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Motorhead e Slipknot causam furor no Rock in Rio

Antes de a terceira noite de shows do Rock in Rio IV ser encerrada pelo Metallica, duas outras atrações causaram furor no público: o Motorhead, liderado pelo baixista Lemmy Kilmister, que se apresentou por volta das 22h, e o Slipknot, banda americana cujos membros se apresentam de máscaras, que tocou em seguida.
A primeira das duas bandas, considerada uma lenda do heavy metal, foi recebida pelo público com adoração. “Nós somos o Motorhead e nós tocamos rock and roll”, anunciou – como faz há mais de trinta anos – Lemmy aos primeiros acordes distorcidos do seu baixo elétrico.
Daí em diante aconteceu um show tradicional, sem firulas ou pirotecnia, focado no repertório. Na lista de sucessos do grupo estiveram canções como Iron Fist, que abriu o show, além de Over The Top, Ace Of Spades e In The Name Of Tragedy. “Há 35 anos estou à procura da plateia mais barulhenta”, desafiou Lemmy, de 65 anos, a certa altura do show, que teve ainda participação do brasileiro Andreas Kisser, guitarrista do Sepultura, na canção Overkill.
Foi a deixa para os americanos do Slipknot e seu circo de horrores. Executando músicas pesadas que misturam nu metal, heavy metal, percussão e elementos de música eletrônica, a banda liderada por Corey Taylor subiu ao palco com suas tradicionais máscaras de terror e atuação performática.
Mais ao gosto dos metaleiros jovens, boa parte deles adolescentes, o Slipknot, formado em 1995, fez ainda uma homenagem ao seu ex-baixista Gray, morto em 2010. The Memorial Tour, a turnê atual da banda, foi batizada com este nome em referência a Gray. Em canções como Eyeless, Wait And Bleed, Pulse The Maggots e The Blister Exits, a banda mostrou disposição e muito peso. Foi também correspondida pelo público, que cantou em uníssono e pulava aos pedidos de Corey. O show foi encerrado com os membros da banda se jogando sobre a plateia.

Por Veja