Aids ainda mata 12 mil por ano e só não sobe no Sudeste
O número de pessoas com Aids no Brasil se manteve estável em 2010, atingindo cerca de 0,6% da população entre 15 e 49 anos. Já a taxa de incidência (novas infecções) registrou uma leve queda, passando de 18,8 por grupo de 100 mil habitantes em 2009 para 17,9 em 2010. No ano passado,os novos casos se concentraram na população entre 35 e 39 anos. Os dados são do Boletim Epidemiológico Aids/DST 2011 divulgado nesta segunda-feira pelo Ministério da Saúde.
O número de mortes praticamente não se alterou: foram 12.097 em 2009 e 11.965 em 2010. No total, de 1980 a junho de 2011, 241.469 pessoas já morreram em decorrência da Aids no Brasil. No mesmo período, foram notificados 608.230 casos da doença.
Segundo o Ministério da Saúde, a estabilização do número de infectados se deve aos investimentos no Sistema Único de Saúde (SUS), à prevenção e ampliação da testagem e do acesso ao tratamento antirretroviral, e à capacitação dos profissionais de saúde.
- Estamos investindo na expansão da testagem rápida para garantir que o diagnóstico seja o mais breve possível, com ações do Fique Sabendo. Quanto mais cedo o vírus é descoberto, mais cedo tem início o tratamento, proporcionando qualidade de vida para quem vive com a doença - afirmou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.
A taxa de homens infectados é o dobro quando comparada à verificada entre as mulheres: 0,82% da população masculina tem o HIV, índice que cai para 0,41% na população feminina. A diferença, no entanto, vem diminuindo. Em 1989, havia seis homens para cada mulher infectada, número que caiu para 1,7 em 2010. No total, foram identificados 397.662 (65,4%) casos da doença em homens e 210.538 (34,6%) em mulheres.
Maioria das transmissões ocorreu em relações hetero
Em 2010, tanto entre os homens quanto entre as mulheres, a maioria das transmissões ocorreu em relações heterossexuais. Também houve nos dois sexos grande redução na proporção de transmissões provocadas pelo uso de drogas injetáveis: passou de 20,2%, em 1998, para 5,0%, em 2010, entre os homens; e de 8,6%, em 1998, para 2,2%, em 2010, entre as mulheres.
No grupo entre 15 e 24 anos, os homens também são maioria, mas a quantidade de mulheres aumenta. De 1980 a junho de 2011, foram diagnosticados 66.698 casos nessa faixa etária, sendo 38.045 no sexo masculino (57,0%) e 28.648 no sexo feminino (43,0%). Segundo o boletim, o crescimento da Aids entre os jovens é tendência mundial, conforme mostra o Relatório do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids, divulgado na segunda-feira da semana passada.
Entre os jovens, houve um aumento maior entre os gays. Em 1998, havia 12 homossexuais para cada 10 heterossexuais com Aids no grupo entre 15 e 24 anos. Em 2010, foram 16 para cada 10.
Houve uma redução de 40,7% no número de novos casos nas crianças com até cinco anos, grupo em que 85,8% das transmissões são verticais, ou seja, a doença é passada pela mãe durante a gravidez, o parto ou a amamentação. Eram 5,9 infecções para cada 100 mil crianças nessa faixa etária em 1998, passando para 3,5 em 2010. A mortalidade caiu ainda mais - 62,5% - saindo de 1,6 por 100 mil habitantes em 1998 para 0,6, em 2010.
Por cor, 45,6% dos casos notificados em 2010 ocorreram na população branca. Em seguida vêm os pardos (35,5) e pretos (9,9%). Amarelos são 0,5% e indígenas 0,4%. Já em 8,1% dos casos não há registro da cor.
Por escolaridade, dos casos registrados até junho de 2010 (524.547), o grupo que tem entre quatro e sete anos de estudo concentra 26,3% das transmissões. Em 1998, havia maior registro da doença no grupo que tinha entre um e três anos de estudo (29,3% dos casos).
Por região, o Sudeste concentra mais da metade dos portadores de HIV: 343.095, ou 56,4% dos 608.230 casos da doença registrados entre 1980 e junho de 2011. Em seguida vem o Sul (123.069, ou 20,2%), Nordeste (78.686, ou 12,9%), Centro-Oeste (35.116, ou 5,8%) e Norte (28.248, ou 4,6%).
Também foi no Sudeste que houve a maioria das mortes ocorridas entre 1980 e 2010: 64,2%, seguida por Sul (16,7%), Nordeste (10,8%), Centro-Oeste (4,8%) e Norte (3,4%).
Proporcionalmente, foi o Sul que registrou o maior número de casos novos em 2010: 28,8 casos a cada 100 mil habitantes. Em segundo lugar, está o Norte (20,6), seguido por Sudeste (17,6), Centro-Oeste (15,7) e Nordeste (12,6). Na série histórica, desde 1998 percebe-se uma queda da taxa no Sudeste e um aumento no Norte.
Segundo o Ministério da Saúde, a estabilização do número de infectados se deve aos investimentos no Sistema Único de Saúde (SUS), à prevenção e ampliação da testagem e do acesso ao tratamento antirretroviral, e à capacitação dos profissionais de saúde.
- Estamos investindo na expansão da testagem rápida para garantir que o diagnóstico seja o mais breve possível, com ações do Fique Sabendo. Quanto mais cedo o vírus é descoberto, mais cedo tem início o tratamento, proporcionando qualidade de vida para quem vive com a doença - afirmou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.
A taxa de homens infectados é o dobro quando comparada à verificada entre as mulheres: 0,82% da população masculina tem o HIV, índice que cai para 0,41% na população feminina. A diferença, no entanto, vem diminuindo. Em 1989, havia seis homens para cada mulher infectada, número que caiu para 1,7 em 2010. No total, foram identificados 397.662 (65,4%) casos da doença em homens e 210.538 (34,6%) em mulheres.
Maioria das transmissões ocorreu em relações hetero
Em 2010, tanto entre os homens quanto entre as mulheres, a maioria das transmissões ocorreu em relações heterossexuais. Também houve nos dois sexos grande redução na proporção de transmissões provocadas pelo uso de drogas injetáveis: passou de 20,2%, em 1998, para 5,0%, em 2010, entre os homens; e de 8,6%, em 1998, para 2,2%, em 2010, entre as mulheres.
No grupo entre 15 e 24 anos, os homens também são maioria, mas a quantidade de mulheres aumenta. De 1980 a junho de 2011, foram diagnosticados 66.698 casos nessa faixa etária, sendo 38.045 no sexo masculino (57,0%) e 28.648 no sexo feminino (43,0%). Segundo o boletim, o crescimento da Aids entre os jovens é tendência mundial, conforme mostra o Relatório do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids, divulgado na segunda-feira da semana passada.
Entre os jovens, houve um aumento maior entre os gays. Em 1998, havia 12 homossexuais para cada 10 heterossexuais com Aids no grupo entre 15 e 24 anos. Em 2010, foram 16 para cada 10.
Houve uma redução de 40,7% no número de novos casos nas crianças com até cinco anos, grupo em que 85,8% das transmissões são verticais, ou seja, a doença é passada pela mãe durante a gravidez, o parto ou a amamentação. Eram 5,9 infecções para cada 100 mil crianças nessa faixa etária em 1998, passando para 3,5 em 2010. A mortalidade caiu ainda mais - 62,5% - saindo de 1,6 por 100 mil habitantes em 1998 para 0,6, em 2010.
Por cor, 45,6% dos casos notificados em 2010 ocorreram na população branca. Em seguida vêm os pardos (35,5) e pretos (9,9%). Amarelos são 0,5% e indígenas 0,4%. Já em 8,1% dos casos não há registro da cor.
Por escolaridade, dos casos registrados até junho de 2010 (524.547), o grupo que tem entre quatro e sete anos de estudo concentra 26,3% das transmissões. Em 1998, havia maior registro da doença no grupo que tinha entre um e três anos de estudo (29,3% dos casos).
Por região, o Sudeste concentra mais da metade dos portadores de HIV: 343.095, ou 56,4% dos 608.230 casos da doença registrados entre 1980 e junho de 2011. Em seguida vem o Sul (123.069, ou 20,2%), Nordeste (78.686, ou 12,9%), Centro-Oeste (35.116, ou 5,8%) e Norte (28.248, ou 4,6%).
Também foi no Sudeste que houve a maioria das mortes ocorridas entre 1980 e 2010: 64,2%, seguida por Sul (16,7%), Nordeste (10,8%), Centro-Oeste (4,8%) e Norte (3,4%).
Proporcionalmente, foi o Sul que registrou o maior número de casos novos em 2010: 28,8 casos a cada 100 mil habitantes. Em segundo lugar, está o Norte (20,6), seguido por Sudeste (17,6), Centro-Oeste (15,7) e Nordeste (12,6). Na série histórica, desde 1998 percebe-se uma queda da taxa no Sudeste e um aumento no Norte.