Lula manda PCdoB resistir e Dilma mantém ministro
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu nesta sexta-feira a Orlando Silva e ao PCdoB para que resistissem às pressões e não entregassem o Ministério do Esporte. No fim do dia, Lula, que trabalhou ativamente nos bastidores pela permanência de Orlando no governo , ligou para o presidente nacional do PCdoB, Renato Rabelo, e reafirmou que o momento era de resistência. Após a conversa por telefone com Lula no início da noite, Rabelo abriu a 17ª Conferência Estadual do partido no Rio e destacou que o crescimento da pasta comandada por seu partido despertou a cobiça de vários setores.
O evento se transformou em um ato de desagravo a Orlando Silva e reuniu parlamentares do PCdoB, inclusive de outros estados, e lideranças fluminenses de outros partidos da base de apoio do governo da presidente Dilma Rousseff, entre eles o PT, o PMDB e o PSB. Nas faixas espalhadas pelo auditório onde ocorreu a reunião, em um hotel no Centro do Rio, foram escritas frases de apoio ao ministro e ao partido e ataques à mídia.
- Acabei de receber uma ligação telefônica do nosso ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva se solidarizando com nosso partido e com o nosso ministro Orlando Silva. Ele disse: "Vocês têm que resistir, o ministro tem que resistir". E devemos. A história de nosso partido é a resistência. Nós temos que ter confiança na presidente Dilma Rousseff. Hoje nós temos uma relação de respeito mútuo com ela - afirmou Rabelo para uma plateia de cerca de 500 pessoas, entre filiados, militantes e representantes de 76 diretórios do PCdoB no estado do Rio.
"Se envergar na primeira ventania, pode ser arrastado"
Em Brasília, o senador Inácio Arruda (PCdoB-CE) garantiu, após o encontro de Orlando Silva com a presidente Dilma, que foi decisiva a união do partido em torno do ministro. Mas ressaltou que foi importante também Orlando ter seguido à risca a orientação dada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que vinha falando diretamente com o ministro nos últimos dias:
- O presidente Lula dizia para o Orlando: "Você precisa ter tutano! Segura firme aí porque, se envergar na primeira ventania, pode ser arrastado. É preciso ter firmeza!" - conta Inácio Arruda.
Antes de começar a discursar na convenção, Rabelo afirmou que Orlando Silva aguardava o encontro com Dilma. Ele descartou a possibilidade de o partido deixar de controlar o Esporte e assumir outra pasta. Rabelo ainda garantiu que a prioridade era a permanência de Orlando no ministério. Durante a sexta-feira, chegou a ser cogitada a possibilidade de o PCdoB assumir o Ministério da Cultura e indicar a deputada federal Jandira Feghali (RJ) para assumir o comando da pasta.
- Isso foi intriga em um momento delicado que estamos vivendo. Não é hora para isso, nossos esforços estão concentrados na permanência de Orlando Silva no Esporte - disse Jandira pouco antes do início da convenção.
A participação do ministro do Esporte na convenção estava prevista. Mas Orlando preferiu encaminhar uma carta aos militantes que participariam do evento. O texto foi trazido por Jandira.
"Vocês têm acompanhado os ataques violentos, as mentiras e calúnias, sem provas, que tentam imputar a mim e ao nosso partido. Estes ataques são frutos da cobiça gerada pela dimensão alcançada pelo ministério e pelo ódio de classe das forças conservadoras. (...) Nos tempos de terror usavam a tortura, prisão, e assassinatos. Hoje, as mesmas forças usam o linchamento político, a execração pública para eliminar nossos companheiros", afirmou Orlando na carta.
Durante a abertura da convenção, os delegados do partido no estado aprovaram uma moção de apoio a Orlando e ao partido. Em seu discurso, o presidente do PCdoB fez duras críticas à imprensa e chamou a atenção para a cobiça sobre o Ministério do Esporte, que cresce e ganha dimensão com a realização da Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016.
- O ministério era um patinho feio que não interessava a ninguém. Mas virou um cisne de ouro. Por isso passou a ser muito cobiçado - disse Rabelo.
- Acabei de receber uma ligação telefônica do nosso ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva se solidarizando com nosso partido e com o nosso ministro Orlando Silva. Ele disse: "Vocês têm que resistir, o ministro tem que resistir". E devemos. A história de nosso partido é a resistência. Nós temos que ter confiança na presidente Dilma Rousseff. Hoje nós temos uma relação de respeito mútuo com ela - afirmou Rabelo para uma plateia de cerca de 500 pessoas, entre filiados, militantes e representantes de 76 diretórios do PCdoB no estado do Rio.
"Se envergar na primeira ventania, pode ser arrastado"
Em Brasília, o senador Inácio Arruda (PCdoB-CE) garantiu, após o encontro de Orlando Silva com a presidente Dilma, que foi decisiva a união do partido em torno do ministro. Mas ressaltou que foi importante também Orlando ter seguido à risca a orientação dada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que vinha falando diretamente com o ministro nos últimos dias:
- O presidente Lula dizia para o Orlando: "Você precisa ter tutano! Segura firme aí porque, se envergar na primeira ventania, pode ser arrastado. É preciso ter firmeza!" - conta Inácio Arruda.
Antes de começar a discursar na convenção, Rabelo afirmou que Orlando Silva aguardava o encontro com Dilma. Ele descartou a possibilidade de o partido deixar de controlar o Esporte e assumir outra pasta. Rabelo ainda garantiu que a prioridade era a permanência de Orlando no ministério. Durante a sexta-feira, chegou a ser cogitada a possibilidade de o PCdoB assumir o Ministério da Cultura e indicar a deputada federal Jandira Feghali (RJ) para assumir o comando da pasta.
- Isso foi intriga em um momento delicado que estamos vivendo. Não é hora para isso, nossos esforços estão concentrados na permanência de Orlando Silva no Esporte - disse Jandira pouco antes do início da convenção.
A participação do ministro do Esporte na convenção estava prevista. Mas Orlando preferiu encaminhar uma carta aos militantes que participariam do evento. O texto foi trazido por Jandira.
"Vocês têm acompanhado os ataques violentos, as mentiras e calúnias, sem provas, que tentam imputar a mim e ao nosso partido. Estes ataques são frutos da cobiça gerada pela dimensão alcançada pelo ministério e pelo ódio de classe das forças conservadoras. (...) Nos tempos de terror usavam a tortura, prisão, e assassinatos. Hoje, as mesmas forças usam o linchamento político, a execração pública para eliminar nossos companheiros", afirmou Orlando na carta.
Durante a abertura da convenção, os delegados do partido no estado aprovaram uma moção de apoio a Orlando e ao partido. Em seu discurso, o presidente do PCdoB fez duras críticas à imprensa e chamou a atenção para a cobiça sobre o Ministério do Esporte, que cresce e ganha dimensão com a realização da Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016.
- O ministério era um patinho feio que não interessava a ninguém. Mas virou um cisne de ouro. Por isso passou a ser muito cobiçado - disse Rabelo.