Dilma mantém Orlando no Esporte e recomenda serenidade e paciência
A presidente Dilma Rousseff decidiu manter o ministro Orlando Silva no Esporte. Orlando foi chamado pela presidente Dilma Rousseff no final da tarde desta sexta-feira, 21, para conversar. Orlando, que passou o dia em despachos internos no ministério, chegou ao Planalto pela entrada dos fundos pouco depois das 19h. Esperou cerca de meia hora até ser recebido por Dilma. Ao deixar a o Planalto, depois de uma hora e meia de conversa, o ministro afirmou que Dilma se mostrou ''tranquila e confiante'' e o orientou a ''continuar trabalhando''. Segundo o ministro, ela lhe recomendou serenidade e paciência e reafirmou confiança em seu trabalho.
"Foi um encontro para que eu esclarecesse todos os fatos, todas as acusações que tenho sofrido nos últimos dias. Dei detalhes, desmascarei todas as mentiras", afirmou Orlando. O ministro repetiu que havia pedido investigações à Polícia Federal e ao Ministério Público e aberto seus sigilos fiscal e bancário e que recebeu o apoio da presidente.
Indagado se continuava no cargo, garantiu que sua saída nunca havia sido discutida. Afirmou que, depois de dar suas explicações, ainda conversou com Dilma sobre a agenda do ministério para as próximas semanas - uma visita do presidente da Federação Internacional de Futebol, Joseph Blatter e um programa para atletas olímpicos - e sobre os resultados do Panamericano de Guadalajara.
Visivelmente abatido, o ministro mostrava no rosto os efeitos da semana difícil. Ao final da entrevista concedida no Salão Nobre do Palácio do Planalto, era esperado pelo assessor especial da Presidência Marco Aurélio Garcia, de quem recebeu um forte abraço e palavras de apoio.
Orlando passou o dia despachando normalmente no ministério. Evitou conversar com a imprensa durante todo o dia, mas investiu em redigir uma longa nota, publicada no site do ministério, com explicações sobre todas as denúncias que surgiram ao longo dessa semana. Chegou ao Planalto no início da noite com o carro oficial, mas evitou a entrada principal e preferiu os fundos.
Com a agenda atrasada, a presidente recebeu primeiro o empresário Eike Batista e o ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, que vieram tratar de investimentos em uma fábrica de Tablets no Brasil. Eram 19h40 quando a assessoria de imprensa do Palácio do Planalto confirmou oficialmente que o ministro estava com a presidente.
Orlando Silva está sob pressão desde a entrevista dada pelo policial militar João Dias Ferreira à revista Veja. O PM acusou Orlando de fazer parte e receber dinheiro do esquema de desvios de verba do Programa Segundo Tempo, do Ministério do Esporte. O ministro nega as acusações.
A entrevista somou-se à cobrança que ele já vem sofrendo por causa das irregularidades em sua pasta, que faz parte da organização da Copa do Mundo de 2014 e das Olimpíadas de 2016. As denúncias fragilizaram o ministro e sua permanência no cargo preocupa o Palácio do Planalto em relação ao futuro desses eventos.
Em fevereiro, uma série de reportagens do jornal O Estado de S. Paulo revelou fraudes na execução do Segundo e o favorecimento a entidade e políticos do PC do B, partido do ministro. O jornal viajou o País para visitar os núcleos do projeto e encontrou Organizações Não-Governamentais (ONGs) fantasmas, todas dirigidas por membros do PC do B, núcleos esportivos fictícios, ausências de merenda e uniformes, apesar dos recursos milionários liberados para essas entidades. Somente em 2010, ano eleitoral, R$ 30 milhões foram entregues a ONGs vinculadas ao PC do B. Na época, o ministro prometeu apurar e punir os responsáveis pelas irregularidades. Mas nada fez.
Indagado se continuava no cargo, garantiu que sua saída nunca havia sido discutida. Afirmou que, depois de dar suas explicações, ainda conversou com Dilma sobre a agenda do ministério para as próximas semanas - uma visita do presidente da Federação Internacional de Futebol, Joseph Blatter e um programa para atletas olímpicos - e sobre os resultados do Panamericano de Guadalajara.
Visivelmente abatido, o ministro mostrava no rosto os efeitos da semana difícil. Ao final da entrevista concedida no Salão Nobre do Palácio do Planalto, era esperado pelo assessor especial da Presidência Marco Aurélio Garcia, de quem recebeu um forte abraço e palavras de apoio.
Orlando passou o dia despachando normalmente no ministério. Evitou conversar com a imprensa durante todo o dia, mas investiu em redigir uma longa nota, publicada no site do ministério, com explicações sobre todas as denúncias que surgiram ao longo dessa semana. Chegou ao Planalto no início da noite com o carro oficial, mas evitou a entrada principal e preferiu os fundos.
Com a agenda atrasada, a presidente recebeu primeiro o empresário Eike Batista e o ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, que vieram tratar de investimentos em uma fábrica de Tablets no Brasil. Eram 19h40 quando a assessoria de imprensa do Palácio do Planalto confirmou oficialmente que o ministro estava com a presidente.
Orlando Silva está sob pressão desde a entrevista dada pelo policial militar João Dias Ferreira à revista Veja. O PM acusou Orlando de fazer parte e receber dinheiro do esquema de desvios de verba do Programa Segundo Tempo, do Ministério do Esporte. O ministro nega as acusações.
A entrevista somou-se à cobrança que ele já vem sofrendo por causa das irregularidades em sua pasta, que faz parte da organização da Copa do Mundo de 2014 e das Olimpíadas de 2016. As denúncias fragilizaram o ministro e sua permanência no cargo preocupa o Palácio do Planalto em relação ao futuro desses eventos.
Em fevereiro, uma série de reportagens do jornal O Estado de S. Paulo revelou fraudes na execução do Segundo e o favorecimento a entidade e políticos do PC do B, partido do ministro. O jornal viajou o País para visitar os núcleos do projeto e encontrou Organizações Não-Governamentais (ONGs) fantasmas, todas dirigidas por membros do PC do B, núcleos esportivos fictícios, ausências de merenda e uniformes, apesar dos recursos milionários liberados para essas entidades. Somente em 2010, ano eleitoral, R$ 30 milhões foram entregues a ONGs vinculadas ao PC do B. Na época, o ministro prometeu apurar e punir os responsáveis pelas irregularidades. Mas nada fez.
Por Estadão