'É o momento da verdade, estamos esperando a resposta do mundo', diz Abbas
O presidente da Autoridade Palestina e chefe da Organização para a Libertação da Palestina, Mahmoud Abbas, fez nesta sexta-feira (23), diante da Assembleia Geral das Nações Unidas, uma defesa veemente da admissão da Palestina como Estado membro pleno das Nações Unidas. Em um discurso de cerca de 40 minutos, no qual foi aplaudido diversas vezes, Abbas denunciou a ocupação de Israel e disse que era hora, depois de mais de 60 anos de conflito, de a Palestina ganhar sua independência. "Basta, basta, basta. É hora de o povo palestino ganhar sua liberdade e independência", disse. "Temos um objetivo: existir. E nós vamos existir".
Abbas recebeu uma ovação logo que tomou seu lugar para discursar. Em sua fala, Abbas colocou a culpa dos problemas atuais da região unicamente em Israel. Ele iniciou seu discurso dizendo que os palestinos tentaram buscar a paz, mas disse que as esperanças foram logo destruídas pelas políticas de ocupação e colonização de Israel. "A política de assentamentos, a brutalidade da ocupação, não permite que nosso povo tenha acesso a suas casas, escolas, mesquitas. A política de assentamentos está destruindo a solução de coexistência de duas nações", afirmou. O líder palestino afirmou que os palestinos buscam o diálogo há muito tempo e, quando citou a participação de seu antecessor, Yasser Arafat, nas negociações, foi fortemente aplaudido pela Assembleia Geral. Abbas argumentou que a Autoridade Palestina tem legitimidade para falar em nome do povo palestino, e que busca o reconhecimento mútuo entre Palestina e Israel.
Abbas fez apelos diretos à comunidade internacional, atribuindo a ela a responsabilidade pelo reconhecimento da Palestina. "Eu apelo ao secretário-geral desta organização, Ban Ki-moon, para que entregue nosso pedido ao Conselho de Segurança, e apelo aos membros desse Conselho para que votem a favor de nossa liberdade", disse. Em diversos momentos, Abbas adotou um tom emocional. "É o momento da verdade, estamos esperando a resposta do mundo. Senhoras e senhores, o apoio de tantos países de todo o mundo é uma vitória de valores como Justiça, Direito e de legitimidade internacional", afirmou.
Na fala, Abbas deixou claro que seu pedido é que a Palestina seja criada nas fronteiras anteriores a 4 de junho de 1967, o que inclui a Cisjordânia e a Faixa de Gaza, e reivindicou Jerusalém Oriental, que chamou de Al Quds Al Sherif, o nome árabe da cidade, como capital palestina. Ao mesmo tempo, Abbas reforçou a tese de que o pedido de reconhecimento feito à ONU é uma tática dos palestinos para chegar à paz com Israel, e não um objetivo em si. "Nosso reconhecimento só aumenta o sucesso de novas negociações", afirmou.
Durante o discurso de Abbas, a embaixadora dos Estados Unidos nas Nações Unidas, Susan Rice, aplaudiu de forma tímida as primeiras falas do líder palestino, e depois se limitou a observar enquanto a maioria das delegações ovacionava Abbas, algumas vezes de pé. A delegação israelense permaneceu na Assembleia Geral durante toda a fala e se manteve impassível durante os aplausos. Na quinta-feira, em encontro com Abbas, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, já havia afirmado que seu governo iria vetar o pedido palestino no Conselho de Segurança. Para os EUA, o reconhecimento da Palestina não pode vir por meio de um documento emitido pelas Nações Unidas, mas sim por meio de negociações bilaterais com Israel.
Abbas recebeu uma ovação logo que tomou seu lugar para discursar. Em sua fala, Abbas colocou a culpa dos problemas atuais da região unicamente em Israel. Ele iniciou seu discurso dizendo que os palestinos tentaram buscar a paz, mas disse que as esperanças foram logo destruídas pelas políticas de ocupação e colonização de Israel. "A política de assentamentos, a brutalidade da ocupação, não permite que nosso povo tenha acesso a suas casas, escolas, mesquitas. A política de assentamentos está destruindo a solução de coexistência de duas nações", afirmou. O líder palestino afirmou que os palestinos buscam o diálogo há muito tempo e, quando citou a participação de seu antecessor, Yasser Arafat, nas negociações, foi fortemente aplaudido pela Assembleia Geral. Abbas argumentou que a Autoridade Palestina tem legitimidade para falar em nome do povo palestino, e que busca o reconhecimento mútuo entre Palestina e Israel.
Abbas fez apelos diretos à comunidade internacional, atribuindo a ela a responsabilidade pelo reconhecimento da Palestina. "Eu apelo ao secretário-geral desta organização, Ban Ki-moon, para que entregue nosso pedido ao Conselho de Segurança, e apelo aos membros desse Conselho para que votem a favor de nossa liberdade", disse. Em diversos momentos, Abbas adotou um tom emocional. "É o momento da verdade, estamos esperando a resposta do mundo. Senhoras e senhores, o apoio de tantos países de todo o mundo é uma vitória de valores como Justiça, Direito e de legitimidade internacional", afirmou.
Na fala, Abbas deixou claro que seu pedido é que a Palestina seja criada nas fronteiras anteriores a 4 de junho de 1967, o que inclui a Cisjordânia e a Faixa de Gaza, e reivindicou Jerusalém Oriental, que chamou de Al Quds Al Sherif, o nome árabe da cidade, como capital palestina. Ao mesmo tempo, Abbas reforçou a tese de que o pedido de reconhecimento feito à ONU é uma tática dos palestinos para chegar à paz com Israel, e não um objetivo em si. "Nosso reconhecimento só aumenta o sucesso de novas negociações", afirmou.
Durante o discurso de Abbas, a embaixadora dos Estados Unidos nas Nações Unidas, Susan Rice, aplaudiu de forma tímida as primeiras falas do líder palestino, e depois se limitou a observar enquanto a maioria das delegações ovacionava Abbas, algumas vezes de pé. A delegação israelense permaneceu na Assembleia Geral durante toda a fala e se manteve impassível durante os aplausos. Na quinta-feira, em encontro com Abbas, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, já havia afirmado que seu governo iria vetar o pedido palestino no Conselho de Segurança. Para os EUA, o reconhecimento da Palestina não pode vir por meio de um documento emitido pelas Nações Unidas, mas sim por meio de negociações bilaterais com Israel.
Por Época