição. Jean desembarcou na favela de Manguinhos e seguiu a pé para o interior da comunidade. Os donos do Zafira saíram em disparada em seguida.
Depoimentos desencontrados
A delegada Gisele Rosemberg disse que os depoimentos dos reféns são desencontrados devido ao tamanho do ônibus e à baixa luminosidade. Alguns passageiros disseram que eram apenas três assaltantes, mas outros reféns e o motorista do coletivo foram categóricos ao afirmar que quatro embarcaram. O quarto sequestrador teria fugido junto com Jean.
A delegada afirmou, ainda, que haveria outros comparsas num carro que estava em frente ao ônibus. De acordo com ela, as vítimas contaram que os criminosos se comunicavam com outras pessoas pelo celular. O grupo vai responder inicialmente por três crimes: roubo triplamente qualificado (concurso de pessoas, uso de arma de fogo e restrição de liberdade), formação de quadrilha e receptação, já que estavam com uma arma roubada. Com eles, foram apreendidas três pistolas, sendo uma do policial militar que foi desarmado, uma com numeração raspada e a última que havia sido roubada na área da 35ª DP (Campo Grande) e uma granada.
O caso da terça-feira lembra o do ônibus 174, em 12 de junho de 2000 - que acabou virando filme . Na ocasião, o sequestrador, Sandro do Nascimento, manteve reféns no coletivo durante várias horas, na Rua Jardim Botânico. No fim do dia, a última refém, Geisa Gonçalves, de 21 anos, acabou morta. Depois de rendido, o sequestrador acabou assassinado no carro da polícia pelos homens que o prenderam, como apurou o inquérito.
Em julho deste ano, dois homens armados causaram pânico durante uma tentativa de assalto dentro de um ônibus da linha 352, no sentido Centro da Avenida Presidente Vargas, em frente à sede da prefeitura. Um tiroteio com policiais militares do Batalhão de Policiamento em Áreas Turísticas (BPTur) deixou cinco pessoas feridas, entre elas os dois bandidos.
Assaltos a ônibus também são comuns nas linhas que passam pela Ponte-Rio Niterói. Na última quinta-feira, um coletivo da Viação 1001 que seguia do Rio de Janeiro para Piratininga, Região Oceânica de Niterói, sofreu um assalto por volta das 19h30m . Três bandidos entraram no veículo em pontos diferentes e anunciaram o assalto um pouco antes da subida da ponte. De acordo com o motorista, que não quis se identificar, todos os cerca de 30 passageiros do ônibus foram assaltados, e pelo menos três pessoas ficaram feridas.